domingo, 30 de agosto de 2009

PSDB sufoca educação em Roraima, trabalhadores reagem!

A GREVE CONTINUA: 20°. DIA E NOSSA RESISTÊNCIA É TOTAL!!!
Fonte: Centro de Mídia Independente
O MOTE é qualquer professor, qualquer trabalhador em educação, que se indigne com a situação em que se encontra a educação no estado de Roraima, a situação em que se encontra o estado de Roraima, a situação em que se encontram o país e o mundo...

A GREVE CONTINUA: 20°. DIA E NOSSA RESISTÊNCIA É TOTAL!!!
Parabéns trabalhadores em educação de Roraima! A luta continua! Os ataques do governante de plantão (Anchieta Jr.-PSDB) também, mas é através de nossa RESISTÊNCIA que construiremos um movimento maior, que transcenda os limites de reivindicações pontuais para uma pauta maior que é a construção de uma sociedade justa, igualitária e livre.
O governador de Roraima veicula informações distorcidas via televisão e rádio, compara o salário do estado ao miserável salário do professor de nível médio do Rio de Janeiro, como se este fosse o padrão nacional, mas não discute o imenso repasse federal per capita para a educação em Roraima, devido ao baixo número de habitantes. O dinheiro sobra, e as escolas estão caindo e as nossas perdas salariais chegam a mais de 80% (IBGE) para os concursados de 1994, por exemplo. Se nosso salário é maior que o do Rio ou São Paulo é pela luta de anos e anos da categoria, e não benevolência de governo algum. O mesmo governador que vai à televisão mentir para a população, está com indicativo de cassação de mandato (de novo)... Superfaturamento na compra de fardamentos escolares, contratação de empresa picareta para gerenciar a folha de pagamento, sem contar a destruição do aparelho e espaços públicos no estado (hospitais, escolas, praças). Ainda as nefastas terceirizações de atividade-meio (limpeza, merenda, etc.) na educação (e em todas as áreas da administração) fazem parte da velha política neoliberal de FHC (continuada por Lula) e derrotada em grande parte da América Latina. Trata-se de política desumana e superada, mas preconizada pelos governos de plantão de nosso país... Tal política de ?gerencialismo?, no âmbito da educação, especificamente em Roraima, significa risco para a saúde de alunos e funcionários, devido à péssima qualidade da merenda.
Por esses e outros motivos acreditamos que a luta é local, mas não só. O sindicato se configura em um instrumento legítimo de luta dos trabalhadores dentro da sociedade de classes, e, como tal, não deve atrelar-se a governo algum ou aos seus interesses, seja na esfera municipal, estadual ou federal. Dizemos ?governante de plantão?, pois fosse, em Roraima, um governo aliado ao Lula (PT) a situação não seria diferente. Eles (governantes) são os mesmos, com as mesmas idéias, a mesma corrupção, a mesma velha politicagem. Basta analisar a conjuntura política local para desnudar-se o quadro nacional: Romero Jucá e companhia estão com Lula e o PT, assim como Lula e o PT mantém José Sarney no poder. Ao mesmo tempo a Tereza Jucá, atualmente com Lula, abre possibilidade de ser vice em uma eventual candidatura de Anchieta do PSDB (??). Coronéis e oligarcas dos tempos da ditadura ainda dominam esse país, e uma confusão entre ?esquerda e direita? deixam o trabalhador perplexo, desacreditado, vulnerável a populistas-personalistas. Por isso acreditamos que a luta política deve situar-se nas ruas, nos locais de trabalho, através de organizações de base, longe da patifaria da política eleitoreira. Por isso nos denominamos MOVIMENTO, por isso falamos com liberdade, sem rabo preso, sem ter medo de mostrar a cara. Todos conhecem as nossas caras e nunca escondemo-las.
O MOTE é qualquer professor, qualquer trabalhador em educação, que se indigne com a situação em que se encontra a educação no estado de Roraima, a situação em que se encontra o estado de Roraima, a situação em que se encontram o país e o mundo... Somos oposição à política direcional do sindicato pelas razões explicitadas acima, pela atrelação da luta à eleição e interesses eleitoreiros. Política não se faz somente com eleição, isso é muito cômodo. Não se pede licença para mudar a história, e não são os Lulas, Sarneys ou Jucás da vida que transformarão esse país em um lugar minimamente digno de se viver. E que dizer então de uma verdadeira transformação, uma revolução social? Nunca. Para esses e seus asseclas, ?revolução? é palavra anacrônica, pois representa tudo o que eles não querem: perda de seus privilégios.
Mantenhamo-nos de pé companheiros!!!
Destituição dos atuais gestores e eleições diretas para gestor escolar!!!
Fim das terceirizações!!!
Por um mundo justo e igualitário!!!
Revolucionar sempre!!!


Email:: mote.sinter@yahoo.com.br
URL:: http://greveprofessoresrr.blog.terra.com.br/

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Aprenda Apeoesp, há sindicatos que direcionam para a luta!

“A saída armada é possível”
blog do cappacete

O líder sindical dos professores afirma que uns dois mil hondurenhos estão treinando na Nicarágua para uma resistência armada

Brasil de Fato

Mercedes López San Miguel
de Tegucigalpa (Honduras)

Sua corpulência e a jaqueta de couro fazem jus à imagem estereotipada de líder sindical. Bertín Alfaro é professor e presidente do Sindicato Profissional de Docentes de Honduras, o maior e mais organizado grêmio da resistência contra o golpe de Estado. Ele eleva o tom quando adverte que os EUA são os autores do levantamento militar. E o baixa ao assinalar que uns dois mil hondurenhos estão treinando na Nicarágua para uma defesa armada. Alfaro teme essa opção. Na entrevista a seguir, insiste que o povo deve resistir de forma pacífica até conquistar a restituição do presidente Manuel “Mel” Zelaya.




As forças repressivas mataram dois docentes desde que o governo de fato se instalou em Honduras. Qual é a situação dos professores?
Bertín Alfaro – O golpe marcou uma grande crise na vida democrática de Honduras, seguida de uma flagrante violação aos direitos humanos. Os trabalhadores da educação assumimos um papel protagonista, nos somamos à resistência. Entre os operários, os professores e os camponeses existe uma palavra de ordem que se grita permanentemente: “aqui, ninguém se rende”, até que se restabeleça a ordem democrática. O golpe de Estado foi perpetrado pela Igreja, a Corte Suprema, as Forças Armadas, os meios de comunicação influentes e os políticos tradicionais. Mas os autores intelectuais se encontram no norte do continente. Depois da resolução da OEA [Organização dos Estados Americanos], todos os países respaldaram Zelaya. Os EUA fizeram pouco ou nada; é o único país que tem uma relação permanente com os golpistas.


O que a administração Barack Obama deveria fazer?
Congelar as contas dos golpistas, restringir o ingresso de remessas dos hondurenhos que vivem nos EUA e cancelar os vistos dos golpistas.


Os EUA cancelaram quatro vistos...
Sim, mas consideramos isso uma jogada política, porque cancelaram os vistos de quem não teve um papel importante no golpe. Os cérebros da ditadura estão tranquilos e aparecem sorridentes na televisão.


Voltando à pergunta anterior: a repressão aos professores aumentou? Eles estão sendo perseguidos?
A senhora viu cair um professor com um balaço na cabeça [Roger Vallejos morreu em 30 de julho, devido a um tiro no crânio]. Quando se pede informações às forças da ordem, dizem que é preciso investigar. Mas a promotoria atua imediatamente quando é contra a resistência popular: qualquer um vai preso por perturbação da ordem pública ou qualquer outra coisa. Repare que o povo marcha de maneira pacífica e sem armas. A ditadura criou um ambiente de tensão, com toque de recolher a cada instante e detenções arbitrárias. Não há direitos individuais. Os hondurenhos vamos nos mobilizar durante os cinco meses que faltam para que o mandato de Mel termine.


A resistência encontra os professores unidos? O sindicato dos docentes é o que mais participa das mobilizações?
Em Honduras, existe o que se chama de Coordenadora Nacional da Resistência. Tem o Bloco Popular, que aglutina as centrais operárias, como a CGT [Central Geral dos Trabalhadores], e o [sindicato] do magistério. Somos 60 mil educadores, a maior força. Decidimos que haja aula às segundas, terças e quartas; os demais dias são de luta. Os trabalhadores estão tendo medo de participar porque são ameaçados em suas empresas, mas, tanto os camponeses quanto os professores marchamos mais.


Vocês levaram alguma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que esteve em Honduras há poucos dias?
Sim. Sempre tiramos fotos e gravamos vídeos. Uma das situações que denunciamos foi que, na zona noroeste, a polícia prendeu muitas pessoas que se manifestavam. Liberaram os homens, mas quatro policiais levaram e violaram uma mulher operária e muito bonita. Ela deu os nomes. Quebraram a mão de um candidato presidencial pelo movimento operário, Carlos Reyes. Também quebraram um deputado do partido Unificação Democrática, e agora ele está internado. Os golpistas têm mercenários. Não respeitam ninguém. Mas se não respeitaram o presidente quando o tiraram da cama! Os direitos não existem.


Se vislumbrava um golpe de Estado?
Pela primeira vez desde 1981, um presidente assumia a defesa dos mais despossuídos. Mel assinou a incorporação de Honduras à Alba [proposta pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para se contrapor à Alca], quis converter a base militar de Palmerola, dos EUA, em aeroporto comercial, e contemplou os trabalhadores ao aumentar o salário mínimo. Também aumento o piso salarial dos professores [hoje, recebem o equivalente a 600 dóolares]. Por todas essas medidas, os empresários ficaram contra ele. Os EUA também. A instalação da quarta urna em 28 de junho passado, para saber se o povo queria reformar a Constituição foi a última coisa que Mel quis mudar.


A sociedade se polarizou entre os que apóiam Zelaya e os que estão com o presidente de fato, Roberto Micheletti?
Os operários, os camponeses, os professores... definitivamente, o povo, está com o presidente Zelaya. A empresa privada, o Congresso, a Igreja e os meios influentes estão com o “goriletti”. O Congresso é um ninho de malandros. Os deputados se aproveitam do sistema para levar uma vida mais cômoda em detrimento do povo. Percebemos que se esta situação não se resolve, grupos guerrilheiros serão organizados em Honduras. Há pessoas treinando na Nicarágua. No dia que o Mel chegar, o povo se concentrará para recebê-lo... nesse dia pode ser que haja uma grande quantidade de mortes.


Quantas pessoas estão se armando?
Ao redor de dois mil hondurenhos estão treinando na Nicarágua.


Quem os treina?
Não podemos dizer. Nós não queremos chegar ao ponto de uma resistência armada. Isso provocaria a morte de muitos inocentes, e o controle escaparia das mãos dos dirigentes sindicais. Queremos continuar pela via pacífica.


Quando aconteceria essa resistência em armas?
Logo. Temos conhecimento de que existem armas doadas. Não sabemos quem as doaram. Já existem sinais de que haverá uma crise muito difícil em nosso país. Começou-se a sentir as medidas de isolamento. No mais tardar em outubro Honduras atravessará uma grave crise alimentar e de abastecimento.


O senhor confia em uma saída medida para o conflito?
O plano Arias [do presidente da Costa Rica, Óscar Arias] propõe um governo de integração. É irônico que seja dada anistia aos golpistas para que formem parte do gabinete. Zelaya já o rechaçou. Chama a atenção o fato de que o país que recebeu Mel em pijamas tenha sido a Costa Rica, não é?


Por quê?
Porque Arias serviu ao Império. Interessa a ele ganhar um novo Prêmio Nobel [Arias foi premiado em 1987, por ter mediado o fim dos conflitos na América Central].


