quarta-feira, 29 de julho de 2009

Educação libertária produz conhecimento, seja onde for!

postado da casa lan
Fonte: PassaPalavra.info
A Escola

O CEFAM era destinado à formação para o magistério e foi criado em Franco da Rocha ainda na década de 1980. A partir de 1994 se instalou em um prédio novo e desde 1996 além da formação para o magistério, que era a função original, durante o período matutino, passou a abrigar os alunos de ensino médio no período vespertino e noturno, por conta da falta de vagas em outras unidades. Com um prédio grande e situada a dois quilômetros do centro – ao lado do portão de entrada de uma penitenciária – a escola era freqüentada – além de pelos integrantes do magistério - pelos alunos que não haviam conseguido vagas em outras unidades mais próximas de suas casas. Portanto, estudar no CEFAM, para quem não era do magistério, dado a longa distância, era tido como uma condenação.

Para nos situarmos comparativamente, os anos iniciais do novo CEFAM, de 1994 até 1996, foram marcados por uma gestão autoritária e pela completa apatia estudantil. A diretora responsável pela unidade fazia valer a autonomia disciplinar de que dispõe todas as burocracias e erigia um amontoado de normas dignas dos tempos mais férreos da história do país. Dessa forma, além das regras já tradicionalmente conhecidas, - da submissão geográfica e pedagógica do aluno na sala de aula, passando pela obrigatoriedade de filas e imposição férrea dos horários -, a diretora havia implementado a proibição do beijo e dos namoros, do uso de bonés, também o controle sobre a vestimenta e a punição para quem passasse no corredor ao lado da diretoria.
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Foi entre 1997 e 2000 que ocorreram alterações drásticas na unidade escolar. Contrariamente à política da antiga direção - extremamente autoritária -, com a vinda de um novo diretor, presenciou-se a instauração de um projeto pedagógico onde se tinha realmente interesse que os alunos aprendessem, tornando-se pessoas mais conscientes, ativas e dedicadas ao desenvolvimento educacional.

A vinda desse novo diretor, em 1997, ligado ao PT, com novos projetos e novas idéias, coincidiu com um período em que a contratação dos professores era realizada mediante a apresentação de um projeto à escola. Dessa forma, a diretoria da escola podia selecionar aqueles professores que mais se coadunavam com o projeto pedagógico que pretendia implementar. Assim, a citada escola acumulou em seu coletivo de professores uma maioria de docentes estudantes da PUC, alguns da USP, outros provenientes de faculdades particulares, mas todos eles de tonalidade à esquerda e na maioria de passado com participação em lutas sociais – o que implicava um caráter mais prático dessa esquerda. Esse acaso propiciou que a escola fosse formada por um corpo docente de variedade política excêntrica para Franco da Rocha. Dentre uma maioria de professores ligados ao PT, havia uns dois anarquistas, alguns do PSTU, outros ligados às lutas do povo negro, outros independentes e mais ecléticos.

A presença desse coletivo deu uma democratizada na escola e o espaço escolar abriu-se à participação dos alunos. Estes passaram a ser incitados a fazer poesias, jornais, grupos de teatro, rádio, festas, bandas, festivais, fanzines, manifestações artísticas, debates, eventos esportivos. Criou-se uma horta coletiva, de usufruto da escola que era tocada pelos alunos, dias especiais de limpeza geral, onde os alunos, junto com professores e funcionários, punham-se a limpar e pintar a escola. Os alunos podiam escrever nas paredes – em locais específicos - fazer desenhos, colar cartazes. Surgiu um espaço amplo para a manifestação e debate estudantis, assim como, um amplo espaço para recreação.
De imediato criou-se um conselho colegiado com presença estudantil para debater as questões mais pertinentes e os estudantes começaram a participar da gestão escolar; organizaram-se palestras, filmes, desapareceu o pudor que tolhe as escolas: tudo podia ser debatido; instaurou-se uma biblioteca que era mantida pelos alunos e estes eram incitados à leitura. Os discentes podiam participar das assembléias de professores, embora não tivessem direito de voto, tinham direito de fala e podiam somar-se às excursões de protestos dos mestres até o centro de São Paulo [1] . A rotina escolar passou a ser permeada pela denúncia das desigualdades sociais, que eram debatidas até nas aulas de português ou física, visando uma qualificação política dos alunos e o desenvolvimento de uma cidadania ativa.

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O impacto educacional do CEFAM foi tão grande que, até então, dos poucos alunos de Franco da Rocha que chegaram às universidades estatais, ou às particulares de melhor qualidade, assim como aos bons cursos técnicos, a quase totalidade havia passado por lá. Um número enorme de pessoas passou em concursos públicos e de lá saíram muitas educadoras com formação técnica e política diferenciada, além de o colégio ter constituído a base formativa de muitas pessoas que acabaram desenvolvendo papel ativo em lutas estudantís no interior da UNESP, PUC-SP, Fundação Santo André, cursinhos populares, faculdades e movimentos vários.

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Não pode passar sem consideração que todo o foco de mudanças implementadas e vivenciadas na escola tinha como alicerce a busca do aprendizado. No contexto de uma unidade escolar agrupada por alunos pobres de uma cidade pauperizada da grande São Paulo, a denúncia das mazelas sociais, da exclusão, da exploração, da inobservância dos direitos sociais por parte do estado e do empresariado, constituiu uma forma de motivar os alunos ao aprendizado. Um aprendizado coadunado com a luta por direitos e/ou efetivação de muitos não cumpridos.

Na busca do aprendizado, havia uma preocupação efetiva com a figura e a condição social do aluno. Além de buscar um tratamento humanizado e mais igualitário entre todos na unidade escolar a unidade buscava fazer a sua parte no que dizia respeito à responsabilidade social para com o estudantado. Assim, embora somente nesse 2009 tenha sido aprovada a lei que garante aos estudantes do ensino médio o direito à merenda escolar, a nova gestão do CEFAM procurou, desde o início, construir parcerias com a prefeitura para que fosse oferecida alimentação aos alunos. No mesmo sentido, embora não fosse de sua obrigação ou alçada, a gestão se preocupou em convencer a empresa de ônibus da cidade a oferecer transporte desde a porta da escola nos horários de saída noturnos. A unidade situava-se afastada do centro, em região escura, de estrada e matagal.

