quarta-feira, 26 de junho de 2013

A CATARSE DA CLASSE MÉDIA

Por Guilherme Leite Cunha.
O povo foi para as ruas? Ele acordou? Isso irá mudar o cenário político atual? Para detalhar e mesmo contrapor alguns argumentos de textos de professores como Henrique Carneiro e Wladimir Safatle e outros teóricos, creio ser necessário nos valermos do instrumental marxista de análise da realidade, para compreender a onda relâmpago de protestos de junho de 2013. Com os poucos dados científicos que temos e pela observação empírica, já está claro que o “povo” que protagonizou as manifestações pelo país foi o que se costuma chamar de “classe média”, pontuados por participações de outras mais elitistas e outras mais subalternas. Ao que parece, nem mesmo a “nova classe média” ou “classe C” - que possui renda familiar per capita entre R$ 300 a R$ 1000, e tem baixa escolaridade – engrossou as marchas ruidosas. Podemos depreender isso da única análise parcial de perfil feita pelo Datafolha (FSP, dia 21/6/13) no protesto do dia 20/6/13 em São Paulo. Lá verificou-se que “78% dos manifestantes da Av. Paulista têm Ensino Superior, 20% Médio e 2% Fundamental”. Se considerarmos que no último censo do IBGE de 2010 a fatia da população com nível superior era de 7,9% podemos concluir que o protesto de São Paulo era elitizado e não representou a “massa” pobre e trabalhadora do país. Embora com menos rigor científico, podemos concluir também que esse perfil foi o padrão em outros cantos do país, a partir da observação empírica. Todas as manifestações possuíam as mesmas características: eram movidas por espontaneísmo, tinham ausência de líderes, multiplicidade de pautas, pautas genéricas, cartazes individuais, e de maioria branca. Tudo leva a crer que o “gigante que acordou” foi então uma fatia da classe média. Apenas uma fatia, pois como mostra a pesquisa Ibope publicada pela Revista Época (de 21/6/13): 6% da população afirmou ter ido a manifestações. Nesse sentido, podemos concluir que foi uma parte da classe média brasileira que se levantou. Apesar disso, foi o suficiente (principalmente para mídia conservadora e de oposição) para “impressionar”, ter aparência de totalidade, de “unanimidade”, frente a ausência de protestos dessa ordem em nossa história recente. (Contudo em nossos dias, com o tamanho da população do país, os protestos de massa precisam ser redimensionados para representarem uma totalidade. Se chegamos a 1,2 milhões de pessoas na última quinta, seriam necessários pelo menos 10 vezes mais para ser constituído por outras classes sociais proporcionalmente, pois estamos falando de um país continental.) O despertar, entretanto, se justifica, para essa fatia social, pois de fato não há registros de tamanha manifestação pública desde a passeata por deus, pela família e pela propriedade da década de 60. Mas por que uma parte da classe média foi para as ruas? Se considerarmos em termos materiais, nos últimos 10 anos, sua qualidade de vida e renda aumentaram, como mostra o PNAD do IBGE de 2010. Ou mesmo em pesquisas da FGV. E como também fica claro na pesquisa Ibope publicada pela Revista Época (de 21/6/13) que mostra que, mesmo entre as pessoas que apoiam os protestos, 69% está satisfeita com sua vida atual e 39% tem expectativas positivas de futuro. Por que, então, protestar? A interpretação conservadora e de oposição justifica como sendo uma resposta (e tenta pautar as manifestações) à corrupção disseminada no país e aos desmandos da era petista. Seria o “basta”, a “chegada a um limite”, o fim da paciência com governo corrupto e incompetente. A corrente mais progressista, em geral, encontra problemas na crise da democracia representativa. Ousamos propor uma nova análise. É preciso levar em conta que não foi o “povo”, como uma totalidade em seus mais variados espectros sociais, que foi para as ruas. Mas uma fatia da classe média. E quem é esse sujeito jovem de classe média que estreou nas ruas? Aparenta ser um sujeito forjado pelas novas estratégias de consumo do capitalismo contemporâneo. Nesse sentido, ele vem há cerca de 20 anos sendo levado e formado no ambiente veloz, fluído e mutável do capitalismo financeiro. Ele vem se constituindo pela individualização extrema do consumo e no rompimento total com laços sociais mais perenes. Ele é hiperindividualista. Já há análises exaustivas (como as de Lipovetsky) sobre o novo ser do capitalismo contemporâneo. Podemos dizer, contudo, que este foi o primeiro protesto, a primeira aparição pública dos filhos do atual capitalismo, iniciado pelo neoliberalismo. Este ser foi criado sob os produtos da indústria contemporânea: a internet e as redes sociais. O Capitalismo que ao mesmo tempo em que o anulava completamente em sua subjetividade, lhe prometeu um retorno através do Facebook. Ao mesmo tempo em que esmagou-lhe no anonimato e na nulidade do mundo do trabalho, lhe acenou, pela esperança midiática, de um reconhecimento público. São milhões de pessoas que vivem a total insignificância diária, mas almejam o reconhecimento através de frases de efeito, “memes” criativos e posts de impacto. Através da ilusão de importância e notoriedade que os produtos “redes-sociais” vendem a seus consumidores, estes mesmos produtos vão construindo uma realidade hiper-fragmentada, individualista e egocêntrica, facilitada, por sua vez, por toda uma gama de “gadgetes” também hiperindividualizados. Criam a ilusão, por sua vez, da possibilidade de construção de um novo e contraditório tecido social hiperindividualizado. Contudo, as pessoas tendem a não acreditar em mais ninguém que não sejam elas próprias. Portanto não é este ou aquele governo que não dá voz ou responde aos anseios da população, mas o próprio Capital. Que trabalha na contradição entre massificar e individualizar o consumo ao paroxismo e obriga o sujeito a se resolver entre a insignificância absoluta e os desejos de notoriedade, ou seja, de ser alguém, em última instância de dar sentido a sua vida. Somente a partir da compreensão sobre a mutação e o surgimento desse novo ser social é que podemos começar a entender a frustração e o descrédito com a política e a democracia. Não se sustentam os discursos de que a “nossa” corrupção, os “nossos” governantes e a “nossa”classe política desmoralizou nossa democracia. Em verdade, e estatisticamente, não há diferença significativa entre o descrédito dos brasileiros e de populações de outros países europeus ou norte-americanos para com suas democracias. Em nosso caso, entretanto, podemos considerar duas outras circunstâncias determinantes: 1) Há uma década, praticamente todos os tradicionais representantes e líderes da classe média brasileira foram duramente derrotados ou “mudaram de lado”. É o que se observa na diminuição em termos de voto e prestígio de partidos como PFL/DEM, PSDB, PPB/PP, e no apoio de outros líderes tradicionais, do PMDB, PL, etc., ao projeto petista. Para quem é de esquerda isso pode não fazer sentido, pois afinal o governo Lula não apresentou rompimento significante com a ordem anterior, mas para essa fatia da classe média foi duro ver seus líderes serem derrotados ou traindo sua origem para continuar no poder. Isso, apesar da falta de dados mais concretos, pode sem dúvida ter contribuído com o descrédito, por parte dessa classe, na política e democracia tradicional. 2) Há também uma década existe uma emissão diuturna, por parte da mídia tradicional (Globo, Folha e Estadão, Veja, etc), de discursos sobre o alastramento da corrupção, que são repercutidos nas redes a exaustão. Dados comprovam contudo que não existiu esse alastramento, mas sim uma continuação dessa prática desde governos muito anteriores. Apesar de ser evidente a ligação desse tipo de corrupção com a história de nosso capitalismo (os corruptores), a mídia conservadora tenta todos os dias identificar essa característica em uma suposta fraqueza moral de seus inimigos políticos. Essas duas características criaram, no seio da fatia da população que protagonizou as manifestações, um ódio irracional e de classe, acumulado por tudo o que se origina no projeto petista. Ódio que é personalizado em figuras como Arnaldo Jabor, Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi. Pois bem, apesar da falta de mais dados, podemos considerar que foi a partir da autorização velada (ou mesmo desvelada, como fez Jabor) por parte da mídia tradicional à participação nas manifestações, que os protestos foram tomados por essa classe. Como já é sabido, contudo, foi a esquerda organizada que os iniciou, por uma causa justa, mas pontual: o transporte público. A partir disso a frase que resumiu esse momento foi dita por alguém: “o Facebook foi para as ruas”. Todo o ódio destilado, já há tempos, em comentários anônimos nas redes sociais e em comentários de sites de notícias, foi para as ruas. Pôde-se ver a cara dessas criaturas. Ódio multifacetado, disperso, múltiplo e hiperindividualista. Caracterizado pela multidão de cartolinas individuais, contraditórias, genéricas, egocêntricas, tal qual uma timeline da rede. Todos buscando uma foto, um segundo que fosse, de fuga do anonimato. Curiosamente os consumidores do Facebook encontraram um novo lugar para manter a mesma contradição de ser nada e ser alguém: a velha rua. Numa catarse coletiva, proporcionada, por um lado, por anos acumulando um ódio de classe alimentado pela mídia opositora, e por outro lado pela inquietação advinda da angústia gerada pela insignificância (e promessas de significância) produzida pela Capital, toda essa fatia foi rebelar-se contra tudo e contra todos nas ruas. E foram protestar fundamentalmente contra a política, entendida como espaço público de discussão sobre o poder, nesse sentido, entidade anacrônica com o tipo de consumo engendrado pelo capital. E tudo sustentado materialmente pela estabilidade e segurança econômica e na manutenção da qualidade de vida que o Lulismo proporcionou. Esses fatores, além de outros mais pontuais, fomentaram essa catarse individual/coletiva de final de expediente ou happy-hour. O cartaz erguido por uma manifestante anônima no protesto de segunda-feira, dia 17/7 (e exibido por um álbum da Folha Online), resume: “meu partido sou eu”. A nova lógica a ser compreendida pela democracia é essa, a de que ela possui cidadãos formados pelo Capital que não toleram mais nem um resquício de coletividade, representatividade ou qualquer forma de vida social que pressuponha a alteridade. Caminho iniciado pelo próprio Capital, objetivando uma nova etapa de acumulação, desde os fins de 1970: caminho esse que pretendia colonizar toda a vida pública. E, a política, compreendida nesses termos, não poderia estar fora deste projeto de dominação. GUILHERME LEITE CUNHA

