Alguém falou sobre liberdade de imprensa no Brasil nestas eleições. Alguém falou que o governo quer ‘controlar’ a imprensa. Digo que a concentração de poder na imprensa está com os dias contados. Vide Confecom!
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da EFE, em São Paulo | 19 de Outubro de 2010
O Brasil subiu 13 posições no ranking anual de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) –passando de 71º para 58º. O estudo sobre a situação em 200 países foi divulgado nesta terça-feira. Finlândia, Islândia, Holanda, Suécia e Suíça lideram o ranking.
O relatório destaca também que, pela primeira vez desde a criação da classificação anual, em 2002, Cuba não faz parte dos dez últimos, embora ocupe o 166º lugar.O Brasil subiu 13 posições no ranking anual de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) –passando de 71º para 58º. O estudo sobre a situação em 200 países foi divulgado nesta terça-feira. Finlândia, Islândia, Holanda, Suécia e Suíça lideram o ranking.
“Esta progressão se deve principalmente à libertação de 14 jornalistas e 22 militantes durante o verão de 2010. No entanto, a situação no país não evoluiu muito, a censura e a opressão são ainda cotidianas para os dissidentes políticos e os profissionais da informação”, afirma a RSF.
A ONG alertou ainda que vários países membros da União Europeia continuam perdendo posições –e prejudicando a imagem de exemplo para outras nações.
Também preocupa a linha-dura sendo adotada pelos governos no pé da lista: Ruanda, Iêmen e Síria se juntaram a Mianmar e Coreia do Norte no grupo dos países mais repressivos aos jornalistas no mundo.
“Mais do que nunca antes, vemos que desenvolvimento econômico, reforma institucional e respeito aos direitos fundamentais não necessariamente caminham juntos“, disse o secretário-geral da ONG, Jean-François Julliard. “A defesa da liberdade de imprensa continua sendo uma batalha, uma batalha de vigilância nas democracias da velha Europa e uma batalha contra a opressão e a injustiça nos regimes totalitários ainda espalhados ao redor do mundo.”
A ONG prestou homenagem aos ativistas de direitos humanos, jornalistas e blogueiros que defendem o direito de expressão no mundo e reiterou ao governo chinês o pedido para libertar o dissidente Liu Xiaobo, vencedor do prêmio Nobel da Paz deste ano.
UNIÃO EUROPEIA
A ONG alerta para a situação deteriorante da liberdade de expressão na União Europeia, tendência confirmada pela última pesquisa. Dos 27 Estados membros da UE, 13 estão entre os 20 primeiros da lista da RSF.
Porém, a distância entre os países que têm desempenho bom e os que têm desempenho ruim está aumentando. Dos outros 14 países da UE, alguns estão em posições bem baixas. A Itália aparece em 49º., a Romênia em 52º., e Grécia e Bulgária estão empatados em 70º..
Em alguns países não foi registrado nenhum avanço: França e Itália não conseguiram reverter a tendência de redução da liberdade de imprensa. No ano passado, houve casos de violação do sigilo das fontes dos jornalistas, além da contínua concentração das empresas de mídia, mostras de desacato e impaciência da parte de autoridades do governo em relação a jornalistas e seu trabalho, e intimações judiciais.
PAÍSES NÓRDICOS
Vários países dividem o título de melhor nação para atuação jornalística, e o norte da Europa se mantêm no topo. Neste ano, Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça ficaram em primeiro lugar no ranking da Repórteres Sem Fronteiras.
Todos eles já estiveram nesta posição antes, e Noruega e Islândia sempre apareceram em primeiro lugar –exceto em 2006 (Noruega) e 2009 (Islândia).
Esses países constituem exemplos de liberdade de imprensa, e continuam melhorando. A Islândia, por exemplo, estuda um projeto de lei para conceder um nível único de proteção à mídia.
PIORES LUGARES
Nos últimos anos, a ONG chamou atenção especial aos três países que sempre estão nas três últimas posições: Eritreia, Coreia do Norte e Turcomenistão.
Este ano, um grupo maior de dez países –marcado pela perseguição da imprensa e por uma falta total de informação e notícias– estão juntos no final da lista.
“A situação de liberdade de imprensa continua se deteriorando nesses países e está ficando cada vez mais difícil dizer qual é o pior”, informa a ONG.
Afeganistão, Paquistão, Somália e México –países que estão em guerra aberta, guerra civil ou que enfrentam algum tipo de conflito interno– mostram uma situação de caos permanente e uma cultura de violência e impunidade se enraizando, tendo a mídia como um dos principais alvos.
Eles estão entre os países mais perigosos do mundo, e combatentes miram diretamente em jornalistas –caso, por exemplo, dos jornalistas da TV francesa, Stéphane Taponier e Hervé Ghesquière, mantidos reféns no Afeganistão nos últimos 300 dias.
AMÉRICA
Na América Latina, após Cuba, o país mais atrasado é a Colômbia (no 145º lugar), seguido de México (136º), Venezuela (134º), Peru (109º), Bolívia (104º) e Equador (102º).
A República Dominicana ocupa o posto 97, seguido da Nicarágua (83º), Guatemala (77º), Brasil (58º), Argentina (55º), Paraguai (54º), El Salvador (51º), Uruguai (38º), Chile (33º) e Costa Rica (29º).
Os Estados Unidos ocupam a 20ª posição, seguidos pelo Canadá, o que os transformam nos países da América mais bem colocados.
COM EFE
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