A perspectiva do projeto partia do pressuposto de que os alunos possuem inteligência e criatividade não exploradas e não manifestadas e a tônica esteve em buscar uma cada vez maior destruição das amarras que fazem tantos andarem de cabeça baixa. Procurou-se por variados modos não somente incitar os alunos a participação, mas foi-se abrindo o espaço escolar às projeções e propostas vindas deles próprios. Com o tempo, ao lado das rotineiras atividades, os discentes foram mostrando-se capazes de organizar grupos de estudo, debates, palestras, assembléias, atos, manifestações, eventos culturais, publicações e outras coisas mais.

Embora todo o processo passasse pela motivação que é construída aos poucos dentro das salas de aula, o projeto adquiriu uma forma estética e política na cada vez maior tomada dos pátios, rampas e corredores como locais de aprendizado e vivência pedagógica. Naturalmente, até as velhas, curiosas e clássicas pichações de banheiro, foram desaparecendo ou tornando-se menos importantes quando cada vez mais os alunos encontravam espaço amplo de expressão na música que tocavam na rádio, nos textos que colavam nas paredes e expressavam nos jornais, nas letras cantadas no palco, nos poemas declamados, na expressão estética de suas roupas postas à mostra sem medo ou vergonha, nos discursos, nas dramatizações.

Como não era somente o espaço das salas de aulas que eram vistos como locais de aprendizado, mesmo os momentos de paralisação e/ou greve não implicavam no desligamento dos alunos e no abandono do ensino. Os discentes eram convocados a participar das manifestações, das panfletagens, dos atos, das discussões, palestras e debates aproveitando esses momentos e esses locais como situações de aprendizagem. Daí a possibilidade de se aprender sobre estrutura educacional do país, legislação, financiamento, cidadania ativa, sindicatos, movimentos sociais, projetos educacionais etc. Da mesma forma, muito antes de surgir o Escola da Família, a unidade tinha um bom funcionamento nos finais de semana, com debates, palestras, filmes, shows, desfiles, eventos etc. Numa mesma cidade, enquanto em outras escolas a polícia invadia os prédios com metralhadoras na mão para combater, nas palavras dos policiais, “a invasão do espaço público”, no CEFAM o espaço escolar era utilizado como ponto de aprendizagem e entretenimento não só por seus alunos mas, ainda, por alunos de outras unidades e movimentos sociais vários. Era aos sábados, era aula: ficavam pra fora da sala, pra dentro da escola.

Numa perspectiva conceitual, podemos dizer que a unidade citada acabou por substituir a tradicional concepção bancária de educação pela idéia de vivência pedagógica. Muito mais do que um dado conteúdo técnico uma unidade escolar transmite um ethos, um conjunto de valores, explícito na forma em que se realiza enquanto vivência pedagógica. Em conjunto com a oferta de dados inputs de saber, a escola pode se apresentar como uma modalidade de sadismo, de tortura ritual e espacial classicamente conhecida nas situações em que as unidades escolares procuram incutir uma mentalidade subserviente nos educandos, também os tratando como fracassados socialmente e moralmente inferiores. Numa linha em que se entende a escola enquanto vivência pedagógica, o aluno nunca fracassa totalmente, pois a escola coaduna a oferta de inputs de saber com uma perspectiva de aprendizado pela vivência. Se dados elementos de saber podem acabar não assimilados, a vivência nunca é perdida. Por outro lado, um saber não assimilado hoje pode o ser futuramente mas a vivência pedagógica é única e não se repete.

Pensar a escola como vivência pedagógica é muito importante porque duas coisas distinguem a unidade escolar de uma penitenciária: a qualidade do saber transmitido e a vivência ofertada. Num contexto de absoluto fracasso educacional das escolas públicas brasileiras onde boa parte dos professores não possui conhecimento para ofertar aos discentes – no Estado de São Paulo, mais de 90 mil professores não acertaram metade das questões em uma avaliação nas próprias áreas em que pretendem ensinar – a vivência pedagógica é o grande elemento a diferir a escola do cárcere, já que o saber não fica muito distante do que é oferecido nas unidades educacionais penitenciárias. Vivência pedagógica implica pensar a escola como local de realização estudantil, onde aprende ensinando e os alunos são o elemento central do processo.

Para Franco da Rocha, cidade onde os meios empresariais e políticos pouco se distinguem dos meios criminais, tendo havido vários assassinatos e espancamentos de militantes, empresários e políticos, atroz repressão policial, onde diretoras convidavam policiais a espancarem alunos, os jovens que, além da tortura estética expressa na miserabilidade visível a que estavam condenados, viviam um cotidiano brutal que incluia espancamentos, tiroteios, estupros, assassinatos, violências várias pelos motivos mais insignificantes, puderam encontrar no CEFAM um espaço de realização pessoal e de vivência do belo e da esperança. Uma vivência de educação libertária, que os livros acadêmicos, amantes do passado, não se dignaram a contar.

* Veja a íntegra em http://passapalavra.info/?p=8964

terça-feira, 28 de julho de 2009

Imagens ao vivo de Honduras!

Transmisión de imágenes de Telesur en vivo y en directo.
A las 21 hs. "Claves de la Política Internacional" con todo el análisis de lo acontecido.

www.tvpts.tv



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El canal de la Izquierda

Candidatos à Reitoria da USP

Da casa lan:
Fonte: Folha de São Paulo
Reitoria da USP é disputada por 5 professores

Acadêmicos da universidade iniciaram campanha eleitoral pela sucessão da atual reitora, Suely Vilela

FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

A qualidade da graduação da USP está no centro das preocupações dos candidatos a reitor, que começam a pedir votos para a sucessão da reitora Suely Vilela, no final deste ano. Estão em campanha Armando Corbani (pró-reitor de pós-graduação), Glaucius Oliva (diretor do Instituto de Física de S. Carlos), João Rodas (diretor da Faculdade de Direito), Ruy Altafim (pró-reitor de cultura) e Wanderley Costa (coordenador de Comunicação Social). Entre os problemas apontados na graduação está o currículo, considerado defasado por não permitir interação dos alunos com diversos cursos da universidade.
Como a USP não participa do Enade, exame federal, não é possível comparar seus cursos com outras instituições. Um ponto unânime entre os cinco é que a reitoria deve ampliar os canais internos de negociação com sindicatos e alunos, para evitar casos de radicalização que culminaram, por exemplo, com o confronto contra a Polícia Militar no campus neste ano.
As normas não permitem reeleição. Segundo a Folha apurou, a reitora vai, nos bastidores, apoiar Corbani. Abaixo, um resumo das entrevistas dos candidatos.