sábado, 8 de junho de 2013

Protestar no Facebook não adianta. Tem que fechar avenida! por Carta Capital

Foto: Passe Livre (http://tarifazero.org/mpl/) Fonte do texto: Carta Capital Atos contra o aumento da tarifa Protestar no Facebook não adianta. Tem que fechar avenida Para algo acontecer tem que incomodar. E isso é, sim, coisa de gente civilizada. O dinheiro pressiona de um lado, as ruas têm que pressionar de outro. Por Lino Bocchini por Lino Bocchini — publicado 07/06/2013 Na última quinta-feira, protestos contra o aumento da passagem de ônibus e metrô (que em São Paulo subiram de R$ 3 para R$ 3,20) fecharam três das principais avenidas da cidade –Paulista, 23 de Maio e 9 de Julho. Natal, Goiânia, Porto Alegre e Rio de Janeiro também tiveram manifestações, porém, de menores proporções. Na capital paulista o ato foi chamado pelo Movimento Passe Livre, que defende a tarifa zero no transporte público e há anos faz uma série de manifestações de rua quando a tarifa aumenta. Apesar da convocação “oficial” do MPL, participaram também militantes de outros movimentos e de partidos de esquerda como o Psol e o PSTU, além de gente sem filiação ou militância fixa. Houve alguma depredação: lixeiras viradas, cabine de polícia tombada, foram quebrados vidros de bancas, ônibus e metrô, além de sacos de lixo incendiados no meio da rua. Boa parte da mídia e a maioria das manifestações na internet deslegitimaram o protesto por conta disso. Para eles, seria um vandalismo injustificável. Para outros tantos, é igualmente inaceitável que o trânsito seja fechado, pela manifestação que for. Não concordo com nenhum dos dois argumentos. Primeiro, esses mesmos que condenam os jovens que foram às ruas vivem bradando que a população não pode assistir impune à corrupção e demais problemas dos governos. A turma que grita “Acorda Brasil!” e outras palavras de ordem na rede vive pedindo reação popular. “Ah, mas tem formas mais civilizadas de se fazer isso, pela internet, escrevendo aos políticos, fazendo abaixo-assinados etc”. Ã-hã. O que te parece mais eficiente? Lotar a caixa de e-mail de um assessor de quinto escalão ou fechar uma avenida num horário de pico? E desde quando grupo ou evento de Facebook muda alguma coisa? Aliás, o tal abaixo-assinado com sei lá quantas mil assinaturas contra o Renan Calheiros na presidência do Senado deu no quê mesmo? Redes sociais como o Facebook são excelentes para a troca de informação, para conectar pessoas que pensam de forma semelhante, para ajudar na organização. Mas, se a grita não sair da internet e for pra rua, de nada adianta. Nadinha. Paris em chamas, sinal de civilidade Paris teve protestos violentíssimos em suas periferias em 2005. Após a morte de dois africanos pela polícia no subúrbio de Seine-Saint-Denis, seguiram-se 19 dias e noites de protestos e depredação. Quase 9 mil carros foram queimados e os prejuízos, segundo estimativas conservadoras, foram de 200 milhões de dólares. Alguém acha que a Paris ficou um lugar mais inseguro, selvagem ou menos civilizado após isso? Tornou-se um destino menos atraente para as próximas férias? E é bem melhor que seja assim, com protesto. E protesto, via de regra, não tem regra. E convenhamos: mesmo com vidros quebrados, lixeiras viradas e centenas de homens da Tropa de Choque na rua, nesta quinta-feira em São Paulo, ninguém saiu gravemente ferido --neste artigo nem vou entrar na questão da atuação da polícia, tema que por si só merecia outro artigo. Na Europa ou mesmo em vizinhos como Argentina e Chile, países em que a população, na média, estudou por mais tempo, lê mais livros e vai mais ao teatro ao cinema do que no Brasil, as pessoas reclamam mais e vão mais às ruas. E, sim, em muitos casos há depredação. E que sorte a deles que seja assim. O dinheiro pressiona do lado, as ruas têm que pressionar de outro. Por conta de tais protestos, seguramente Alckmin e Haddad –ou qualquer outro governante sob tal pressão-- vão se esforçar mais para evitar um novo aumento de tarifa ou, ao menos, para que eles seja o menor possível. Imagine se fosse apenas o mercado sozinho que regulasse tudo, que decidisse quando e quanto os preços aumentam, sem pressão social contundente alguma? Aí sim seria o caos. Por fim, o trânsito, o sagrado trânsito nosso de cada dia... o motorista paulistano (e o carioca, o goiano, o pernambucano, o manauara) não aceita que você encoste no carro deles. Buzinam como loucos meio segundo depois do farol abrir, com pressa pra tirar não apenas a mãe, mas também o pai, o avô e o cachorro da forca. Sinto muito. Na verdade, sendo sincero, não sinto nada, vamos lá: protestar e fechar o trânsito é, sim, legítimo. Até alguns sacos de lixo queimados está, de certa forma, dentro das regras do jogo. Passa anos-luz de ser o crime hediondo no tribunal tosco das redes sociais. Chega a ser cômico reclamar que o trânsito não anda por causa de um protesto. E nos demais dias do ano? Aí anda? E como resolver isso? Xingando no Facebook os moleques que protestam ou se aliando a eles, indo às ruas protestar, entre outras coisas, por um transporte público melhor e mais barato? Fico com a segunda opção.

