domingo, 7 de março de 2010

Memorial da Resistência em São Paulo

Quem vê, até pensa que o governo apoia esses eventos. Mas o importante é que tem gente que consegue porduzí-los mesmo assim, então, quem puder, vale a pena comparecer:

O Memorial da Resistência de São Paulo vem convidá-lo para o próximo Sábado Resistente, que será realizado no dia 13 de março às 14 horas, conforme programação abaixo.


Memorial da Resistência
Pinacoteca do Estado de São Paulo
www.pinacoteca.org.br
Largo General Osório, 66 - Luz
CEP 01213-010 - São Paulo, SP
Telefone: 55 11 3335 4996



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AS REFORMAS DE BASE DO PRÉ-1964 E SUA ATUALIDADE

Sábados Resistentes - 13 de Março 2010, das 14h às 17h30

Para debater este importante momento da história brasileira, os projetos políticos ali em jogo, seus desdobramentos e sua atualidade, o Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum Permanente de Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo e o Memorial da Resistência de São Paulo convidam para um debate dentro da programação dos “Sábados Resistentes”.

Caixa de texto: 14h - Boas-Vindas Katia Felipini – Coordenadora – Memorial da Resistência de São Paulo 14h15 - Apresentação/Coordenação Ivan Seixas – Jornalista, ex-preso político – Diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política e do Fórum de Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo 14h30 – DEBATE: “AS REFORMAS DE BASE DO PRÉ-1964 E SUA ATUALIDADE” João Vicente Goulart Filósofo, filho do ex-presidente deposto João Goulart (Jango) – Presidente do Instituto Presidente João Goulart Maria Aparecida Aquino Historiadora – Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e Professora Adjunta da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rafael Martinelli Ferroviário, ex-preso político – Presidente do Fórum de Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo Memorial da Resistência de São Paulo – Largo General Osório, 66 – Luz



A atividade deverá também será transmitida ao vivo pela internet, com o apoio da VIATV (www.viatv.com.br).

Sobre o Pré-64

Às vésperas do golpe de Estado de 1964, o Brasil vivia um processo de importantes transformações sociais modernizadoras e democratizantes. Durante a curta existência do governo João Goulart (setembro de 1961 a março de 1964), um novo contexto político tinha se aprofundado no país, sendo marcado por propostas governamentais de cunho popular, as quais acirraram ainda mais a luta social, política e ideológica já movimentada do período. De um lado uma crescente mobilização das classes populares (com destaque para a ampliação do movimento sindical operário e dos trabalhadores do campo), que se confrontava cada vez mais, de outra parte, com uma organização e ofensiva política dos setores empresariais e militares alinhados com os interesses do imperialismo norte-americano. Sabe-se quem levou a melhor na história...



Sobre as Reformas de Base

Um dos eixos centrais daquela polarização, ainda que pouco debatido atualmente, foram as chamadas “Reformas de Base” propostas pelo então presidente Jango, que de certa forma sintetizavam algumas das principais reivindicações dos setores populares e se transformaram num dos estopins utilizados pela direita civil-militar para consumar o seu golpe. Um episódio-marco deste contexto foi o “Comício da Central do Brasil”, realizado por Jango justamente em 13 de março de 1964, no Rio de Janeiro, durante o qual anunciou importantes avanços das Reformas, incluindo a desapropriação de grandes latifúndios, renacionalização de refinarias em favor da Petrobrás, e importantes medidas para a reforma urbana. O comício viria a acelerar, por parte das elites civis-militares, a consumação do golpe nos dias seguintes.

Os Sábados Resistentes são promovidos pelo Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo em parceria com o Memorial da Resistência de São Paulo. Trata-se de um espaço de discussão entre militantes de diversas causas, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e interessados em geral no debate sobre temas ligados às lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo central estimular a discussão e o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano em busca de sua libertação.

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