PROPOSTAS
ARMANDO CORBANI - A graduação é boa, mas precisa de um salto. Precisa flexibilizar ao menos parte do currículo, para que o aluno tenha formação interdisciplinar. O mercado hoje não quer só competência específica. Outra proposta é incentivar redes temáticas de pesquisa.

GLAUCIUS OLIVA - A graduação precisa ser valorizada. Todos os cursos terão verba para visitar os melhores do mundo, para conhecer os programas. Não pode ser mais só o professor falando. E proponho uma secretaria que atenda as demandas de políticas governamentais.

JOÃO RODAS - A reitoria deve supervisionar as grandes linhas acadêmica e administrativa da universidade, além de se concentrar naquilo que, por ser uma autarquia, somente ela pode fazer. Por exemplo, buscar suplementações orçamentárias com BNDES ou Banco Mundial. Fica para as unidades a condução dos seus destinos.

RUY ALTAFIM - Proponho elaborar plano de governo de longo prazo. A partir do que já foi feito por comissão específica, devemos ouvir a comunidade. O segundo ponto é sobre a gestão. Avançamos, mas precisamos continuar. Temos competência dentro da universidade para traçarmos diretrizes para um plano de gestão.

WANDERLEY MESSIAS - As negociações na universidade, por parte da reitoria, precisam ser feitas por comissões profissionais. Em negociação salarial, por exemplo, precisa haver membros que conheçam política. E precisamos diminuir o tamanho da reitoria. Os procedimentos são muito centralizados. Os processos para internacionalizaçã o, por exemplo, podem ser feitos nas unidades.

PROBLEMAS DA USP
CORBANI - Não há grandes problemas. Como falar em problema se a USP é a maior do país na pós-graduação, forma bem seus alunos na graduação, apesar de ser necessário melhorar?

OLIVA - Há incompatibilidade entre atividade acadêmica e legislação pública. Outro desafio é o de recurso. Dependemos quase só do financiamento público. Precisamos diversificar.

RODAS - Não há um real diálogo na USP. Muitas vezes há discussões, mas sem interlocutores, pautas e prazos. As partes não têm uma ideia do que a média da universidade pensa.

ALTAFIM - Falta discutir mais questões como o ensino a distância, fundações privadas e mudanças na carreira docente. São pontos polêmicos, que demandam amplo debate.

COSTA - A crise está na incapacidade de transpor a nossa excelência para melhorar a política universitária e a gestão. Já a graduação ficou como primo pobre. Há salas lotadas e cursos quase interdisciplinariedade.

domingo, 26 de julho de 2009

Sou mais um refém da Telefônica

Estarei sem internet até início do mês que vem. A Telefônica está difícil de engolir, logo eles vão estar pagando a gente pra usar, ninguém aguenta mais......
Me aguardem....

OMB pra quê????



MPF pede suspensão da lei que regulamenta profissão de músico

Para procuradora, lei é inconstitucional por violar a liberdade de expressão.
‘Se o profissional for mau músico, nenhum dano causará à sociedade’, diz.
A procuradora-geral da República em exercício, Deborah Duprat, protocolou na terça-feira (14) ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a lei 3.857/60, que estabelece critérios para o exercício da profissão de músico. No ofício, ela pede uma liminar (decisão provisória) para suspender alguns dispositivos da lei e que, no julgamento definitivo, a legislação seja revogada.
Segundo a procuradora, que exerce interinamente o cargo de chefe do Ministério Público Federal (MPF), as restrições profissionais impostas pela legislação são incompatíveis com a liberdade de expressão da atividade artística, prevista no artigo 5º da Constituição Federal. Com esse argumento, Deborah Duprat classifica a lei como inconstitucional. Ela alega ainda que a norma confronta até com a liberdade profissional, também prevista na Constituição.
Ordem dos Músicos
A lei questionada instituiu a Ordem dos Músicos do Brasil, cuja finalidade é “exercer, em todo o país, a seleção, a disciplina, a defesa da classe e a fiscalização do exercício da profissão do músico, mantidas as atribuições específicas do Sindicato respectivo”. A norma prevê a possibilidade da aplicação de penalidades que vão desde advertência, censura e multa, até a suspensão e cassação do exercício profissional.
“Numa democracia constitucional, não cabe ao estado policiar a arte, nem existe justificativa legítima que ampare a imposição de quaisquer requisitos para o desempenho da profissão de músico”, explica a procuradora-geral.
Na ação, ela acrescenta que a profissão de músico não figura entra os ofícios em que a Constituição autoriza o legislador a estabelecer qualificações profissionais.
“Se um profissional for um mau músico, nenhum dano significativo causará à sociedade. Na pior das hipóteses, as pessoas que o ouvirem passarão alguns momentos desagradáveis. Além do que, em matéria de arte, o que é péssimo para alguns pode ser excelente para outros, não cabendo ao Estado imiscuir-se nesta seara, convertendo-se no árbitro autoritário dos gostos do público”.

Seminário Música nas Escolas

por Carta na Escola

Um debate sobre a lei que determina que a música faça parte do conteúdo obrigatório na disciplina de Artes no Ensino Básico.
Seminário Música na Escola

Em agosto a Carta na Escola promove um evento que apresentará algumas propostas sobre o ensino de música para que a escola e os professores possam desenvolver esse novo conhecimento com seus alunos. Saiba mais e faça, gratuitamente, a sua inscrição.