Edital de Residência Artística no Condomínio (São Paulo)

Residência no Condomínio
Rua Mundo Novo, 342 – Vila Anglo Brasileira
CEP 05028-030 Fone: 11 4303 4121
http://www.facebook.com/condominioculturalmundonovo
O CONDOMÍNIO CULTURAL abre inscrições, no período de 16 de maio a 14 de junho de
2013, para participação na Residência no Condomínio. Este programa irá selecionar até
06 (seis) artistas cuja prática esteja vinculada à pesquisa e à apropriação de espaços para
obras em site specific. Partindo da noção de apropriação do espaço como material poético,
a Residência no Condomínio quer incentivar a produção de obras em um ambiente específico:
o Condomínio Cultural e o bairro da Vila Anglo Brasileira. Ao longo da residência, o programa
combinará ações integrativas com provocadores especializados, artistas convidados,
workshops e debates, bem como promoverá dinâmicas de aproximação com os condôminos
do espaço e com o bairro.
O programa Residência no Condomínio ocorrerá por um período de 4 meses (de julho a
novembro de 2013), durante o qual os artistas participantes desenvolverão projetos artísticos
(conjuntos ou individuais), a serem apresentados ao público quando do término da residência
(em novembro de 2013).
Residência no Condomínio é um projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de
São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural – 2012, que, através
do edital nº18/2012 – Concurso de Apoio a Projetos de Produção de Espaços Independentes
Vinculados às Artes Visuais no Estado de São Paulo.
Sobre o Condomínio
O Instituto Cultural Mundo Novo – CONDOMÍNIO CULTURAL – funciona desde 2010 como
centro cultural colaborativo no bairro da Vila Anglo Brasileira. Sediado no antigo hospital e
maternidade São Marcos, o projeto vem revertendo o uso depreciativo do espaço ao longo
de 15 anos de abandono, transformando-o em um ambiente para que artistas desenvolvam
projetos e troquem experiências entre si e também com os moradores de seu entorno. O
projeto não conta com nenhuma verba advinda de instâncias públicas, sendo mantido financeiramente
através de doações de seus frequentadores.
Inscrição
Podem se inscrever artistas brasileiros ou estrangeiros residentes no país, com idade acima
de 18 anos. As inscrições deverão ser enviadas exclusivamente via e-mail, através do endereço
inscricao@condominiocultural.org.br
Todos os itens solicitados deverão constar em um único e-mail sob o assunto: “Inscrição
Residência no Condomínio”, e os anexos não deverão ultrapassar no total 10MB e deverão
estar em formato PDF.