Se Zelaya não conseguir ser restituído ao cargo, haverá eleições?
Aí está o problema. A Constituição diz que o governo constitucional é o que garante os pleitos. Mas Mel está no exílio. Que eleições se darão se o povo não quer ver os candidatos dos partidos tradicionais? Elvin Santos, do Partido Liberal [o mesmo de Zelaya], é um golpista, um representante da oligarquia. Uma parte dos liberais não o querem. Jogaram ovos nele! (Página 12 - www.pagina12.com.ar)


Tradução: Igor Ojeda

Kassab tentou privatizar escola de artes e o povo disse NÃO!

Fonte: correio eletrônico
Repasso mensagem que recebi, é um relato acerca da reação popular contra projeto de lei que privatiza a Escola de Iniciação Artística da cidade de São Paulo, o EMIA.

Amigos, não poderia estar mais feliz!
Foi apenas um pequeno passo, ainda não podemos garantir que a Emia está salva do PL 0433/09 que modifica totalmente a estrutura da nossa querida Emia mas conseguimos avanzos graças à participação de muitos pais que compareceram ao debate e deram depoimentos de amor à escola, afirmando nossa posição totalmente contrária a este PL. Se é para regularizar a Emia, deve ser feito outro PL que espelhe a escola que existe, a escola que pais, alunos e ex-alunos amam e que dê dignidade ao corpo docente!
Faço um breve resumo do que aconteceu no debate e aproveito para enviar os agradecimentos aos vereadores que se manifestaram a favor da Emia e contra o PL.
Sugiro aos senhores pais que escrevam para os vereadores que estão nos apoiando para agradecer, é muito importante que eles saibam o quanto é importante para nós a ajuda deles e o interesse demonstrado em defender a escola dos nossos filhos!
O debate começou com algumas apresentações e comentários, entre eles o da Diretora da Emia, Márcia Andrade, que disse não se sentir à vontade falando em público e encerrou sua participação com poucas palavras. Logo enseguida o senhor secretário da Cultura Carlos Augusto Calil começou discursando sobre a terceirização da Biblioteca Mario de Andrade e logo após sobre o tão odiado PL 0433/09, onde ele expressou sua surpresa ao ver a reação dos pais pois, segundo ele, o PL vem "regularizar" a escola e deveriamos estar contentes (?). Neste momento aconteceram vaias e houve interrupção do discurso por alguns instantes. Após o discurso, que não vale a pena reproduzir aqui, (eram as mesmas mentiras encaminhadas pela secretaria via e-mail e na reportagem do Jornal Zona Sul), aconteceu o pronunciamento do vereador Netinho de Paula, criticando a forma como o PL foi criado, sem ouvir a comunidade e de cima para baixo, de forma antidemocrática. Ele recebeu efusivas manifestações de apoio dos pais e aplausos e expressou seu apoio à Emia pedindo um requerimento que estou tentando protocolar. Em seguida o vereador Alfedrinho fez um breve pronunciamento contra as terceirizações e a favor do acesso a cultura e foi aplaudido por toda a platéia.
Logo após algumas declarações foi a vez dos pais. Todos os pais se manifestaram contrários ao PL e pediram que seja retirado de votação e elaborado um novo PL que contemple a escola que existe e não que crie outra escola! Houve alguns discursos que mereciam ter sido gravados e transcritos, de tão emocionantes! A Sandra, mãe e amiga, muito querida por todos nós fez um discurso comovente e expressou sua tristeza com um comentário vergonhoso saido da boca do próprio secretário Calil, chamando-a de "louca" pela sua paixão em defender a escola, coisa que pelo visto ele não consegue compreender. Chegando minha vez eu me declarei louca, também, em solidariedade à nossa querida Sandra. Disse que sou louca também, pela Emia e pela minha filh a. E para completar, a vereadora Juliana Cardoso, fez uma intervenção em favor da Emia e também afirmou que se ser mãe e defender a escola dos filhos é coisa de loucos, que ela também era louca! Somos sim, loucos pela Emia! Todos nós! E não vamos permitir que um PL feito nas coxas, cheio de contradições e feito de forma autoritária, venha destruir a história e o projeto pedagógico da Emia!
Para finalizar, o Secretário Carlos Augusto Calil, se comprometeu com os pais a nos receber, com a presença do deputado estadual Carlos Gianazzi para discutirmos a elaboração de um novo PL. Assim que tivermos a data estaremos informando para todos os pais.
Bem, acredito que as outas pessoas presentes no debate vão acrescentar alguma coisa que eu esteja esquecendo, tal vez amanhã, pois ficamos bastantes cansados.
Agradecimentos especiais para:
Vereador Cláudio Fonseca, pois foi quem organizou o debate, nos dando a opotunidade de expressar nosso descontentamento com o PL, Comissão de Educação, Cultura e Esporte.
Escrevam agradecendo: claudiofonseca@camara.sp.gov.br
Vereadora Juliana Cardoso, que saiu de uma outra reunião para vir expressar apóio a nossa causa e colocou o seu gabinete à nossa disposição. Integrante da CPI - 2009 - PEDOFILIA; Integrant e da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude
Escrevam agradecendo: julianacardosopt@camara.sp.gov.br
Verador Netinho de Paula: Que fez um discurso de apóio à Emia, solicitou o requerimento e colocou o gabinete à nossa disposição. Comissão de Educação, Cultura e Esporte.
Escrevam agradecendo: netinhodepaula@camara.sp.gov.br
Vereador Alfredinho, que fez um breve mas contundente discurso contra a terceirização da cultura. Integrante da Comissão de Educação Cultura e Esporte.
Escrevam agradecendo: vereadoralfredinho@camara.sp.gov.br
E também queremos agradecer ao deputado e professor Carlos Gianazzi, que enviou seu assessor Ferreirinha, como representante e tem nos auxiliado nos contatos com a secretaria, assessoramente jurídico e colocou seu gabinete a nossa disposição. http://www.carlosgiannazi.com.br/
Também é importante resaltar a presença de um representante do Movimento Defenda São Paulo e de dois representantes do Movimento contra a ampliação do Aeroporto de Congonhas.
Obrigada e todos e vamos continuar pressionando até que consigamos criar um PL que realmente regularize a escola que os pais, as crianças, a comunidade e os docentes desejam!
Contamos com todos os pais para continuar divulgando nosso abaixo assinado e se juntando a nós Em Defesa da Emia!
Continuem encaminhando o Abaixo_assinado:
http://www.PetitionOnline.com/pelaemia/petition. html


Natalia (mãe da Ana Teresa, do quarteto)
Em Defesa da Emia
Comissão de Imprensa
http://emdefesadaem ia.blogspot. com

Parabéns aos pais, docentes e estudantes da EMIA, a sociedade também agradece aos repreentantes que ouvem a população.
naotecalaseducador@gmail.com

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

PSDB e DEM amordaçam professores frequentemente! Quem divulga?


Fonte: Observatório da Educação
“Lei da mordaça” foi utilizada nos últimos anos por estado e município de São Paulo

Levantamento realizado pelo programa Ação na Justiça, da Ação Educativa, nos diários oficiais do município e do estado de São Paulo, aponta que a “lei da mordaça” foi utilizada para punição de servidores públicos nos últimos anos nas duas esferas.

Ao tratar da existência do artigo 242 do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (lei n°10.261) e o inciso I do artigo 179 do Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de São Paulo (lei 8989/79) que impedem o professorado e demais servidores(as) de darem entrevistas, gestores e ex-gestores, municipais e estaduais, justificam que as administrações não se valem desses mecanismos para cercear a liberdade de expressão do funcionalismo público. O levantamento aponta o contrário.
(leia aqui a reportagem “Candidatos à prefeitura de São Paulo afirmam ser contrários à lei da mordaça na educação”).

Os textos dos estatutos proíbem funcionários(as) de referirem-se “depreciativamente em informação, parecer ou despacho, ou pela imprensa, ou por qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos da Administração”. Esses dispositivos, conhecidos como Lei da Mordaça, são um dos motivos da ausência de voz dos profissionais da educação da cobertura da mídia sobre o tema.

No início deste ano, o governador José Serra vetou o projeto de lei complementar n° 81/2007, que revogaria o dispositivo , e encaminhou nova proposta de mesmo teor para a Assembléia Legislativa. Na ocasião, a então secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, afirmou que a administração estadual não utiliza a lei para punir servidores(as). No entanto, o levantamento aponta punições pelo estado ocorridas desde 2003, ano do único caso de aplicação do dispositivo contra profissional da educação.

Naquele ano, foram contabilizados seis casos, dentre eles a “pena de repreensão” a uma agente de serviços escolares, “por infringência dos artigos 241, inciso II, VI, XII e XIII; artigo 242, nos seus incisos I, VI, artigo 245, no inciso II da mesma Lei 10261/68”.

Também foi encontrado um registro no início de 2009, quando uma oficial administrativa foi suspensa por “infringir o dever instituído nos artigos nº 241-I, 241-VI, 241-XII, 242-IV e 242 VI da Lei 10.261/68”. Há ainda um caso em 2006 e três em 2008.

No município, foram levantados dois casos, em 2004 e 2006, ambos de punição a profissionais da educação, o primeiro deles professor, repreendido por “descumprido o disposto no art. 178 e seus incisos I, V, XI e XII, e infringido o “caput” e inciso I do art.179 da Lei 8989/79”.

Revogação

Tramitam na Assembléia Legislativa de São Paulo e na Câmara Municipal os projetos de lei para revogar as “leis da mordaça”, no estado e no município, respectivamente. O texto encaminhado por Serra, após ter vetado lei com mesmo teor, propõe a revogação do artigo 242 e reformulação do artigo 241 do Estatuto, que também impõe limites à liberdade de expressão.

Na capital, o vereador Antônio Donato (PT) apresentou o projeto lei nº 124/2009, que está em tramitação na Câmara dos Vereadores e pode demorar ainda um ano para ser aprovado. “Espero poder agilizar, mas isso depende de acordo com as bancadas”, afirmou Donato em entrevista ao Observatório da Educação em abril (leia aqui sobre o tema).

domingo, 23 de agosto de 2009

MinC amplia orçamento da Funarte

Fonte: Cooperativa Paulista de Teatro

Ministro da Cultura participa de evento para divulgar os R$ 18, 4 milhões impulsionados nas artes, e concorda com o presidente da CPT Ney Piacentini quanto as medidas para aprovação da PEC 150.

Em evento realizado no dia 19 de agosto, às 15h, na Funarte, o Ministro da Cultura Juca Ferreira e o Presidente da Funarte Sérgio Mamberti anunciaram um repasse de R$ 18,4 milhões do Ministério da Cultura para suplementação orçamentária de editais da Funarte, ampliando assim o fomento ao teatro, dança, circo, entre outras artes. Com isso, somando o valor aos números inicialmente previstos para cada ação, os investimentos totalizam R$ 36,2 milhões.

Sérgio Mamberti comemorou esse avanço e acredita que o investimento trará fôlego e alento para as artes e para os editais de cultura, além de reafirmar a luta para tornar esse sonho possível. Ele divulgou os prêmios e bolsas que receberam uma injeção de investimento, sendo que em alguns casos, o valor chegou a dobrar, como foi o caso do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, cujo novo orçamento é de R$ 14 milhões, representando uma ampliação de 100% (inscrições até dia 3 de setembro). Mamberti disse ainda que o novo orçamento do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo de R$ 5,9 milhões, ampliando 103% a verba, resgata o prestígio do prêmio.