A partir de 2011, segundo a Lei nº 11.769, a música fará parte do conteúdo obrigatório na disciplina de Artes no Ensino Básico. Por isso, as revistas Carta na Escoal e Carta Fundamental reunirão músicos e professores para discutir o ensino e a prática de música nas escolas em vários aspectos: metodologias, profissionais mais indicados, ganhos para a aprendizagem e a convivência saudável, instrumentos, temas, músicas e compositores que possibilitam boas atividades de musicalização em sala de aula.

O evento apresentará alternativas para a execução da lei, a partir de exemplos práticos. Daí a escolha de músicos com trânsito e diálogo nas escolas, como Sandra Peres e Paulo Tatit, do grupo Palavra Cantada. O objetivo do encontro, dirigido a professores das redes pública e privada, é que os exemplos e as experiências musicais apresentados possam ser executados por músicos e por educadores que não tenham uma formação musical.

As aulas-show serão gravadas para posterior edição em DVD exclusivo, de um novo produto editorial: o vídeo “Diálogos Capitais - Música nas Escolas”, que pretende repercutir e ampliar o alcance e a permanência do evento.
A partir das propostas e reflexões resultantes do Seminário Musica nas Escolas, as instituições escolares podem buscar, em sua própria comunidade, músicos e/ou professores interessados em estimular a sensibilidade musical dos seus alunos e do corpo docente. Todos irão se beneficiar de uma abordagem integradora e interdisciplinar deste novo componente obrigatório do currículo escolar.

Realização: Revista Carta na Escola, Carta Fundamental e Abemúsica.
Data: 17 de agosto
Horário: das 14h às 18h
Local: Sala São Paulo - Salão Nobre
Vagas Limitadas, inscrições até 01 de agosto ou até lotação do local.

Linque da página: http://www.cartanae scola.com. br/online/ seminario- musica-nas- escolas/view
Linque inscrição: http://www.mercadoc apital.com. br/musica. php

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Saia às ruas Yeda!


Fonte: http://www.cpers.org.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=2058
Imagem: http://tudo-em-cima.blogspot.com/2009/07/face-da-loucura-e-da-truculencia-tucana.html
Dia de protesto coloca mais pressão sobre o governo Yeda
O dia de protesto contra o governo Yeda, envolvido em suspeitas de corrupção, foi marcado pela demonstração de unidade entre servidores públicos, organizados no Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE-RS). A mobilização expôs a truculência de um governo que está à beira do abismo, aguardando o empurrão definitivo. Diante da falta de condições para continuar governando, o impeachment da governadora é uma necessidade.

A movimentação começou nas primeiras horas da fria manhã de Porto Alegre com uma concentração em frente à mansão da governadora, onde foi instalado um contêiner simbolizando as escolas de lata que são mantidas pelo governo. A intenção foi mostrar à sociedade a contradição existente entre as precárias condições a que são submetidos os trabalhadores em educação e os alunos e o conforto da senhora governadora, que até o momento ainda não deu explicações convincentes sobre a forma como foi adquirida sua casa.

Em todas as regiões do Rio Grande do Sul, escolas colocaram faixas denunciando o desmonte do ensino público e os ataques aos direitos dos educadores, da comunidade escolar e dos servidores em geral. Algumas regiões organizaram atos públicos, passeatas, plenárias e outras formas de mostrar o descontentamento com as políticas do governo.

Na mobilização da capital, no início da manhã, baixou, na Polícia Militar, o espírito do Coronel Mandes, que agredia com cacetetes os trabalhadores e apalpava com luvas de pelica nomes envolvidos em denúncias de corrupção. Sem explicação para tamanha truculência, o comando militar gaúcho mandou a Tropa de Choque para “conter” o movimento. Não deu outra. Sindicalistas foram detidos e profissionais da imprensa agredidos. Esse é o novo jeito de fazer.

Sete pessoas foram detidas: Rejane de Oliveira, presidente do CPERS/Sindicato; Neida de Oliveira, 1ª vice-presidente do CPERS/Sindicato; Miguel Gustavo Corrêa Chagas, diretor do Sindicaixa; Fernanda Melchionna, vereadora em Porto Alegre pelo PSOL; Caco Argemi, fotógrafo; o motorista de um caminhão utilizado pelo FSPE-RS; e um estudante.do Comitê Fora Yeda de Pelotas.

A detenção de dirigentes sindicais e de outras pessoas foi classificada pela presidente do CPERS/Sindicato como um ato arbitrário e desnecessário. “Primeiro, a polícia nos retirou da calçada em frente à casa da governadora. Depois, com os manifestantes no meio da rua, isolaram o quarteirão em que se localiza a casa de Yeda. Quando já estávamos no ônibus, prontos para deixarmos o local, a polícia foi até o veículo para me deter”, disse Rejane.

Acuada por indiciamentos de dois dos seus secretários pela Polícia Federal gaúcha, por corrupção e cada vez mais desacreditada pela nas pesquisas de opinião, a governadora Yeda Crusius tem evitado aparições públicas, mas não consegue evitar o desgaste de sua administração. O governo Yeda tem sido alvo de acusações de corrupção desde a Operação Rodin, da Polícia Federal, que apurou um desvio de aproximadamente R$ 44 milhões do Detran gaúcho.

O dia de protesto na capital foi concluído com um ato público em frente ao Palácio Piratini. Mil balões pretos foram soltos simultaneamente como símbolos de um governo que já caiu em desgraça com o povo gaúcho.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Férias!!


Estou indo viajar! Portanto, o blog estará em recesso por mais de uma semana.
Aos que me acompanham, até breve!

Imagens da Guerra de Honduras contra o povo!

Fonte: Pão e Rosas





Concurso para professores na cidade de São Paulo!

CONCURSO PARA GESTOR E PROFESSOR
DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO
SERÁ REALIZADO EM OUTUBRO

A Secretaria Municipal de Educação (SME) anunciou nesta quarta-feira que o edital para o concurso público de ingresso para o provimento dos cargos de gestor educacional e professor de ensino fundamental II e médio será realizado em outubro deste ano. A previsão é de que o edital seja publicado no Diário Oficial da Cidade (DOC) no dia 22 de julho.