A data limite para envio das inscrições é dia 14 de junho de 2013. Para ser avaliada, a inscrição
deverá incluir os seguintes itens:
- ficha de inscrição preenchida em todos os campos (disponível para download no link
http://condominiocultural.org.br/download/ficha_de_inscricao.docx)
- currículo (no máximo 2 laudas, contendo nome artístico, principais exposições, residências,
prêmios, etc.)
- portfólio, contendo imagens com legendas dos trabalhos e descrições quando forem necessárias.
Trabalhos em vídeo deverão estar disponíveis online e os links para assisti-los
poderão constar no portfólio.
É vedada a inscrição de qualquer funcionário, colaborador ou condômino vinculado ao Condomínio
Cultural.
Seleção
Serão selecionados até 06 (seis) artistas para participação na residência. A seleção será realizada
por uma comissão julgadora, composta por 5 membros do Condomínio Cultural e 2
especialistas convidados. Esse processo se dará em 2 etapas:
Primeira etapa:
- recebimento de material da inscrição por e-mail;
- avaliação do material enviado;
- convocação dos pré-selecionados será divulgada por e-mail e na fanpage do Condomínio
Cultural (http://www.facebook.com/condominioculturalmundonovo)
Segunda etapa:
- entrevista presencial com os pré-selecionados
O resultado final será publicado na fanpage do Condomínio Cultural (http://www.facebook.
com/condominioculturalmundonovo) e informado a todos os inscritos via e-mail. Após a divulgação
da lista, os selecionados terão o prazo de 5 dias úteis para assinar o contrato pessoalmente
no Condomínio Cultural (de 2ª a 6ª feira - das 10h às 18h). Não haverá possibilidade
de recurso contra a decisão da comissão julgadora. A inscrição do candidato implica a concordância
com os termos deste edital.
Cabe ao residente:
- participar dos encontros promovidos pelo projeto; durante 4 meses, 2 vezes por semana;
- disponibilizar registros, documentações e conteúdo para inserção no site do Condomínio

Cultural, blogs vinculados ao projeto, redes sociais e demais ferramentas de divulgação;
- ministrar um workshop relacionado à sua prática e/ou pesquisa desenvolvida no Condomínio
Cultural, aberto ao público, proposto no ato da inscrição (campo a ser preenchido na
ficha de inscrição);
- apresentar um trabalho no final da residência, que ficará exposto em mostra conjunta com
os demais residentes, no periodo de três semanas;
- colaborar com as atividades de formação de professores e monitores para a exposição final;
- disponibilizar os direitos de uso de imagem da obra para fins de divulgação ou publicações
vinculadas ao projeto.
Cabe ao programa de Residência:
- pagamento de auxílio mensal de R$ 450,00, totalizando R$ 1.800,00 ao final da residência;
- disponibilidade de uma sala de trabalho compartilhada (ateliê), acesso a todas as áreas
de uso comum como sala de reunião, cozinha, pátio externo e salas de ensaio (esta última
dependendo de agendamento prévio);
- promover encontros com artistas e especialistas da área a fim de fomentar a reflexão e a
produção dos residentes;
- promover encontros com artistas condôminos;
- promover saídas de reconhecimento do bairro e outros espaços associados ao Condomínio;
- dar assistência técnica e estrutural na produção dos trabalhos selecionados para exposição;
- realizar a produção da mostra final dos trabalhos desenvolvidos, bem como sua divulgação.
O Condomínio Cultural não arcará com nenhum tipo de despesas que envolvam alimentação,
estadia, seguro de saúde, ou qualquer outro tipo de gasto, cabendo aos artistas selecionados
se responsabilizarem por tais custos.
Residência no Condomínio
Rua Mundo Novo, 342 – Vila Anglo Brasileira
CEP 05028-030 Fone: 11 4303 4121
http://www.facebook.com/condominioculturalmundonovo