Além desses, o presidente da Funarte também informou a respeito dos seguintes editais: Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna - novo orçamento de R$ 6 milhões (inscrições até 3 de setembro), Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua: novo orçamento de R$ 3 milhões (inscrições encerradas), Prêmio Interações Estéticas - Residências Artísticas em Pontos de Cultura: novo orçamento de R$ 4,12 milhões (inscrições prorrogadas até 24 de agosto), Bolsa Funarte de Produção Crítica sobre Conteúdos Artísticos em Mídias Digitais/Internet: novo orçamento de R$ 496 mil (inscrições prorrogadas até 24 de agosto), Bolsa Funarte de Criação Literária: novo orçamento de R$ 646 mil (inscrições prorrogadas até 24 de agosto) e Bolsa de Produção Crítica sobre as Interfaces dos Conteúdos Artísticos e Culturas Populares: novo orçamento de R$ 505 mil (inscrições até 14 de setembro).

Após a divulgação dos novos dados, o Ministro da Cultura Juca Ferreira demonstrou seu sentimento de alegria e disse que a ampliação do orçamento faz parte da ideia de revitalizar a Funarte, que havia recebido herança da crise desde a época do governo Collor. O ministro falou ainda que só ficará mais contente quando for na Funarte participar das discussões por políticas públicas específicas pelos diversos setores, como a dança, o teatro, o circo, a música, entre outros. Ele também falou da necessidade de fornecer uma infra-estrutura para apoiar a capacidade criativa das artes brasileiras: "corremos o perigo de que se repita com a cultura o que aconteceu com o futebol - aceitar a função menor de fornecer matéria-prima", explicou referindo-se ao fato de que grande parte dos talentosos jogadores brasileiros vão trabalhar no exterior. Ele completou "o papel das políticas públicas é construir um ambiente favorável, não só para a produção das artes, mas também para o acesso a elas".

Sobre a crise econômica que atingiu diversos setores, Ferreira explicou que o MinC está tentando minorar o impacto da crise e a compreensível retração dos empresários em relação a Lei Rouanet, e que a ampliação do orçamento já é uma vitória.

Luta pela aprovação do PEC 150
O presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, Ney Piacentini, foi aplaudido pelos presentes ao lembrar da luta pela aprovação da PEC 150 e sugeriu ao ministro Juca Ferreira uma união maior dos meios culturais, entre eles o MinC e a Funarte, para que todos se articulem pela aprovação da PEC 150.

Ferreira concordou com a ideia de Piacentini e sugeriu que todas as organizações enviem telegramas para o Presidente da República Lula, para garantir visibilidade e uma união de todos pela cultura.

Após o evento, o jornalista do Estado de S. Paulo, Jotabê Medeiros, comentou referente à proposta do presidente da CPT: “Esses recursos não podem ser esporádicos, é uma luta que não fechou”, e completou lembrando que a nova redação da Lei Rouanet pode melhorar essa falta de frequência de apoio.

Está disponível na internet um abaixo-assinado pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional – PEC 150/03. Ela determina a vinculação de 2% dos recursos do Orçamento da União, 1,5% dos estados e 1% dos municípios à preservação do patrimônio cultural brasileiro e à produção e difusão da cultura nacional. União terá ainda que dividir 50% de sua cota da Cultura com as outras unidades da Federação - 25% com os estados e 25% com os municípios. Para ter acesso a proposta, sua justificativa e ao abaixo assinado, acesse:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3958

na sala e na mente - industrialização da alfabetizadora Cleunice Orlandi

Comento esse artigo, que recebi por email, em itálico, levando em consideração que minha área de atuação é ensino de artes e não alfabetização.

Alfabetização hoje
Professora Cleunice Orlandi de Lima
O Brasil importou as teorias de alfabetização de Emília Ferrero e deseja, a qualquer custo, implantá-las aqui. Eu particularmente, não aceito tais teorias e eis os motivos:
Emília Ferrero nasceu na Argentina, estudou na Suíça e mora no México.

Não é possível desqualificar qualquer teoria ou proposta por serem estrangeiras, isso é xenofobia. Significativos filósofos, artistas, educadores e pensadores são de outros países, assim como muitos países adotam a pedagogia do oprimido de Paulo Freire, ou o Teatro do Oprimido, de Augusto Boal, mesmo tendo culturas diferentes. O lastro intelectual, deixado por importantes pensadores, não se perde no tempo e no espaço. Não me refiro a Emília Ferrero, pois não conheço sua obra e não defendo-a, portanto, só estou problematizando esse discurso preconceituoso e reducionista.

Não sabe falar nossa língua, desconhece nossa cultura, ignora nossa realidade e, acima de tudo, nunca alfabetizou! Ela está sendo badalada porque, na Suíça, foi discípula de Piaget. Só por isso. Se tivesse sido aluna de um Zé da Silva qualquer, lá no Pantanal, suas idéias nem seriam ouvidas, mesmo que fossem excelentes. E o que é a Suíça — país onde ela aprendeu a “alfabetizar”?

Nesse sentido, Cleunice tem razão, pois nossos grandes artistas, compositores e pensadores são desconsiderados, também por considerarmos que o Brasil é subdesenvolvido intelectualmente (ver Roberto Schwarz, que tem bons artigos a respeito).

A Suíça é menor que o Rio de Janeiro, não tem inflação e tem o sistema monetário mais estável do mundo (os nossos marajás escondem seu dinheiro nos bancos da Suíça).
As maiores cidades de lá não têm mais que 600 mil habitantes. O analfabetismo foi erradicado antes de Emília nascer. Lá não há pobres nem fracos, pois o próprio clima se encarrega de acabar com eles (num frio de mais de 30 graus negativos, não há pobre que agüente). A Constituição de 1874 ainda está em vigor. As escolas são verdadeiros cartões postais: prédios sólidos, enormes, cercados por alamedas ajardinadas imensas.
Número de alunos por classe é reduzido (aliás, lá eles nem têm crianças e vem comprar bebês brasileiros). Os professores são bem pagos. A tecnologia é uma das mais precisas do mundo. O povo é tão desprovido de problema, que a Suíça tem o maior índice de suicídios do mundo. Suicídios, por falta de problemas!!!
Compare isso ao Brasil:
Até 50 alunos numa classe alfabetização, em prédios caindo, sem água potável, ladrões roubando até merenda e cadernos. Professores mal pagos abandonando a profissão para os mal formados, leigos, semi-alfabetizados. Salários com até 5 meses de atraso, greves anuais, cavalos pisoteando quem reclama. Sem material didático e quando nos chega algum, não pode usar, senão acaba.
Sem bibliotecas, sem giz, sem carteiras. Alunos cheios de amarelão, sarna, piolho, fome, frio, verminose, tosse de cachorro. Superpopulação (só na cidade de São Paulo, nascem mais de 400 mil crianças por ano!). Um clima tão bom, que poucos morrem de frio ou calor; pobres e doentes vivem muito, pondo mais filhos no mundo, que vão à escola mais para comer, do que para aprender a ler. E autoridades, que só sabem mandar papéis — papéis para a escola inteira; papéis aos montes, que devem ser lidos às pressas, preenchidos e devolvidos antes da chegada de novos papéis. Papéis, para mascarar a incompetência em administração.
É nesse ambiente, que nossas mui sábias autoridades exigem que se aplique o modelo educacional da Suíça!! Mas quem terá sido Piaget, que mesmo morto, se faz presente através de Emília Ferrero?

A autora do artigo prefere criticar a pedagogia que se tenta aplicar no Brasil, não o sistema educacional brasileiro. Não há pedagogia que se aplique a essas condições, muito menos a tradicional, que somente condiciona a técnica e não o pensamento, prorrogando sua estabilidade e não sua transformação.

Piaget era francês e desenvolveu suas idéias na Suíça. Tudo do que escreveu, foi tendo em vista aquelas crianças bem tratadas, bem amadas, saudáveis, protegidas por sistema político e social perfeito. Piaget nunca se importou com o Brasil, nunca estudou nosso povo, para desenvolver uma prática aplicável aqui. E, prova disso, está na viagem que fez ao Rio de Janeiro, em 49, para uma conferência e se recusou a visitar São Paulo, COM MEDO DE SER PICADO POR COBRA! Cobras, nas ruas de São Paulo! Nota-se, pois, sua total ignorância, indiferença e até desprezo pelo Brasil. Para Piaget, não passávamos de selvagens e ele não abrangia selvagens nos seus estudos. Este era o homem, cujas idéias estão sendo impostas às nossas escolas.

Não podemos negar que naqueles tempos tinham cobras em São Paulo, e ainda hoje, em regiões próximas a terrenos e parques com mato alto ainda encontramos isso. Não vejo desprezo nisso, e não podemos julgar sem ouvi-lo, pois no texto escrito não fica claro a intenção do discurso, pode haver alguma ironia que não percebemos.

Emília afirma que os alunos devem construir seu próprio conhecimento como se conhecimento pudesse ser construído assim, de qualquer maneira, ao sabor de cada pessoa, como se o conhecimento não estivesse já, todo com suas estruturas cimentadas, só à espera que nos apossemos dele e não que o construamos.

A ignorância aqui é da autora, não é de qualquer maneira que se aprende no construtivismo, é dando subsídios para a criatividade e pensamento, ao contrário do tradicionalismo, que visa a repetição e decorebas, que funcionam, mas não levam à reflexão. Estranho esse argumento de conhecimento com estruturas cimentadas, isso só se dizia no período da Idade Média, para manter a população na ignorância e alienação, será que ela não percebeu que alguma coisa mudou de lá pra cá?

Se assim não fosse, não precisaríamos de escolas, cada qual criaria seu próprio sistema de escrita e numeração, mesmo que fossem diferentes dos sistemas de escrita e numeração construídos pelas demais pessoas da mesma casa. Cada qual constrói o seu, como quiser. Seria o caos!

A autora mesmo se critica, se fosse assim, não precisaríamos de escolas, logo, não é assim.

E mais: Se a construção de conhecimento for válida para a alfabetização, ela deve ser válida para as demais atividades. Neste caso, deve-se entregar as chaves do carro à menina de 7 anos, para que ela construa seu próprio conhecimento sobre dirigir! E pode-se entregar ao menino de 6 anos, uma arma carregada, para que ele construa seu próprio conhecimento sobre o manejo de armas. E deve-se empurrar a criança que ainda não sabe nadar, de cima do trampolim da piscina, para que ela tenha oportunidade de construir seu conhecimento sobre natação. Se o construtivismo estiver certo, então poderá ser aplicado em todas as atividades, ué!

Ela é válida em todas as atividades. A criatividade, os modos de aprender, de descobrir novos caminhos, a não estagnar perante o considerado “certo” ou o “foi sempre assim” deve ser utilizado em todos os ramos da sociedade. O que perdura são técnicas de submissão, conformação do pensamento e assassinato da criatividade e crítica. A autora novamente faz uma simplificação, pois o construtivismo não exclui o mestre, apenas incentiva-o a elaborar propostas para o aprendiz descobrir as respostas, que mesmo erradas, vão sendo corrigidas com a percepção, também estimulada e importante mais do que nunca, pois vivemos um tempo de profunda alienação.

Emília condena a prática de se corrigir a criança, quando esta faz algo de maneira incorreta. Segundo ela, depois de errado, aprende-se o certo. E eu retruco: É falso! Depois de errado, nunca mais se aprende o certo. Quem aprendeu a datilografar com apenas dois dedos, nunca mais vai aprender a usar os dez dedos, porque o erro se fixou. “A lã, uma vez manchada, jamais readquire a alvura primitiva” (Pestalozzi).

