Fonte: http://greve-ocupacaounespmarilia.blogspot.com/2009/06/comando-de-greve-dos-estudantes-contra.html
Unidade e luta contra a repressão
Hoje, terça- feira dia 09 de junho de 2009, ocorreu na USP São Paulo, campus Butantã, um Ato unificado de professores, funcionários e estudantes das Três Públicas Paulistas, que reivindicavam: reabertura das negociações do CRUESP (Conselho de reitores) com o Fórum das Seis (entidade que congrega os sindicatos e DCE’S das universidades públicas de São Paulo), interrompidas desde o dia 25 de maio; fora Suely Vilela, reitora da USP, por eleições diretas para reitor; por mais verbas para a educação pública em todos os seus níveis; fora a polícia das universidades, particularmente da USP, sitiada dede o dia 1 de junho; dentre outras coisas....
No entanto, o Ato desencadeou em ações que representam o fosso em que está atolada a verdadeira democracia [burguesa], que é empurrada garganta abaixo pelas classes abastadas aos pobres, e que ainda é reivindicada pela corja burocrática que gere as Universidades e o Estado. A truculenta e sanguinária polícia de Serra reprimiu a manifestação, utilizando todo seu vasto arsenal de violência impiedosa. Balas de borracha, gás de pimenta, coturnadas, cacetetes. Os socos. Os chutes. O infernal barulho das bombas de efeito moral. A neblina espessa e insuportável do gás lacrimogêneo.
O diálogo está dado: aqueles que acreditavam nessa possibilidade, que agora vejam claro: as palavras que as reitorias querem ouvir do movimento são as de arrego; são palavras de rendição.
Aqueles que tinham para si que as universidades eram democráticas repensem esta opinião. É que um posicionamento que não se baliza na realidade é equivocado.
Quem duvidava dos únicos métodos de luta que geram frutos – greves, ocupações- reconsiderem diante dos fatos.
Os estudantes grevistas e ocupados da FFC-UNESP/Marília não dizem isto em vão. É que as horas são inimigas dos professores, dos funcionários e dos estudantes neste momento. As forças que pretendem impor, ao invés de discutir; bater naqueles que buscam melhorar; empobrecer, ao invés de aprimorar. Estas forças, cujos melhores representantes são os reitores e o governo do Estado, cada vez mais se sentem confortáveis para prosseguir seus planos e aumentar a precarização.
Contam eles com o silêncio de parte considerável dos estudantes, professores e funcionários, ao menos até este momento.
Firmes, os verdadeiros bandidos acadêmicos e os criminosos que estão a gerir o estado prosseguirão insaciáveis até a completa privatização, velada ou não, dos serviços públicos, notadamente da educação. A forma mais cruenta de implementação destes planos, vemos hoje: estudantes apanhando da polícia em uma universidade; funcionários presos em seus locais de trabalho; professores amargando a dor das bordoadas dos polícias.
O tempo de pensar já está a apodrecer. Agora, estudantes, é hora de decidir qual universidade queremos. Para o governo do Estado “o amanhã já é hoje”: o amanhã da falta de verbas, funcionários de professores e infraestrutura. O amanhã de uma educação toda ela virtual, em meios, inícios e fins; o amanhã da venda nos olhos, algemas nos pulsos e mordaça nas bocas.
Agora, estudantes, é hora de agir!
Incorporemos a luta estadual em curso. Ou, não haverá mais sequer a possibilidade de luta.
Unidade imediata dos três setores contra a repressão!
O tempo de vacilar já passou: ação imediata agora!
FORA A POLÍCIA DAS UNIVERSIDADES!!!
REPÚDIO COMPLETO À AÇÃO POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO!!!
FIM IMEDIATO DA REPRESSÃO ÀQUELES QUE LUTAM!!!
ABAIXO A BUROCRACIA UNIVERSITÁRIA!!!
MAIS VERBAS PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICAS!!!
DEMOCRATIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES: PARIDADE JÁ!!!
POR VAGAS PRESENCIAIS DE QUALIDADE PARA TOD@S!!!!
READMISSÃO IMEDIATA DE BRANDÃO!!!!
REABERTURA DAS NEGOCIAÇÕES CRUESP-FÓRUM DAS SEIS
Marília, 09 de junho de 2009
Comando de Greve dos Estudantes da FFC-UNESP/Marília
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