sexta-feira, 10 de julho de 2009

Conquistas da Greve na Unesp

43 dias de greve com ocupação rendem conquistas aos estudantes da FFC

Fonte: http://greve-ocupacaounespmarilia.blogspot.com

A UNESP, por ser dispersa em todo Estado, é mal estruturada, especialemente a que se localiza na cidade de Marília: há falta de professores e funcionários. Além disso, os anos de governo tucano somente serviram, para aumentar ainda mais a precarização dos serviços públicos, notadamente, a educação em todos os níveis. Defensores da privatização e do particular em detrimento do público, os tucanos nada mais fazem senão asfixiar o patrimônio coletivo através de suas políticas neoliberais privatistas.

Além da debilidade crônica, há outras questões: planos de institucionalização da submissão da UNESP aos grandes capitalistas e de sua transformação em uma empresa (PDI); aprofundamento ainda maior da precarização da educação pública por meio do Ensino à Distância(UNIVESP); concentração das decisões da universidade na mão de meia dúzia de doutos professores burocratas, corruptos e capitalistas; repressão aos estudantes, funcionários e professores que não aceitam os ditames do gestores da universidade.
Esse quadro levou os estudantes da UNESP-Marília a se mobilizarem pela mudança da situação.
A precariedade não se limita apenas a UNESP, mas as outras universidades, como USP e UNICAMP. Além dos elementos apresentados, a repressão e a falta de democracia nos órgãos que gerem a universidade impulsionaram a mobilização de estudantes, professores e trabalhadores em todo o estado.
A burocracia universitária — que atende pelo nome de Cruesp — se relaciona com a comunidade acadêmica de forma autoritária e intransigente. As reivindicações que surgiram neste movimento de mobilizações visam suprir as carências da universidade.
Os estudantes da UNESP-Marília conseguiram algumas poucas repostas, através da greve com ocupação. Uma dessas repostas veio na forma da conquista de uma demanda histórica: o R.U. noturno. Há muito era presença constante na luta dos estudantes a reivindicação de um restaurante que atendesse os que estudam e trabalham no período noturno. Essa conquista satisfaz uma parte da carência, já que não possuímos uma cantina.
Outra conquista do movimento grevista foi o Centro de Línguas. Com a previsão de atender 200 discentes da Faculdade, o Centro de Línguas preparará vários estudantes para a leitura e compreensão de textos em inglês, inicialmente. Essa conquista tem função primordial na formação dos estudantes, pois muitos não teriam acesso por outros meios ao aprendizado de línguas.
O Centro de Estudos da Educação da Saúde, CEES, tem desempenho importante no atendimento da população mariliense. Mas, apresenta condições precárias em sua estrutura física, o que prejudica o desenvolver das atividades no local. A devida solução apresentada pelos estudantes não foi atendida de imediato, que é a transferência do CEES para o campus (o CEES funciona no antigo campus da UNESP), mas conquistou-se sua reforma, para que o atendimento a sociedade não seja ainda mais prejudicado.
CEES, Centro de Línguas e R.U. são algumas conquistas que certamente trarão contribuições positivas às atividades da Universidade. Certo também é que as reivindicações atendidas são devidas ao forte e organizado movimento que se construiu entre os estudantes, com o auxilio de funcionários e professores.
Contudo, a pauta de reivindicações dos estudantes da FFC-UNESP/Marília, ainda deve ser levada adiante. Muitos pontos da pauta têm ligação com toda a comunidade da UNESP, como o PDI, UNIVESP, democratização das estruturas, entre outros. Para que esses e outros pontos sejam atendidos, precisa ser construído um movimento forte e ainda mais organizado com os campi que pretendem ir a luta.

Postado por Greve e ocupação da Unesp de Marília

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