Isso é puro determinismo, e culpabilização dos professores de todo o mundo pela barbárie que se segue, pois se a coisa está assim, é por culpa dos primeiros mestres que “mancharam a lã” de cada indivíduo. Como disse no argumento anterior, errando se aprende, se houver percepção, isso é o papel do professor, formar um cidadão sensível e atento às suas atitudes e à dos outros, atuando criticamente em todas as atitudes tomadas.

Os apreciadores de Emília são aqueles que, como ela, nunca alfabetizaram. Devido sua incapacidade de lecionar, safaram-se da sala de aula e hoje, dão ordens absurdas sobre alfabetização. Por estes e outros motivos que não declinei, não aceito as teorias de Emília Ferrero. Se suas idéias fossem mesmo tão boas, Emília teria nos legado uma prática de ensino e não apenas teorias.

A autora fala em tese, não há sequer uma evidência empírica que os apreciadores do construtivismo não aplicam suas teorias com os aprendizes. A autora deveria aprender que o fato de discordar do método, não quer dizer que ele seja impossível, e deveria encontrar melhores argumentos técnicos para defender a sua forma de atuação, em contraposição ao que ela considera absurdo.

Mas não sou radical. Assim que ficar provado que as idéias dela são as melhores tanto para o centro de São Paulo, quanto para uma tribo do Amazonas (se a teoria for certa, ela deve funcionar em qualquer parte do mundo), aí sim, darei a mão à palmatória.

Nenhum método é capaz de “funcionar”, sem a criatividade, sem o pensamento, pois o ser humano não é máquina, creio que cada ser humano tem facilidade de aprendizado com diferentes métodos, não se pode ter uma escolha binária, como o bem e o mal. Não se pode negar a complexidade do ser humano e dos diferentes ambientes do planeta, por isso defender apenas um caminho, e condenar outros totalmente, é continuar com práticas autoritárias e insensíveis, mesmo fascistas.

Se as primeiras turmas alfabetizadas por teorias ferreiristas enfrentarem os vestibulares com o mesmo brilhantismo nosso, do tempo de “A pata nada”, aí sim, estarei convencida. Mas, até lá, continuarei a achar que Emília Ferrero é um engodo sofisticado e continuarei a fazer-lhe oposições.

Em primeiro lugar, o vestibular não avalia em nada o conhecimento do ser humano, pode ser um idiota, um ditador, um assassino, um empresário explorador de mão de obra, que memorizou alguns dados, teve um pouco de sorte e passou no vestibular. Como já disse, se não houver pensamento crítico, formação para a criatividade, a sociedade não se transformará. Em segundo lugar, hoje vemos diversas escolas com métodos construtivistas formando estudantes que passam no vestibular. A autora precisa aprender a não citar dados que ela não conheça pesquisas ou fatos provados sobre o assunto, revelando preconceitos.

(Professora! Você tem o direito de optar entre os métodos de ensino. Ninguém pode obrigá-la a usar Emilia ou qualquer outra metodologia este direito está garantido pelo Estatuto do Magistério, no art. 61).

sábado, 22 de agosto de 2009

MST: Nota pública sobre o assassinato de Elton Brum pela Brigada Militar

NOTA PÚBLICA SOBRE O ASSASSINATO DE ELTON BRUM PELA BRIGADA MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público manifestar novamente seu pesar pela perda do companheiro Elton Brum, manifestar sua solidariedade à família e para:



Ferimentos à bala que mataram o companheiro Elton Brum
1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas.

2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.

3. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo, impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força.

4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina.

5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais.

6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional.

7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e a democracia resultaram hoje em uma vítima fatal.

8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.

Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!

Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!

Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Artes para EJA será lecionada por Professores de Letras

Prezados Colegas,

Na próxima 2a. feira, dia 24 de agosto, a Profa. Jacqueline Mac Dowel, presidente da Federação dos Arte-Educadores do Brasil estará em São Paulo para tratar da questão da Resolução 48 do EJA no estado de São Paulo e da organização da nova associação dos arte-educadores.

Participei do ENREFAEB, em junho, em Rio das Ostras e fizemos proveitosas reuniões à respeito da necessária nova associação.

Os colegas dos outros estados estão bem articulados e com boa atuação prática e reflexiva. Aqui em São Paulo precisamos recomeçar coletivamente.

É momento de nos articularmos novamente contando com as lideranças da atual geração de arte-educadores.

Para que isso possa acontecer, convidamos todos para uma reunião no dia 24 de agosto, 2a. feira próxima, às 16:30 na sala A3 do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da USP, Cidade Universitária.

Peço que reproduzam este convite para outros colegas arte-educadores.

Gostaria de receber um retorno sobre a intenção de participação nesta reunião para que eu possa dimensionar o espaço para recebê-los.

Abraços e obrigada,

Christina Rizzi
Vice-presidente da última diretoria da AESP
Docente do CAP ECA USP
8286 9426



Incluo a seguir cópia da Mensagem enviada pela Profa. Jacqueline pela lista da FAEB:


Olá FAEBianos,
Para aqueles que tem acompanhado a questão da Resolução 48 do EJA, quero solicitar que envie emails para:
infoeducacao@educacao.sp.gov.br
Falem sobre a importância da Arte para o individuo, para o aluno, para a escola, a LDB 9394/96 que fala do especialista e qualquer outra sitação, pedindo explicação do porque da Resolução dar a responsabilidade para o especialista de Letras.
Da minha parte estarei indo a Secretaria na próxima semana falar com os responsáveis e se possivel com o Secretario.
Então vamos encher a caixa deles de emails sobre o tema para que possamos estar respaldados por vcs.. Mande quantos emails puder e se possivel fale com outros professores.
Estaremos tb nos reunindo para discutir sobre AESP, se ouver interesse de alguém da lista favor entrar em contato comigo diretamente pelo email pessoal jacmcdowel@terra.com.br
bjs
Jacqueline Mac-Dowell
presidente da FAEB


--
Maria Christina de Souza Lima Rizzi

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Serra vai usar a privatização e sucateamento do ensino como propaganda em 2010!

Fonte: PIG - partido da imprensa golpista

São Paulo, quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Depois da USP, Unesp adia início de curso de graduação a distância

Projeto, em parceria com o governo do Estado, ficou para o começo de 2010

DA REPORTAGEM LOCAL

A Unesp decidiu adiar para o ano que vem o início da primeira turma de graduação a distância da instituição, projeto em parceria com o governo do Estado. As aulas começariam ainda neste ano, mas ficaram para março de 2010. Em junho, a USP já havia anunciado o adiamento, também para 2010, do seu curso no programa do Estado -licenciatura em ciências.
Nos dois casos, houve dificuldade para as universidades chegarem a um acordo com o governo sobre o modelo do programa. Na Unesp, faltava definir como e quando o Estado repassaria recursos à universidade -ficou acertado que o convênio será assinado nas próximas semanas. Já a USP reclamou de interferência no seu projeto de ensino a distância.
Os cursos a distância integram a Univesp (Universidade Virtual do Estado de SP), principal programa da Secretaria de Ensino Superior, criada pelo governador José Serra (PSDB) no início do mandato.
Com o adiamento, o Estado não terá nenhum curso de graduação a distância neste ano, diferentemente do anunciado pelo secretário Carlos Vogt em outubro do ano passado.
O valor que caberá à Unesp não foi revelado -universidade e secretaria dizem que isso ocorrerá amanhã. O orçamento anual da pasta para a Univesp é de R$ 25 milhões.
Serão oferecidas 1.350 vagas para pedagogia. As inscrições devem começar até o início de 2010, disse Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da universidade. (RICARDO GALLO)

E onde está o reconhecimento, o pedido de desculpas públicas, além da abertura dos arquivos?

Fonte: Fazendo Media
Verdades já conhecidas se confirmam oficialmente
Por Mário Augusto Jakobskind, 18.08.2009

Os arquivos implacáveis liberados pelo Departamento de Estado norte-americano confirmam o que se sabia a boca pequena: 38 anos depois, confirma-se a participação da ditadura brasileira no golpe que derrubou o Presidente constitucional chileno, Salvador Allende. Dois anos antes da ocorrência, o presidente de fato do Brasil, Emílio Garrastazu Médici se reuniu com o seu colega estadunidense Richard Nixon e afirmou que “estava trabalhando” para derrubar o governo do chileno Salvador Allende.

O encontro, segundo revelam os documentos compilados pelo instituto de pesquisa não-governamental Arquivo Nacional de Segurança, divulgados agora pela Folha de S. Paulo, aconteceu no Salão Oval da Casa Branca, às 10h do dia 9 de dezembro de 1971. O gorila Médici estava acompanhado de um intérprete de triste memória para o Brasil, o general Vernon Walters, adido militar dos EUA que teve participação ativa no golpe que derrubou o presidente constitucional João Goulart. Na reunião esteve presente também o famigerado assessor de Segurança Nacional e futuro secretário de Estado Henry Kissinger.

Nenhum diplomata brasileiro esteve na reunião, pois, segundo o pesquisador Matias Spektor, citado pela Folha, o general presidente de fato e a Casa Branca não confiavam no Itamaraty e até acreditavam que o órgão estava tentando frustrar a visita de Médici.

Esta mancha na história brasileira não fica mais oculta. Em várias ocasiões se falava da participação ativa de representantes da ditadura brasileira no golpe contra o povo chileno, mas os direitistas de sempre nunca tiveram a coragem de assumir esse posicionamento.

Mas os leitores que imaginam que não falta mais nada em matéria de arquivos implacáveis estão enganados. Figuras que continuam circulando por aí e até ocupando cargos de importância seguem ocultos. Um deles é um tal de Aristóteles Drumond, jornalista, hoje âncora de um programa de entrevistas num canal a cabo da Igreja Católica. À época era introdutor de armamentos no Chile, distribuídos para grupos de extrema direita conspiradores contra o governo constitucional de Allende, como afirma o saudoso René Dreifuss em um de seus importantes livros sobre o tenebroso período da história brasileira (A Internacional Capitalista – Estratégias e táticas do empresariado transnacional – 1918-1986), leitura obrigatória para quem estuda história brasileira contemporânea.

Documentos da mesma natureza que os agora tornados púbicos e que se encontram nas gavetas de alguns Ministérios brasileiros, sobretudo o da Defesa, poderiam confirmar muitos fatos ocorridos. Não se trata de revanchismo, como afirmam representantes dos setores conservadores envolvidos em ocorrências tenebrosas, mas apenas esclarecimento das verdades, fundamental para inclusive evitar a repetição da história.

É isso aí, no meio de tudo isso, a mídia hegemônica conservadora, que até hoje não fez autocrítica pelo posicionamento exercido naquele período da história brasileira, segue defendendo os mesmos interesses econômicos apoiadores do golpe, mas atualmente com uma outra estratégia. Não que tais grupos tenham mudado, mas simplesmente, tal qual camaleões, adaptam-se ao sopro dos ventos, que hoje tomaram novos rumos. Em outras palavras: seria desgastante para esses setores midiáticos repetirem a mesma estratégia da época.

A melhor forma de virar em definitivo a página da história de triste memória é escancarar os documentos sobre o período. É a melhor forma também de se conhecer personagens que hoje se apresentam como democratas desde criancinha.

Na Argentina, no Uruguai, no Chile e no Paraguai, a história de personagens escabrosos que torturaram e mataram opositores não só está sendo contada, como também os responsáveis por crimes contra a humanidade estão sendo julgados.

Como diria o jornalista David Nasser, em termos de Brasil “falta alguém em Nuremberg”. E para melhor entendimento do período é necessário colocar o alguém no plural. Enquanto isso não for feito, o Brasil continuará com o título comprometedor de paraíso da impunidade para quem cometeu crimes imprescritíveis.