As inscrições serão feitas pela internet e nas agências do banco Santander a serem credenciadas pela Fundação Carlos Chagas, responsável pelo concurso, conforme segue:

internet: das 10h do dia 10 de agosto às 14 horas de 21 de agosto

banco: de 10 a 21 de agosto, das 10h às 16h.

Observação: os profissionais de educação comissionados serão inscritos de ofício.

Provas serão aplicadas em outubro

Serão aplicadas provas objetiva (de conhecimentos gerais), específica e dissertativa. As notas das avaliações serão somadas aos títulos na pontuação final.

As provas devem ser aplicadas nos dias 25 de outubro, para os cargos de gestor e professor de ensino fundamental II e médio, e 01 de novembro, para professor de ensino fundamental II e médio.

Conquistas da Greve na Unesp

43 dias de greve com ocupação rendem conquistas aos estudantes da FFC

Fonte: http://greve-ocupacaounespmarilia.blogspot.com

A UNESP, por ser dispersa em todo Estado, é mal estruturada, especialemente a que se localiza na cidade de Marília: há falta de professores e funcionários. Além disso, os anos de governo tucano somente serviram, para aumentar ainda mais a precarização dos serviços públicos, notadamente, a educação em todos os níveis. Defensores da privatização e do particular em detrimento do público, os tucanos nada mais fazem senão asfixiar o patrimônio coletivo através de suas políticas neoliberais privatistas.

Além da debilidade crônica, há outras questões: planos de institucionalização da submissão da UNESP aos grandes capitalistas e de sua transformação em uma empresa (PDI); aprofundamento ainda maior da precarização da educação pública por meio do Ensino à Distância(UNIVESP); concentração das decisões da universidade na mão de meia dúzia de doutos professores burocratas, corruptos e capitalistas; repressão aos estudantes, funcionários e professores que não aceitam os ditames do gestores da universidade.
Esse quadro levou os estudantes da UNESP-Marília a se mobilizarem pela mudança da situação.
A precariedade não se limita apenas a UNESP, mas as outras universidades, como USP e UNICAMP. Além dos elementos apresentados, a repressão e a falta de democracia nos órgãos que gerem a universidade impulsionaram a mobilização de estudantes, professores e trabalhadores em todo o estado.
A burocracia universitária — que atende pelo nome de Cruesp — se relaciona com a comunidade acadêmica de forma autoritária e intransigente. As reivindicações que surgiram neste movimento de mobilizações visam suprir as carências da universidade.
Os estudantes da UNESP-Marília conseguiram algumas poucas repostas, através da greve com ocupação. Uma dessas repostas veio na forma da conquista de uma demanda histórica: o R.U. noturno. Há muito era presença constante na luta dos estudantes a reivindicação de um restaurante que atendesse os que estudam e trabalham no período noturno. Essa conquista satisfaz uma parte da carência, já que não possuímos uma cantina.
Outra conquista do movimento grevista foi o Centro de Línguas. Com a previsão de atender 200 discentes da Faculdade, o Centro de Línguas preparará vários estudantes para a leitura e compreensão de textos em inglês, inicialmente. Essa conquista tem função primordial na formação dos estudantes, pois muitos não teriam acesso por outros meios ao aprendizado de línguas.
O Centro de Estudos da Educação da Saúde, CEES, tem desempenho importante no atendimento da população mariliense. Mas, apresenta condições precárias em sua estrutura física, o que prejudica o desenvolver das atividades no local. A devida solução apresentada pelos estudantes não foi atendida de imediato, que é a transferência do CEES para o campus (o CEES funciona no antigo campus da UNESP), mas conquistou-se sua reforma, para que o atendimento a sociedade não seja ainda mais prejudicado.
CEES, Centro de Línguas e R.U. são algumas conquistas que certamente trarão contribuições positivas às atividades da Universidade. Certo também é que as reivindicações atendidas são devidas ao forte e organizado movimento que se construiu entre os estudantes, com o auxilio de funcionários e professores.
Contudo, a pauta de reivindicações dos estudantes da FFC-UNESP/Marília, ainda deve ser levada adiante. Muitos pontos da pauta têm ligação com toda a comunidade da UNESP, como o PDI, UNIVESP, democratização das estruturas, entre outros. Para que esses e outros pontos sejam atendidos, precisa ser construído um movimento forte e ainda mais organizado com os campi que pretendem ir a luta.

Postado por Greve e ocupação da Unesp de Marília

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Banksy: bom grafite da Inglaterra!


Eu, como professor de Artes, sempre defendi não só o grafite, mas a pixação como arte. Claro que o conceito arte já está ultrapassado, pelas milhões de manifestações que envolvem a expressão metafórica, indireta e que produzem sensações diversas no ser humano. Considero a pixação a arte do texto, o grafite da imagem, mas não há tanta separação assim. Segue o link de um excelente grafiteiro de Londres:
http://www.banksy.co.uk/outdoors/horizontal_1.htm

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Tonhão foi um dos expulsos da rede pública de ensino do estado de São Paulo

Fonte: http://passapalavra.info/?p=7955


onhão foi um dos expulsos da rede pública de ensino do estado de São Paulo por ter participado da greve com ocupação que os professores organizaram em torno da Secretaria de Educação, em 2000. Nesta entrevista, ele comenta sobre este processo de luta e aponta brevemente suas impressões sobre os descaminhos do sindicalismo no Brasil.

Conversar com o professor Tonhão é estar diante de alguém que participou ativamente dos principais processos políticos do país, sobretudo no que diz respeito aos altos e baixos que teve a atividade sindical desde os fins da década de 1970. Ele esteve na fundação da CUT e do Partido dos Trabalhadores (PT), quando estes eram ainda tidos como organizações ultra-radicais até pelos militantes de horizontes mais revolucionários.

tonhao1Nascido em 1947, Antônio Justino se tornou figura de destaque entre os professores da rede pública de ensino do estado de São Paulo. Sempre optando pelas ações de base, ele foi um dos protagonistas da greve com acampamento que a categoria organizou em torno da Secretaria de Educação, em 2000; a última grande mobilização do setor. Esta forma de luta radical resultou na sua exoneração e na de mais três colegas de profissão. E, até hoje, 35 professores podem ser demitidos por conta de um processo criminal que os acusa de terem falsamente testemunhado em defesa de seus pares.