Nazismo: professores morrem para não elevar índices de decreto de Serra !


Absurdo!
A Secretaria de Educação divulga os índices mais enganosos possíveis! Serra decretou que o professor não pode ter mais que uma falta médica ao mês, e nem mais de seis ao ano. Os professores podem estar morrendo, mas têm seu salário (merreca) descontado se precisar retornar ao médico ou precisar de outra consulta no mesmo mês. Isso faz com que aumente as faltas comuns e diminua as faltas médicas, já que estão proibidas, as justificativas(eu mesmo tive duas, com atestado, negadas na escola) pelo ditador Serrote, mas claro, a propaganda só mostra o quanto deu certo as medidas autoritárias do Fürher.
Veja abaixo a enganação ou no em www.educacao.sp.gov.br

Quinta- feira, 06 de Agosto de 2009 15h30
Faltas médicas de professores caem 22% no 1º semestre

Redução é resultado da lei que limita em seis o número de ausências médicas anuais

No primeiro semestre de 2009, a Secretaria de Estado da Educação registrou queda de 22% no número de faltas médicas dos professores em relação ao mesmo período, no ano passado.

De acordo com um balanço que acaba de ser finalizado pela Pasta, entre janeiro e junho deste ano foram contabilizadas 133.356 faltas médicas. Nos seis primeiros meses de 2008, o número de ausências por atestados médicos foi de 169.405.

O estudo ainda aponta números anteriores a Lei Complementar 1041/2008, que limitou em seis faltas anuais. Antes de a legislação estadual entrar em vigor, a Secretaria registrava cerca de 30 mil faltas diárias de professores (12,8% dos cerca de 230 mil professores da rede), amparadas em 19 dispositivos legais que garantiam que não houvesse desconto em folha de pagamento.

Usando todos os dispositivos legais, era possível que um professor trabalhasse apenas 27 dos 200 dias letivos de um ano. "A presença diária do professor em sala de aula é ponto essencial para o bom desempenho dos alunos", afirma o secretário Paulo Renato Souza.

O número de faltas afeta diretamente no valor do bônus pago anualmente pela Secretaria de Estado da Educação aos profissionais.

Faltas por atestado médico

Ano/ 1º semestre
Faltas

2007
282.441

2008
169.405

2009
133.356

sábado, 15 de agosto de 2009

Kassab vende a cultura do povo com o povo junto!

A Vila Itororó é uma comunidade localizada na Bela Vista, no centro de São Paulo composta por 70 famílias. Os cerca 250 moradores estão ameaçadas de despejo por um projeto da Prefeitura Municipal de São Paulo que quer transformar a Vila Itororó num centro cultural e que prevê sua exploração pela iniciativa privada.

O projeto ignora a existência de cultura no local e ao mesmo tempo desrespeita famílias, muitas com mais de três gerações criadas no local, que construíram suas histórias de vida dentro da Vila Itororó. Dessa maneira dissocia e distancia o patrimônio do uso cotidiano dos habitantes da cidade e transforma a relação da memória em consumo.

Nós sabemos que é viável uma solução que alie Moradores + Arte + Patrimônio.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Fidel elogia educação venezuelana!

Fonte: CMI Venezuela

Educador infatigable

(Tomado de CubaDebate) - 01.06.2009 22:17
Image Chávez es un educador infatigable. No vacila en describir lo que significa el capitalismo. Va desmontando una por una todas sus mentiras. Es implacable.
Describe el sentido de cada una de las medidas que el socialismo lleva al pueblo.

Conoce cuánto sufre el ser humano cuando él, su mujer, sus hijos, sus padres, sus vecinos, no tienen nada, y unos pocos lo tienen todo.

Demuestra el egoísmo de los ricos que todo lo subordinan a las leyes ciegas e inexorables del mercado, opuestas a toda racionalidad en el empleo de las fuerzas productivas. Constantemente lo demuestra con la obra que se lleva a cabo en Venezuela.

Chávez inundó Venezuela con libros. Antes promovió que todos los ciudadanos supieran leer y escribir. Abrió escuelas para todos los niños; estudios medios y técnicos para todos los adolescentes y jóvenes, posibilidad de educación superior para todos ellos.

La flor y nata del pensamiento oligárquico y contrarrevolucionario se reúne en Caracas para declarar por todos los medios que en Venezuela no hay libertad de prensa. Chávez los retó a participar en el "Aló Presidente", que cumple su décimo aniversario, a discutir el tema con los intelectuales venezolanos; él estaría sentado en el público dispuesto a escuchar el debate. Cuando escribo esta Reflexión, no han respondido una palabra.

A las 6 y 40, comenzó de nuevo el "Aló". La palabra encendida de Chávez se escucha otra vez el segundo día de la conmemoración. Se inicia con la presencia de los Ministros de Cultura del ALBA que participan en una reunión internacional de Ministros de ese ramo.

En la actividad se están pronunciando brillantes discursos que enriquecen el pensamiento político.

Chávez reiteró su reto. Invitó otra vez a las lumbreras de la oligarquía internacional a discutir y no han respondido, son ya más de las 7 de la noche.

Me concentraré en los brillantes y sentidos discursos que se están pronunciando. Pido excusas.

Violência do Estado contra conhecimento e expressão


Fonte: http://www.sarava.org/

Sequestro do servidor do Saravá - 1 ano


No dia 06/08/08, a Policia Civil do 7º DP de Barão Geraldo (Campinas) apreendeu o servidor de internet do Grupo de Estudos Saravá que estava hospedado no IFCH - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, devido a uma denúncia feita pela reitoria da mesma universidade[1]. No ato foram sequestrados, além do portal do Saravá, diversas páginas de pesquisa, estudo, tecnologia e direitos humanos, entre outras.

O que demorou quatro anos para juntarmos nos foi arrebatado num único dia.

Estamos completando um ano de apreensão do servidor, sem muitas esperanças da volta do mesmo. Neste um ano o Coletivo Saravá se adaptou as condições e fez o que pode para continuar a manter suas pesquisas e hospedagens, contando com o apoio e colaboração de alguns grupos próximos conseguimos disponibilizar os backups que possuímos para que os grupos por nós hospedados pudessem continuar a desenvolver seus trabalhos em outros locais.

Leia Mais

Editorial sobre o sequestro do servidor do Grupo Saravá

Nem tudo pôde ser recuperado e muitas das ferramentas que eram disponibilizadas no servidor apreendido continuam fora do ar.

Ainda estamos reconstruindo nossa infra-estrutura, tentando fazer com que seja mais resistente e menos centralizada. Há ainda muito trabalho a fazer, mas hoje temos mais experiência.

O sequestro do servidor ocorreu num contexto no qual a autonomia universitária só é respeitada no que diz respeito ao usufruto do seu orçamento. Após a apreensão do servidor do grupo Saravá, houve ao menos dois outros casos graves de violação da autonomia: o arrombamento da Rádio Muda pela Polícia Federal[2] e a invasão da USP pela Tropa de Choque[3].

Antes desses atentados perpetrados pelo Estado, acreditava-se que as universidades públicas no país ainda constituíam bolsões de proteção à liberdade de pesquisa, de expressão e manifestação política, especialmente pela crença de que o que ocorrera durante a ditadura militar não se repetiria.

Ledo engano: se durante a ditadura houve, por parte das reitorias, da cooperação com o regime à política de "dos meus comunistas cuido eu", hoje a tecnocracia dos catedráticos procura "resolver" as questões internas das universidades paulistas da maneira mais "eficiente" ao tratar qualquer problema político como caso de polícia, muitas vezes sob ordens do próprio governador.

Torcemos para que, daqui por diante, seja mais difícil interromper nossos meios de comunicação e que possamos ter sistemas mais estáveis.

Agradecemos todo o apoio recebido e oxalá possamos manter nossas atividades ainda por muito tempo!

Grupo Saravá

Igreja quer correr atrás do prejuízo! Pena que ainda ajuda golpistas como em Honduras...


Debate:

Estado Laico e Ensino Religioso nas Escolas Públicas: implicações da proposta de Acordo entre o Brasil e a Santa Sé




Assinado no Vaticano em 13 de novembro de 2008, a proposta de Acordo encontra-se atualmente em discussão no Congresso Nacional (Mensagem n° 134/2009), onde merece ser amplamente debatida em razão das graves implicações de sua eventual aprovação para o regime jurídico da relação entre o Estado e as religiões, ferindo o art.19 da Constituição Federal e com isso o princípio da laicidade estatal, particularmente em temas como o ensino religioso nas escolas públicas, o princípio da igualdade e a liberdade religiosa. Neste evento temos como objetivo difundir e analisar tais conseqüências, fortalecendo o amplo e diverso movimento de crítica à sua proposta e tramitação, em particular pela ausência de informação sobre todo o processo, que tem se dado sem o devido debate plural e democrático.
Segunda-feira, 17 de agosto de 2009.
Horário: 19:00h
Local: Auditório da Ação Educativa
Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque – São Paulo
Próximo ao Metrô Santa Cecília
Debatedores:
Dep. Chico Abreu – Deputado Federal pelo PR/GO, titular da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e Relator da Mensagem n° 134/2009 (Proposta de Acordo entre o Brasil e a Santa Sé).
Dep. Ivan Valente (a confirmar) – Deputado Federal pelo PSOL/SP, titular da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Roseli Fischmann – Professora Titular da Faculdade de Educação da USP. Expert UNESCO para a Coalizão de Cidades contra o Racismo, a Discriminação e a Xenofobia.
Roberto Franklin Leão – Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE
Dulcelina Vasconcelos Xavier – Socióloga e feminista, integrante de Católicas Pelo Direito de Decidir.
Coordenação: Salomão Ximenes – advogado, coordenador do Programa Ação na Justiça da ONG Ação Educativa.
Organização:
Ação Educativa; ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos; Católicas pelo Direito de Decidir; Conectas Direitos Humanos; Consulta Popular; Geledés Instituto da Mulher Negra; Grupo de Pesquisa Discriminação, Preconceito, Estigma (FEUSP); Iniciativa Brasil para Todos; Marcha Mundial de Mulheres.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

MST: Necessidade urgente de cobertas e roupas

Amigas e amigos do MST!

Os companheiros e companheiras marchantes, que estão acampados no Pacaembu, precisam URGENTEMENTE de cobertas e roupas.

Muitos dos mais de 1.000 adultos e das 60 crianças, vieram de local quente e não possuem roupas para o frio, além disso, a chuva e a baixa temperatura em São Paulo agravam a situação.

As doações devem ser entregues diretamente, e o mais rápido possível, no portão 23 do Ginásio do Pacaembu (Praça Charles Miller s/n).

SP: Greve força TV Cultura a reduzir programação

A greve dos profissionais da Rádio e TV Cultura, que teve início nesta terça-feira (10/08), continua. Quase 100% dos profissionais da Rádio e TV, exceto os jornalistas, paralisaram suas atividades. Por falta de equipe técnica, a emissora reduziu pela metade o tempo do Jornal da Cultura, que passou de 40 para 20 minutos.
greve na tv cultura

O principal jornal da emissora está sendo feito com notas cobertas e matérias geradas somente por praças fora de São Paulo. Além disso, a empresa suspendeu temporariamente a programação da madrugada, que agora encerra por volta das 23h30 e retorna às 8h da manhã.

De acordo com os profissionais, a programação está sendo levada ao ar pelos supervisores, mas com muitas reprises e, no caso dos jornais, excesso de notas cobertas.