Como professor, formou-se em Cajurú [município do interior de São Paulo] e iniciou sua militância política e o exercício do magistério em 1968, na região do Pontal do Paranapanema-SP. Já nesta época, após um ano de perseguição por parte dos grandes fazendeiros, que por lá sempre foram a autoridade suprema, ele veio para São Paulo, onde construiria uma trajetória vigorosa no interior do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP).

Mesmo com todo este histórico de perseguição, ao contrário do que se poderia supor, Tonhão se mantém firme com suas convicções socialistas: continua defendendo a ação direta e não poupa ataques às direções sindicais, que para ele devem ser consideradas como inimigas de classe dos trabalhadores. Atualmente, apesar de não atuar mais pelo sindicato, o professor mantém o Comitê de Apoio aos Povos em Luta com o dinheiro que arrecada com a venda de DVDs (de onde sai também sua própria renda). A idéia é disponibilizar fundos às entidades e iniciativas de luta que estão em curso.

Nesta entrevista concedida ao Passa Palavra, no dia 14 de junho, em plena assembléia regional da Apeoesp, ele faz a sua leitura a respeito do ciclo da mobilização de 2000 e ainda aponta brevemente suas impressões sobre os descaminhos do sindicalismo no Brasil. Passa Palavra

Passa Palavra: Professor, como foi o começo da sua militância na APEOESP?

Tonhão: Minha militância na APEOESP começou na década de 1970. A APEOESP na realidade era um escritório jurídico. Tinha um cara [fulano], um tal de Raul Schwinden [hoje, este advogado mantém um escritório de consultoria jurídica para causas trabalhistas] que dirigia este departamento e, em 1979, nós participamos juntos de uma chapa [lista] de oposição. Foi muito interessante porque uma parcela daquele pessoal está na APEOESP hoje, com uma política totalmente integrada à da Articulação [corrente interna do Partido dos Trabalhadores]. Mesmo a oposição que existe atualmente neste sindicato não pode nem ser chamada de light. Ela é extremamente oportunista em usar a proporcionalidade para poder se favorecer por dentro da instituição. É cara que se contenta com celularzinho [telemóvel] pendurado, ticket refeição, carrinho para andar pra lá e pra cá e esses passeiozinhos que os sindicatos costumam fazer.

Já a minha militância política começou no PT, em Diadema. E é aí que está o nó da questão! – porque eu nunca fui um militante corporativo, eu sempre entendi a luta de uma forma ampla. Por conta da formação marxista que eu sempre tive, essa coisa da totalidade, para mim, sempre foi fundamental. Então, as pessoas me confundiam na APEOESP, achavam que eu era metalúrgico, me pediam holerite [folha de pagamento do salário]…

A grande mobilização de 2000
A grande mobilização de 2000

Uma vez, teve uma assembléia no Morumbi com 100 mil professores. Eu fiz uma defesa da continuidade da greve - que já estava expirando, com a língua pra fora – e a gente conseguiu estender um pouco mais a greve. Quando eu desci do caminhão [de som] tinha um monte de gente me pedindo holerite, para saber quem eu era, se eu era metalúrgico, se eu era professor [risos].

PP: A greve de 2000 é tida por você como um marco na mobilização desta categoria? Como foi construído este movimento?

T: Aquele movimento é um marco. Porque de lá pra cá não aconteceu mais nada. O governo se utilizou da perseguição a alguns militantes – como está fazendo com o Brandão lá na USP – para poder calar o conjunto. E, com esse sindicato que foi conivente com a nossa demissão, o governo tem todas as condições para impor o projeto que ele tem desde 1994 para a educação e fazer uma varredura. Aliás, já fizeram.

Hoje, quem fala que é oposição na APEOESP acaba levando sua militância para a desilusão. Quando a própria corrente que é considerada radical vota “estado de greve”, junto com a Articulação, o que ela acaba fazendo? Põe a sua própria militância em parafuso [desorientada]. Não existe mais uma disjuntiva na APEOESP.

Eu acho que, do ponto de vista sindical, o neoliberalismo cumpriu sua tarefa: levou todo mundo numa grande onda. Por outro lado, essa via parlamentar, como a eleição de Lula, Chavéz, Morales, abriu a perspectiva de que poderia surgir algo de novo. Nada disso aconteceu.

PP: Como foi o processo, na greve de 2000, que culminou na sua demissão e na de mais três companheiros?

T: Em 2000, a gente dirigiu a greve. Os caras [do sindicato] vinham com estes pacotes burocráticos de negociação, mas chegavam no caminhão [de som] e encontravam a gente. E lá, a gente ia mesmo dialogar com a massa: 40 mil, 50 mil votavam com a gente. Isso foi um marco! Depois que a gente aprovou o acampamento, ele acabou se tornando o Quartel General da greve; os professores só iam tomar banho, tomar café na APEOESP, que ficou sendo um sindicato-hotel [risos]. Mas o movimento vivo estava no acampamento da Praça da República. Tanto que, quando o Covas [então governador do estado de São Paulo] esteve presente lá, ele disse: “Como vocês podem deixar 5% dos radicais dirigir o movimento?” Não é que o sindicato não podia deixar, o problema era que o nosso trabalho na categoria era antigo, enraizado. Nós tínhamos trabalho de base: na escola, na região. Quando a gente falava em educação, mobilizava a molecada [miudagem] da escola, ia pra frente da Secretaria de Educação e “quebrava tudo”.

PP: E já naquele mesmo ano foram anunciadas as demissões?

"Aquele movimento é um marco. Porque de lá pra cá não aconteceu mais nada."
“Aquele movimento é um marco. Porque de lá pra cá não aconteceu mais nada.”