A assessoria de imprensa da emissora informou ainda que o Telecurso não está indo ao ar. Os boletins informativos sobre a nova gripe (H1N1), em parceria com o a HC TV, do Hospital das Clínicas, deixaram de ser exibidos. O Roda Viva de ontem foi substituído por uma reprise do programa.

Hoje os funcionários permaneceram na porta da emissora aguardando alguma posição sobre a reivindicação de 35% de abono salarial. Os 5,83% de reajuste já foi atendido, com 6,05% de aumento, após liberação do governo do Estado, mas o abono salarial ainda não foi confirmado.

"Pejotização" dos jornalistas atrapalha greve

Os jornalistas decidiram em assembléia, realizada nesta terça-feira (11/08) pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, pela suspensão da possibilidade de decretar estado de greve, o que irritou os outros profissionais que estão paralisados. Os funcionários, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo, vaiaram e xingaram os jornalistas, por não aderirem à mesma causa.

Até esta manhã existia a possibilidade do decreto de um estado de greve por parte dos jornalistas, mas muitos que trabalham como Pessoa Jurídica (PJ) - maioria dos jornalistas da emissora - afirmaram que apoiavam a causa dos radialistas, mas que a decisão de aderir a uma greve poderia prejudicá-los, porque não possuem garantia de direitos, correndo o risco de demissão.

Os jornalistas reivindicavam direitos como reajuste, abono salarial e regularização dos profissionais que trabalham sem registro em carteira. O Sindicato dos Jornalistas elaborou uma nota de apoio à greve dos radialistas, mas mesmo assim não foi bem recepcionada pela categoria.

“Respeitamos a posição do sindicato, mas achamos que foi uma decisão equivocada. Nós não representamos a categoria, mas os jornalistas estariam cobertos porque fizemos todos os trâmites legais para entrar em greve, porque a emissora também está em débito com os acordos coletivos dos jornalistas”, afirmou Sérgio Ipoldo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas, José Augusto Camargo, negou que a categoria estaria coberta pelo anúncio de greve dos radialistas. “Não existe essa possibilidade, eles não representam os jornalistas, por isso os profissionais não estariam cobertos”.

Agora, a pauta do Sindicato dos Jornalistas será discutir a regularização dos PJs, com a realização de uma assembleia nos próximos quinze dias.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo convocou nova assembleía geral para esta quarta-feira (12) às 12h, em frente à porta da TV Cultura.

Conhecimento que não é mercadoria vira cinzas nesse mundo!


“Fahrenheit 451” - filme de François Truffaut, baseado no romance homónimo de Ray Bradbury.

Fahrenheit 451 - a temperatura a que o livro arde

Em Portugal está em curso a destruição de milhares de livros porque “os livros são feitos para serem vendidos”. Mais um capítulo de uma longa história.

“Os que queimam livros acabam queimando homens”
Heinrich Heine, poeta alemão (1797-1856)

Dizem os historiadores que os primeiros livros foram feitos na Suméria, Mesopotâmia (hoje o centro-sul do Iraque), entre 3.000 e 4.000 anos a.C.

Ao longo de cerca de 55 séculos, a humanidade destruiu milhões de livros e documentos, nas suas primeiras formas: tabletas de argila, papiros, pergaminhos (dos babilónios, assírios, egípcios, persas e chineses); depois em papel (inventado na China no início do séc. II e introduzido na Europa pelos árabes no séc. XII), até à forma em que hoje os conhecemos. Foram destruídos em diferentes contextos, por diferentes razões: em guerras, por vontade dos seus autores ou dos seus rivais, por razões morais, religiosas, políticas, ideológicas, raciais, culturais ou… outras.

Em grande parte tirados do livro História universal da destruição dos livros: das tabletas sumérias à guerra do Iraque, que é o resultado de 12 anos de pesquisa de Fernando Baez, autor venezuelano de 36 anos, damos conta de alguns passos dessa destruição através da história, até aos dias de hoje.

Fotocomposição de Emília Duarte

Fotocomposição de Emília Duarte

A biblioteca de Ebla, na Síria, foi destruída pelo rei Naram Sin, no séc. XXIII a.C. O faraó Akhnatón (séc. XIV a.C.) mandou queimar milhares de papiros porque falavam de espectros e de espíritos e a biblioteca de Ramsés II (séc. XIII a.C.), em Tebas, desapareceu. Entre os restos da Biblioteca de Assurbanipal (séc. VII a.C), em Ninive, que foi arrasada pela guerra e que é considerada pelos historiadores a biblioteca mais antiga do mundo, os arqueólogos encontraram mais de 20 mil tabletas. O imperador Shih Huang Ti (212 a.C.) mandou edificar a Grande Muralha da China e determinou que fossem queimados todos os livros anteriores a ele. As sucessivas destruições da Biblioteca de Alexandria (fundada no início do séc. III a.C. e com um acervo de cerca de um milhão de livros) sepultaram para sempre a maioria das obras da antiguidade clássica. Papiros com textos de Hesíodo, Platão, Górgias, Safo e muitos outros, foram usados para acender o fogo dos banhos públicos da cidade. Das 800 peças de comédia grega apenas restam algumas obras de Plauto e Menandro. Na Grécia, estima-se que 75% da literatura, filosofia e ciência antiga se perderam. Das 120 obras de Sófocles, só existe a versão integral de sete e muitos fragmentos. Paulo de Tarso (São Paulo), no primeiro século da nossa era, levou os magos de Éfeso a queimarem voluntariamente os seus livros, para que não caíssem nas mãos dos cristãos. Em meados do século IV, em Roma praticamente não havia livros.

No séc. XII, o papa Inocêncio III destruiu a obra de Abelardo. Em 1204, quando a Quarta Cruzada chegou a Constantinopla, milhares de manuscritos foram destroçados e um ataque das tropas turcas, em 1453, destruiu milhares de livros. No século XV, uma guerra civil no Japão acabou com todas as bibliotecas de Kioto. Antes da instituição da Inquisição em Portugal (1536), um alvará de Afonso V, de 1451, ordenava que os livros falsos e heréticos fossem queimados e “non fossem mais achados em os nossos reinos”. Em 1495, Savonarola, em Florença, mandou queimar livros e quadros e, depois, a Igreja queimou todos os seus escritos, sermões, ensaios e panfletos. No séc. XVI, o exército de Carlos V, ao conquistar Roma, destruiu muitas bibliotecas. Sobre a Monarquia, de Dante, foi reduzido a cinzas. Depois de o papa Paulo III restabelecer a Inquisição (cujos princípios básicos remontam a 1184), como órgão oficial da Igreja (1542), Carlos IX, em França, passou a destruir, pelo fogo, livros perigosos. Da primeira edição de As Centúrias, de Nostradamus, só restam dois exemplares. Os colonizadores da América provocaram o desaparecimento de códices pré-hispânicos. No séc. XVIII, em França Os Pensamentos filosóficos, de Diderot, foram incinerados por ordem do Parlamento. Na Revolução Francesa, só em Paris, mais de 8 mil livros foram queimados. Em meados do séc. XIX, quando tomaram o Canadá, os soldados americanos queimaram a Biblioteca Legislativa e, como vingança, os ingleses queimaram a Biblioteca do Congresso Americano. A origem das espécies, de Charles Darwin, teve muitos exemplares queimados. Durante a Comuna de Paris, várias bibliotecas foram destruídas. Já no século XX, a côrte de Westminster, na Inglaterra, decretou a eliminação de todos os exemplares do Satyricon, de Petrónio. O impressor irlandês John Falconer queimou 999 dos mil exemplares da primeira edição de Dublinenses, de James Joyce.O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence, teve a primeira edição inteiramente destruída. Durante a Guerra Civil Espanhola, a Biblioteca Nacional, em Madrid, foi bombardeada. Franco, com um decreto oficial, iniciou um movimento de “depuração” das bibliotecas. Os nazis, na Alemanha, queimaram centenas de milhares de livros.

No local onde os nazis fizeram uma grande fogueira de livros, em Berlim, em 1933, está hoje um memorial: uma biblioteca para 20.000 livros… completamente vazia.

No local onde os nazis fizeram uma grande fogueira de livros, em Berlim, em 1933, está hoje um memorial: uma biblioteca para 20.000 livros… completamente vazia.

A expansão soviética destruiu muitas bibliotecas. Só em 1944, dezenas delas foram arrasadas em Budapeste (Hungria) e, na Roménia, trezentos mil livros desapareceram. Na Revolução Cultural chinesa, todos os livros considerados ofensivos à consciência do povo eram queimados. No Brasil, Getúlio Vargas mandou queimar 1700 exemplares de Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Jorge Amado e, quando do golpe militar de 1964, na famosa “Fogueira de livros de Florianópolis”, os livros da Livraria Anita Garibaldi foram todos queimados e a primeira edição de A Cidade e os Cães, de Mario Vargas Llosa foi confiscada e totalmente queimada. A acusação de pornografia levou o Departamento de Estado norte-americano a queimar livros do psicanalista Wilhelm Reich. Os Khmers Vermelhos no Camboja, em 1975, destruíram a Biblioteca Nacional de Phnom Penh onde penduraram um letreiro: “Não há livros. O governo do povo triunfou”. No Chile, Pinochet atacou a sede da Editora Quimantú, destroçando milhares de livros. Em 1980, na Argentina, a ditadura destruiu 1,5 milhão de volumes. Os talibãs destruíram em Cabul, capital do Afeganistão, todos os livros contrários à sua fé. No conflito entre judeus e palestinianos, milhares de livros, de ambos os lados, já foram perdidos. Em 1994, quando as tropas russas entraram na Chechénia e arrasaram Grosny foram destruídos dois milhões e setecentos mil livros. Calcula-se que em toda a Chechénia mais de mil bibliotecas e mais de 11 milhões de livros foram dizimados. Em 1997, os bibliotecários da Escola Hertford, no Reino Unido, mandaram destruir 30 mil livros sobre temas homossexuais. Em 1998, na Virgínia Ocidental, um Colectivo de Mulheres queimou livros considerados degradantes para a condição feminina. Em Cuba, em 1999, centenas de livros doados pelo governo espanhol foram destruídos. Recentemente, grupos diversos manifestaram a intenção de destruir a Biblioteca do Congresso americano e a Biblioteca do Vaticano.
Foto de Valter Jacinto

Foto de Valter Jacinto

Rimbaud (1854-1891) queimou muitos de seus manuscritos. Franz Kafka (1883-1924), antes de morrer, pediu ao seu amigo Max Brod que queimasse os seus manuscritos. O filósofo romeno Emil Cioran (1911-1995) deixou 34 cadernos de mil páginas com uma indicação: “Destruir”. Século XXI 2001 – A Igreja da Comunidade de Cristo no Novo México (EUA), fez uma “fogueira sagrada” com livros do Harry Potter.

A biblioteca de Bagdad durante a invasão americana, em 2003. Numa conferência de imprensa no Pentágono, quando o secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, foi questionado sobre a perda, respondeu: «Já tivemos saques neste país. Já vimos tumultos em partidas de futebol em vários países do mundo. Próxima pergunta».

Acerca da biblioteca de Bagdad durante a invasão americana, Donald Rumsfeld respondeu: «Já tivemos saques neste país. Já vimos tumultos em partidas de futebol em vários países do mundo. Próxima pergunta».

2003 – Com a invasão americana, a Biblioteca Nacional de Bagdad foi totalmente destruída. Tabletas de argila dos sumérios, com mais de 5.300 anos, pelas quais comerciantes de arte pagam até 57.000 dólares cada uma, foram roubadas das vitrinas. Um milhão de livros, 10 milhões de documentos e 14.000 artefactos perderam-se. Queimada a sede do Ministério de Assuntos Religiosos, perdeu-se uma colecção de Alcorões, alguns com mais de mil anos.

2007 - A “Happy Ending Foundation”, uma associação de pais britânicos contra livros infantis sem um final feliz organizou “Fogueiras dos Livros Maus”.

2008 - Em Israel, numa acção contra missionários cristãos, judeus ortodoxos incendiaram centenas de cópias do Novo Testamento.

Maio 2009 - O ministro da Cultura do Egipto, Farouk Hosni, candidato a director-geral da Unesco (organização criada para promover a cultura no Mundo), ameaçou queimar todos os livros israelitas que encontrasse. Alegou depois que não era aquilo que pretendia dizer, que foi um uso metafórico, alegórico…

“Fahrenheit 451” - filme de François Truffaut, baseado no romance homónimo de Ray Bradbury.

“Fahrenheit 451” - filme de François Truffaut, baseado no romance homónimo de Ray Bradbury.

Junho 2009 – Um panfleto distribuído numa praia do centro de Portugal convidava os jovens para uma festa de fim do ano escolar, organizada por um bar: “Uma noite branca sobre cinzas” - “Traz um livro para queimar & vê o estudo a acabar!!!”.

Julho de 2009 - Tem vindo a aumentar nos últimos meses o número de editoras portuguesas que recorrem à destruição de exemplares dos fundos editoriais como forma de fazerem face à crise. Está em curso a destruição de muitos milhares de livros. Também a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (editora do Estado) ameaça destruir centenas de milhares de livros editados há mais de quatro anos, porque “ocupam um espaço infindo”. Interrogado sobre por que razão não os doavam, Alcides Gama, director comercial da IN-CM, respondeu: “Se as bibliotecas se habituam a receber os livros oferecidos acabam por não os comprar e os livros são feitos para serem vendidos”.
Por Passa Palavra

domingo, 9 de agosto de 2009

A educação do MST não está na TV

“À classe trabalhadora, nunca foi dado o direito de escrever sua história, então ler e escrever é uma forma de subversão. E aí, arcar com o impacto disso, é muito forte. Fazer Reforma Agrária não é fácil”.

Ana Emília, acompanhante pedagógica do MST, em entrevista ao site do Movimento, contesta o atual modelo educacional das escolas e universidades e explica o que o movimento vem construindo há 25 anos como política de educação no campo.

A reportagem cinematográfica É Possível, sobre os 25 anos do MST a partir das comemorações em Sarandi/RS, com material de arquivo de 3 anos da Catarse e de terceiros, foi notícia na coluna do Hamilton Octavio de Souza, editor da revista Caros Amigos:
O Coletivo Catarse finalizou o especial para a RTVE/PR em fevereiro, e a reportagem ainda não foi ao ar. A educação do MST não está na TV.


Fonte: http://agenciasubverta.blogspot.com/2009/07/educacao-do-mst-nao-esta-na-tv.html

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

GREVE na TV Cultura


A ASSEMBLÉIA DE AGORA, NA HORA DO ALMOÇO, QUINTA, 06/08, EM FRENTE A RÁDIO E TV CULTURA FOI MUITO REPRESENTATIVA E DECRETOU GREVE POR UNANIMIDADE A PARTIR DA ZERO HORA DE DOMINGO PARA SEGUNDA.

O GOVERNO SERRA ALEGANDO A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL NÃO QUER CUMPRIR O ACORDO COLETIVO ASSINADO PELO SINDICATO QUE DETERMINA 5,83% DE REAJUSTE E 35% DE ABONO SALARIAL. NA AVALIAÇÃO DO SINDICATO A GREVE SERÁ MUITO DURA, TIRANDO-SE COMO PARÂMETRO A GREVE DOS TRABALHADORES DA USP.

PRECISAMOS DA SOLIDARIEDADE DE TODOS QUE PUDEREM DAR UMA FORÇA NOS PIQUETES:

1- 4h00 DA MANHÃ DE SEGUNDA - ENTRADA DO PESSOAL DA RÁDIO CULTURA;

2- 06h00 DA MANHÃ DE SEGUNDA - ENTRADA DO PESSOAL TV OPERACIONAL;

3- 08h00 DA MANHÃ DE SEGUNDA - ENTRADA DA TÉCNICA;

4- 10h00 DA MANHÃ DE SEGUNDA - ENTRADA DA PRODUÇÃO.

PRECISAMOS DE GENTE PRINCIPALMENTE NOS HORÁRIOS DAS 6H E DAS 8H, QUANDO ENTRAM BOA PARTE DA EMISSORA, MAS É IMPORTANTE TERMOS COMPANHEIRAS/OS EM TODOS OS HORÁRIOS.

MAIS INFORMAÇÕES COM O COORDENADOR DO SINDICATO E TRABALHADOR DA TV CULTURA - SÉRGIO IPOLDO

TEL: 7832 4560

OU SANDRA (SECRETÁRIA DA DIRETORIA) NO 3145 2222

SAUDAÇÕES

MARCO RIBEIRO
TEL 9616 2522

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

exposição “A Luta pela Anistia”

Arquivo Público do Estado e Pinacoteca apresentam a exposição “A Luta pela Anistia”

O Memorial da Resistência recebe a partir do próximo dia 08 de agosto a exposição “A luta pela Anistia - 1964-”, organizada pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo e pela Pinacoteca do Estado. O objetivo da exposição é relembrar os acontecimentos que desencadearam na assinatura da Lei da Anistia, marco da redemocratização do país, que completa 30 anos em 2009.

A exposição é constituída por três módulos temáticos: Antecedentes, que irá mostrar a dimensão política do golpe de 1964 e retratar o uso freqüente da violência pelos golpistas; Preâmbulos da Anistia, que apresenta os movimentos pró-anistia criados em todo o Brasil e, por fim, A Lei da Anistia, que irá tratar a aprovação da lei e sua repercussão no país. Entre os materiais expostos estão fotografias, cartazes, depoimentos, jornais e materiais de propagandas da época. A exposição também irá homenagear pessoas que se destacaram naquele processo: Perseu Abramo, Teotônio Vilela, Madre Cristina, Mércia Albuquerque, Helena Grecco, Iramaya Benjamin, Maria Augusta Capistrano, Ruth Escobar e Therezinha Zerbini.

As origens da luta pela anistia remontam ao início da própria ditadura militar. À época, os movimentos de resistência à então configuração política eram duramente reprimidos pelo regime, o que desencadeou na aparição de diversos movimentos de defesa dos perseguidos políticos, que iriam se desdobrar nos movimentos pela anistia.

A exposição destaca as campanhas iniciadas no período de 1973 e 1974, entre as quais está o Movimento Feminino pela Anistia. Destacou-se também a atuação das Comunidades Eclesiais de Base, das Comissões de Justiça e Paz e ações de parlamentares e grupos clandestinos nacionais ou locais. Em 1976, os movimentos pela anistia espalham-se pelo país. Em julho de 1978 foi realizado o Encontro Nacional dos Movimentos pela Anistia, em Salvador, quando é criado o Comitê Brasileiro pela Anistia. Em novembro, aconteceu o Congresso pela Anistia, em São Paulo. Todas as manifestações eram marcadas pela intensa mobilização popular, o que culminou na assinatura, em 28 de agosto de 1979, da lei da Anistia.

Ao completar 30 anos, a lei da Anistia tornou-se centro de uma polêmica acerca da sua abrangência. A questão dos desaparecidos políticos e a responsabilização penal dos autores de seqüestros, torturas e assassinatos, além da abertura dos arquivos da repressão tem motivado sucessivos debates na sociedade.

Anistia é tema de livro
A luta pela Anistia também será tema de uma coletânea de artigos de representantes do poder público, militantes políticos, ativistas e pesquisadores envolvidos neste debate. O livro A Luta pela Anistia – 30 anos é uma parceria entre o Arquivo Público do Estado de São Paulo, a Imprensa Oficial e a Editora UNESP e será lançado em outubro.

Exposição: A Luta pela Anistia — 1964-

Organização: Arquivo Público do Estado de São Paulo e Pinacoteca do Estado
Apoio:Associação de Amigos do Arquivo
Arquivo Edgard Leuenroth da UNICAMP
Centro de Documentação e Memória da UNESP
Centro de Documentação e Informação Científica da PUC
Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro
Companhia da Memória
Jornal O Estado de São Paulo

Local: Memorial da Resistência
Endereço: Largo General Osório, 66 – Luz – São Paulo/SP
Quando: a partir de 8 de agosto a 18 de outubro de 2009
Entrada gratuita de terça a domingo, das 10h às 17h30

Informações pelo telefone (11) 3337-0185 ramal 27

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Av. Paulista contra o trabalhador!

São Paulo livre dos ativistas?


O capitalismo criou uma indústria para lucrar com o homem fora do trabalho e controlá-lo; mas existem outros tipos de lógica repressiva, que tentam reprimir antecipadamente o que só de modo muito remoto põe em xeque o sistema. Por Douglas Anfra

«São poucos, porém são… Abrem sulcos escuros
no rosto mais fero e no lombo mais forte.
Serão talvez os potros de bárbaros átilas;
ou os arautos negros que nos manda a Morte.
[…]
Há golpes tão fortes na vida … Eu não sei!»
César Vallejo (poeta que dá nome à rua onde ocorreram os principais incidentes do despejo da favela Real Parque)

O Estadão chama a Paulista livre dos grevistas: advertência a todos os movimentos sociais

paulista-3O Estadão [designação corrente do jornal O Estado de S. Paulo] já pedia a “Paulista livre dos grevistas” no ano passado, pois, se o PSDB [Partido da Social-Democracia Brasileira, do antigo presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo símbolo é o tucano] é deles e São Paulo é do PSDB, nada mais justo que a Avenida Paulista ser considerada dos tucanos do PIG (batizado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim de Partido da Imprensa Golpista), e que possa ser um dia rebatizada de Avenida da Imprensa Golpista que, somada à Avenida Roberto Marinho, poderia ser uma segunda homenagem aos apoiadores da ditadura capitalista monopolista. (Veja aqui.)

E agora, finalmente, regozijam-se em seu editorial com uma punição que chamam de exemplar sofrida pela APEOESP [Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo] por causa de um ato com 10 mil pessoas em 5 de outubro de 2005. A multa inicialmente era de 156 mil, mas quando o sindicato recorreu, a multa subiu e desceu entre os juízes estabilizando em 1,6 milhão. Neste mesmo texto exemplar notamos o apelo do Estadão que reflete de todo o PIG:

“a decisão da 4ª Câmara de Direito Privado do TJSP deve servir de advertência a todos os movimentos sociais, organizações não-governamentais e entidades corporativas que insistem em bloquear ruas e avenidas importantes da cidade para realizar passeatas e atos de protesto, dificultando o tráfego e prejudicando a circulação dos paulistanos.” (Veja aqui.)

Podemos notar algo de mais profundo quando olhamos o conjunto desta manifestação de asco pelos que se insurgem em prol do direito da normalidade dos negócios da cidade. Prerrogativa dos que chamam a ordem pública para a anulação de direitos dos que se manifestam, onde sua ordem reflete não apenas o trânsito dos carros e a avidez por lucro segundo um tipo de espírito capitalista desumano, que defende o direito de ir e vir apenas do cidadão de automóvel. Neste sentido parece estar pressuposto um conjunto de modificações políticas que inviabilizem as diversas formas de associação, lazer público e protesto.