T: Sim, essas demissões já estavam engatilhadas. Eu tenho uma história de muita perseguição na APEOESP. Além dos sete processos criminais que o Roberto Felício [Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (1989 a 1993) e da APEOESP por duas gestões (de 1993 a 1999), hoje é Deputado Estadual pelo PT em São Paulo] abriu contra mim, juntava a repressão da época da ditadura. Por exemplo, aqui na APEOESP, poucos sabem que o único professor que esteve no DOPS [Departamento de Ordem Política e Social – principal órgão de repressão e tortura do regime militar] fui eu. Dessa história se perdeu tudo, não existe memória na APEOESP. O pessoal da oposição que olha nos arquivos diz que não encontra nada. Acabaram com tudo, com toda memória, entendeu? E isso tem a ver com a disponibilidade que o sindicato passou a ter com o aparato burguês. A APEOESP trabalhou muito em cima desse negócio de PT. Eu era da CUT antes de ela se filiar, eles a achavam muito radical [risos].

PP: E como você enxerga hoje a experiência da Conlutas [Coordenação Nacional de Lutas]?

T: Eu acho que a Conlutas perdeu uma grande oportunidade de se tornar uma organização de luta na greve da GM agora. Em vez de organizar uma forma de luta direta, ficou fazendo abaixo-assinado para ser criada uma MP [Medida Provisória] em que o Lula garantisse a estabilidade destes trabalhadores. E o pior é que para eles, trabalhador só é o cara de fábrica. Eles entendem que o sujeito do processo revolucionário ainda é o cara da fábrica, sujo de graxa, de macacão. Isso acabou. Hoje o sujeito do processo revolucionário é algo que a gente não sabe o que é mais. Esses movimentos atuais antiglobalização são movimentos que têm muito mais elementos de luta direta que o sindicato, que não consegue organizar este tipo de coisa. Em 1979, o Lula dizia: “trabalhador é trabalhador, metalúrgico é metalúrgico, estudante é estudante”. Depois é que eles foram se ajeitando e encontrando um sentido de classe. E hoje, quem é a classe? Quem são os proletários do mundo todo? Quem são os proletários na China, na Índia, no Brasil, na América Latina? Então… é um sindicalismo economicista, corporativista, legalista…

Socialismo ou barbárie? Com estas direções que aí estão? O Trotsky tinha razão ao fazer a crítica às direções, existe um problema de direção. Como é que o Sintusp [Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo], que tem 4 mil sócios, faz um puta de um barulho [um enorme barulho] desses e a APEOESP, com 130 mil sócios, não faz nada? Hoje a APEOESP não faz nem a defesa jurídica dos associados, quanto mais a defesa política!

PP: Qual foi a acusação legal que acarretou as exonerações?

T: Eles disseram que nós impedimos a entrada do governador na Secretaria de Educação. Quer dizer, isto foi o mote. Mas tem coisa no meio.

PP: Você não acha que aquela atitude do Covas foi premeditada?

O finado Covas desafiava os grevistas

O finado Covas desafiava os grevistas

T: Eu acho que foi e com a conivência da APEOESP. Porque cinco minutos depois do acontecido a diretoria do sindicato estava todinha no acampamento, e ela não ia lá; quem estava no acampamento era refratário a eles. Não ia ninguém, não iam deputados, até porque se fosse deputado nós íamos jogar ovo nele [risos]. Negócio [coisa] de Suplicy, Ivan Valente? Nada disso: “nós não queremos filho da puta nenhum aqui”. Quando deu cinco minutos eles estavam todos lá, a diretoria estava todinha ali. Inclusive, eles deram cobertura para o Covas sair dali.

PP: Os processos que se seguiram foram apenas no âmbito administrativo ou também no criminal?

T: Administrativo e criminal; no criminal nós ganhamos.

PP: E isto não fez reverter a decisão administrativa?

T: Não, porque os processos são desmembrados: o criminal não teve nada a ver com o administrativo. Agora, no caso dos 35 [os outros professores que testemunharam a favor de seus colegas e até hoje são indiciados por falso testemunho] não é desmembrado. Olha como são as coisas! Os 35 professores perseguidos foram acusados de falso testemunho porque disseram o seguinte: “Ninguém impediu o Mário Covas.” Aí retrucaram: “Mas se não impediram, por que tinham aquelas cadeiras, aquelas barracas?” Ou seja, foram acusados por falarem que ninguém foi impedido. Então assim, eu acho que foi um negócio [uma coisa] muito bem montado, que na época nós não sacamos [percebemos] e caímos. Por sorte eu não fui pego naquele dia, se não eu estava fudido. Os outros três foram presos. Eles eram meninos e não eram os mais radicais na greve. Um deles, o Claudinho, deu toda a proteção para o Covas sair da Secretaria, e, inclusive, a posição política dele era de não se chocar com o Estado em hipótese alguma. Mas os meninos foram presos na rua, sem terem nada a ver com a confusão daquele dia.

PP: E qual foi o impacto deste episódio para estes jovens militantes?

T: Imagina só, militância nova, chegaram a pegar cana [ser preso], cana brava [prisão temível]! No distrito não, mas a abordagem policial foi muito agressiva com eles. Um deles era soropositivo [seropositivo], ele largou dos coquetéis que estava tomando, largou dos remédios, largou de tudo; depois de pouco tempo faleceu. Imagina! O outro menino, o Marcos, de Mirassol, está com rim policístico. Rapaz, se você visse o estado dele, você não ia acreditar, ele está desfigurado, camarada. E a APEOESP paga uma ajuda de custo para ele, não é o salário integral. E uma pergunta que a gente faz pelos comunicados que lançamos por aí: se estes 35 forem demitidos, quem vai pagar o salário deles, e quanto vai pagar? Porque se depender da ajuda de custo o cara não vive.

PP: Hoje, estes exonerados têm algum vínculo financeiro com a APEOESP?

T: Sim, os três aceitaram. Eu não aceitei para não ser conivente com a demissão. Na época eu usei até um termo: “não vou usar dinheiro da máfia”. E outra, tem uma coisa muito clara para mim: estes caras [a diretoria do sindicato] são inimigos de classe. Eu disse: “Eu trato vocês como inimigos, me respeitem e me tratem também como inimigo”. E inimigo se trata no pau, não tem essa de ficar de conversinha pra cá, conversinha pra lá.