Sindicatos

paulista-2Tal modo de tentar quebrar um sindicato não é novidade, iniciou-se com Fernando Henrique Cardoso, que utilizou intervenção do exército nas refinarias no começo dos anos 90 para pôr fim à greve dos petroleiros. Enquanto fazia isto, iniciava o processo de privatização das refinarias, que posteriormente gerou a base financeira dos investidores brasileiros da bolsa que brincavam de banco imobiliário (como o PIG), enquanto entubavam o povo boliviano com o gasoduto e quebravam o monopólio estatal do petróleo que constava da constituição de 1988.

No final da greve, junto com o então ministro do TST, Almir Pazzianoto, aplicaram uma multa que destruiu a capacidade de mobilização de uma das maiores federações de sindicatos brasileiras. Golpe de mestre de um antigo estudioso de sociologia que estudou também os trabalhadores junto com Florestan:

“Foi o TST que declarou a greve ilegal — e que puniu os 21 sindicatos com uma multa de R$ 100 mil por cada dia dos 21 em que a decisão foi desrespeitada. Houve quem achasse que iria acabar em pizza — mas o fato é que a decisão está sendo cumprida à risca. Cada Sindipetro está devendo R$ 2,1 milhões — e a cobrança judicial, além de determinar o bloqueio das contribuições sindicais (R$ 80 mil mensais no caso de Cubatão) e das contas bancárias, ainda determinou a penhora de todos os bens. Os petroleiros lutaram, e continuam lutando, para livrar-se do pagamento da dívida — uma decisão que consideram política e que não reconhecem. No plano estritamente financeiro, para driblar o confisco, reduziram as contribuições sindicais descontadas em folha pela Petrobrás a simbólicos R$ 0,1. Passaram, então, a recolher os 3% de praxe no boca a boca nas portas das refinarias — e daí o “mendigando” de Averaldo. Não recolhem os R$ 80 mil, ouvem alguns desaforos, mas têm conseguido arrecadar entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, o que permite pagar a folha dos 47 funcionários e dos 14 demitidos em conseqüência da greve.

No plano político, os petroleiros tentaram uma anistia via Congresso. Conseguiram a unanimidade da Câmara e a quase unanimidade no Senado — mas amargaram o veto implacável do presidente Fernando Henrique Cardoso. Têm como último recurso a derrubada desse veto via Congresso e o julgamento de um recurso extraordinário que impetraram junto ao Supremo Tribunal Federal. “É tudo que nos resta”, diz Averaldo, consciente de que os bens penhorados, incluindo a bela sede avaliada em quase R$ 2 milhões, podem realmente ir à praça, para serem vendidos em leilão.” (Veja aqui.)

Este caminho parece estar sendo seguido por seu amigo Serra, que foi presidente da UNE [União Nacional de Estudantes]. Tudo bem, sabemos que a UNE é o que é. Sabemos que uma das primeiras medidas do Serra quando presidente dela foi acabar com o alojamento para militantes em encontros na sede da UNE do Rio (esquerda mesmo, ele nunca foi, nem quando era da Ação Popular). Mas ele sabe o que é Movimento Estudantil, foi cassado e fugiu para o Chile, viu a destruição da Frente Popular que o hospedou e fugiu outra vez para a França, e hoje ajuda a desmobilizar estudantes e a classe trabalhadora. Após aprender a lição de Pinochet, seu ataque agora é contra a APEOESP [Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo] e o sindicato dos Trabalhadores da USP [Universidade de São Paulo] com pesadas multas e perseguição política.

Um grande sindicato como a APEOESP, mesmo recuadinho na direção, ainda tem capacidade de mobilização e militantes de base tão bons e imaginativos como o prof. Tonhão, demitido e abandonado pela entidade, mas que deixou seu exemplo e um grande número de associados, por isso, este sindicato ainda apresenta uma possibilidade de movimento que deve ser reprimida.

Junto com esta carga violenta vem o “interdito proibitório”, recurso jurídico do direito civil utilíssimo aos patrões exploradores, afinal, que coisa pode ser melhor que um mandato de reintegração de posse preventivo, isto é, sem que se tenha tomado posse ou existido qualquer indício material de ameaça? Este recurso serve para combater o sindicato antes de qualquer ação que ele faça, pois presume graciosamente que este possa vir a agir de modo radical, a ocupar, a mudar o sentido do uso político de um bem determinado privado ou público, comparando qualquer serviço ao serviço privado bancário.

Esta jurisprudência, que só muito forçosamente pode ser aplicada a outros contextos, é outra das grandes ameaças aos sindicatos de hoje, que faz os escritores do editorial dos jornais e seus amigos dormirem cada vez mais felizes e tranqüilos, pois os protege inclusive contra seus próprios funcionários ao pressupor que estes possam vir a agir algum dia. A ordem está garantida aos patrões e as únicas greves serão de pijama. Mas, do modo como a coisa anda, tais questões não poderão ser discutidas nos bares ou mesmo em casa de pijamas.
(artigo integral em passapalavra.info)

show de lançamento da Marcha do MST com o grupo A Família



Por volta das 18h de hoje, quarta-feira, está prevista a abertura oficial da programação com um ato político-cultural, que se encerrará com a apresentação do grupo de rap A Família, marcada para as 20h30, no Largo do Rosário, centro da cidade de Campinas.
Cinemateca de Santos, apresenta os Filmes:
"Zeitgeist: Addendum" é continuação do "Zeitgeist, the Movie", onde se trata da globalização, manipulação do homem pelas grandes corporações e instituições financeiras. Com o tempo de duração 123 minutos, diretor Peter Joseph, ano 2008.

No sábado, dia 15/08/2009, às 20 horas, rola o filme "Libertárias". A Guerra Civil Espanhola vista desde o ponto de vista das mulheres milicianas anarquistas que lutaram na frente de batalha. Filme de 1996, 120 munitos, do diretor Vicente Aranda.

Cinemateca: Rua Ministro Xavier de Toledo, 42 - Santos/SP. f(13) 3251-1613

Greve na Coréia do Sul: a situação é grave

Repasso mensagem que recebi por e-mail. E a mídia só acusa a Coréia do Norte de abusar os direitos humanos.



Caros,
a situação dos trabalhadores sul-coreanos é dramática. A repressão policial contra o movimento dos trabalhadores do setor metalúrgico tem sido marcada por atos de selvageria, tendo em vista que os manifestantes têm sido agredidos com substâncias químicas, além de o governo ter promovido o corte de água, comida e cuidados médicos. Vejam algumas informações e fotos no anexo, o vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=Rd8NtgBQHKU
e o texto abaixo que explica um pouco o caráter das lutas contra: o domínio da mídia pelos grandes conglomerados e a reforma trabalhista que prevê a ampliação da precarização do trabalho. O manifesto abaixo assinado por uma Confederação de Trabalhadores Coreanos afirma que é necessário formar uma unidade para lutar contra "as políticas neoliberais e o governo Lee Myung Bak"

Indignado,
Danilo
PS: infelizmente não consegui ter acesso a textos em português, mas garanto que as fotos e o vídeo já dizem muita coisa

KCTU Initiates General Strike and Sit-In Protest!

Stop police suppression of Ssangyong Motors strike!

Stop retrogressive revisions to labour and media laws!



The KCTU announces that all affiliate unions will go on general strike as of 22nd July. This general strike is to condemn police operation aimed at clamping down the striking workers at Ssangyong Motors Pyeongtaek Plant and to attain overall job security by reasonably normalizing Ssangyong Motors. The general strike also targets the government and ruling party’s attempts to make downgrade revisions to various laws – known collectively to public as ‘MB (Lee Myung Bak) Evil Bills’ - regarding irregular (precarious) workers, those that aim to allow domination of media by large conglomerates, and the revision to the Minimum Wage Act. The KCTU orders affiliate unions to organize a strong and determined general strike so that workers can stand forth in unity to counteract neoliberal policies and the Lee Myung Bak government.

At 10:00 am on 20th July 2009, riot police entered the Ssangyong Motors Pyeongtaek Plant under the pretext of implementing forced execution (eviction) orders, and surrounded the paint shop building, which 800 workers are sitting-in, vigilantly waiting to violently clamp down on the workers. The management has ordered all non-striking employees back to work, and has also cut off electricity, water and gas to the paint factory. From 16th July, the management has blocked all food from entering the factory and then on 19th, disallowed medical doctors and nurses from entering the compound. As many had been concerned, the police and management have embarked upon a joint operation to break the strike. The KCTU maintains that police suppression symbolizes further catastrophe rather than any attempts to solve the crisis of Ssangyong Motors. We had already warned several times that police suppression will only call for disaster. However, police operation is now being implemented, which can only be interpreted as a signal that the management and government do not have any will to solve the situation through genuine dialogue with the union.

Just after the news went out about the police operations, the wife of KMWU Ssangyong Motors Branch policy director committed suicide. A mother of two young children, she was suffering stress and anxiety from receiving subpoenas and warrant for her husband’s arrest. As the union warned several times, and as reality manifests, “dismissals are, in fact, murder”. The death of the unionist’s wife is de facto homicide committed by the management and government. The KCTU will hold the government and management responsible for the series of deaths that have taken place at Ssangyong Motors, and no worker will ever forgive those responsible for the inhumane actions.

The National Assembly is also under very high tension, with ‘MB Evil Bills’, including those on irregular workers, the media and minimum wage, pending. Despite polls showing opposition to these retrogressive revisions, the ruling Grand National Party, holding the majority of seats, is waiting to unilaterally push ahead with the bills, under ex-officio authority of the assembly chair. Media is the final stronghold of democracy. If media is controlled by large conglomerates and capital, then there is no hope for democracy in the South Korea.

The bills to revise laws on irregular workers will in fact expand precarious labour. If the law is to be revised to truly protect precarious workers, then there should be clauses restricting the use of precarious labour. However, the pending revision calls for extension of the maximum employment period of temporary contract – at the moment, the Act mandates that an irregular worker who has been employed for two years be turned into a regular worker, it was scheduled to take effect from 1st July 2009, however, the ruling party’s revision calls for the postponement of the application of the Act for another two years. Thus, this revision is expected to deteriorate the already dire situation of irregular workers.

Thus, the KCTU will go on general strike as of morning of 22nd July. The strike, which will continue until 24th July, will be centered around the Korea Metal Workers Union and the National Union of Media Workers, joined immediately by other workplaces of affiliate unions. Workplaces that cannot immediately go on strike will implement struggles through other various ways including organizing workers assembly, leaving work early or using annual leave. As part of the strike action, the KCTU will hold simultaneous rallies around the country on 22nd, including in front of the National Assembly in Seoul and in Pyeongtaek. The KCTU will then hold a National Workers Rally in Pyeongtaek on 25th July, where Ssangyong Motors lies.

Along side the general strike, the KCTU leadership will start a hunger strike / sit-in protest in front of the National Assembly from today, with leaders shaving their heads in protest. The 16 affiliate federations and the 16 regional headquarters will join the confederation leadership in the sit-in protest. Various actions will take place including leafleting, mass rallies, downtown publicity events etc. as well as candlelight demonstrations every single evening.

KCTU’s general strike is a stern struggle to stop degradation of democracy, built upon the sweat and blood of the Korean people, and to protect the lives of all workers. The general strike must continue strongly and indefatigably, despite whatever sacrifice and pain that may come in our way, because this July battle will decide the fate of workers – will all workers continue to live as slaves of capitalists or will workers be guaranteed their livelihoods and full basic labour rights?

We give our final warning to the government. Workers and the people will gain our victory. This is because the demands of the workers and the people are so much more just and powerful than the greed of the Lee Myung Bak and capital, and because we will not stop our struggle until the day we win.

21st July, 2009

Korean Confederation of Trade Unions (KCTU)