"E hoje, quem é a classe? Quem são os proletários do mundo todo?"
“E hoje, quem é a classe? Quem são os proletários do mundo todo?”

Você imaginaria que o sindicato iria virar isso aqui, agora? Está aplicando no mercado financeiro! O sindicato é sócio de companhia de aviação! Não tem mais essa de luta de classes. Isso aqui é uma pequena-burguesia que vem para estas reuniões e montam aquelas passeatas [manifestações] que parecem mais um velório; só faltam as velinhas na mão. Não tem uma faixa, não tem uma palavra de ordem, não tem nada, é uma romaria.

PP: Você mantém contato com os outros exonerados, há algum tipo de solidariedade entre vocês?

T: Mantemos. Inclusive o Marcos esteve na minha casa, faz um mês mais ou menos. Ele estava ótimo. Aí foi coisa de 15 dias eu o vi, ele estava totalmente desfigurado, acho que deram remédio errado para ele. O cara está inchado dos pés à cabeça. O Claudinho foi o único professor que conseguiu voltar a dar aula, porque nós prestávamos concurso e não entrávamos. Eu prestei concurso na prefeitura, quando a Marta Suplicy [do PT] era prefeita [presidente da câmara de São Paulo] e ela me barrou. E não foi por falta de movimento. Fomos com nove ônibus lotado de gente à frente da porta da prefeitura, mas quem nos atendeu foi a guarda municipal. Então, eu mantenho contato com eles, a gente se comunica, mantemos o respeito e a solidariedade. Esses dias perguntei ao Marcos: “Esses 700 reais que você ganha da APEOESP dá, pelo menos, para comprar remédio?” Ele respondeu que sim, então tudo bem.

PP: E qual foi a posição que a base do sindicato, de uma forma geral, tomou em relação às demissões?

T: Olha, não teve uma sub-sede que soltou uma matéria denunciando o caso do jeito que vocês estão fazendo [o professor se refere e aponta para versão impressa do Passa Palavra para a grande São Paulo, que traz na capa o artigo «A APEOESP e os exonerados na greve de 2000»]. Aí, agora, eles [a ala de oposição do sindicato] ficaram sabendo que eu estava com câncer [cancro] e vieram me oferecer uma ajuda. Eu disse: “Rapaz, me respeita, eu não sou doente, eu sou militante, e militante não fica doente nunca.” Eles vêm com essa de tratar a gente, mas é para rebaixar a discussão, entendeu? É esse o tratamento da oposição. Não sabia que estes trotskistas eram cristãos [risos], vêm com esse negócio de caridade. Não quero caridade, não.

PP: Mas, na época, foi criado um Comitê de Solidariedade aos Processados, não foi?

T: Foi, e chegou a ter 200 pessoas da base do acampamento envolvidas neste Comitê. Mas foi minando aos poucos: corrente [política] de cá, corrente de lá, muita corrente, acabou implodindo. No fim, a gente era os ultra-esquerdistas.

PP: E oficialmente, o sindicato não apoiou em nada?

"...eu acho que foi um negócio muito bem montado, que na época nós não sacamos e caímos."
“…eu acho que foi um negócio muito bem montado, que na época nós não sacamos e caímos.”

T: Hum! Uma materiazinha de jornal, mas nunca teve uma campanha firme, como está fazendo o Sintusp, tirar [organizar] uma greve porque foi demitido o Brandão. Isso nem passa pela cabeça da APEOESP. O negócio [coisa] foi o seguinte: quando teve a abertura dos processos contra nós, a procuradora-geral de justiça do Estado, da tal Comissão Processual, atuava dentro da Secretaria de Educação. O que você vai esperar de um negócio desses, qual a isenção disso aí? Um dia depois do Mário Covas ter passado lá no acampamento, a mulher foi lá na garoa [chuva], eu achei que ela era funcionária da Secretaria e perguntei:
- Escuta, você é funcionária?
- Não, não, eu sou a juíza que vai analisar…
- Ah! Você é uma vira-lata subserviente. Vai vir aqui debaixo dessa chuva, você está fazendo papel de serviçal, porra?

Já fui pra cima dela [risos]. Daí nós procuramos achar um advogado que abrisse o processo. Porque se fosse esses picaretas [trapaceiros] aí – Márcio Thomaz Bastos, Greenhalgh -, eles não abrem o processo. Aliás, não vêem nem a cara do cliente, eles mandam o escritório resolver a parada. O nosso advogado recebeu 70 mil reais, mas a condição era essa: “Você abre o processo pra gente, tudo que acontecer lá você vai nos passar.” Mas o cara era muito novato. Se não é na política, você não resolve este tipo de coisa. Juridicamente, é tudo dos caras [da parte de acusação].

PP: E quanto aos 35, tem algo sendo feito?

T: Nós estamos perguntando para eles por que eles não aparecem nas reuniões. Será que é o silêncio deles que vai garantir o pagamento em caso de demissão? Há uma dificuldade de reuni-los, nós estamos tentando reunir pelo menos dez; ainda estamos em oito. Qual que é? É uma troca que eles querem fazer, dinheiro pelo silêncio? Para mim é isso, não é outra coisa. Nunca se abriu uma discussão política para entender o significado destas demissões. Toda solidariedade que acontecer e não discutir o significado político disso é uma solidariedade burguesa. Na APEOESP não existe essa de ser solidário porque a justiça está atrás da gente. É um silêncio total, nunca se falou de nada, nem aqui nem nas subsedes.

PP: No caso de vocês houve algum apoio de outros setores da esquerda?

T: Isolamento total, total. Poucos sindicatos deram apoio: o Sintusp e um ou outro mais à esquerda. A APEOESP tem 90 subsedes, a oposição dirige umas 30 ou 40, se quisessem, dava pra fazer um barulho.

PP: Você não acha que faltou aliança com outros movimentos para que tivessem uma maior sustentação? Por exemplo, não seria essencial que os trabalhadores da rede pública de ensino superior atuem em conjunto, não falta uma aproximação maior entre estes dois setores?

T: Olha, entre a ADUSP [Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo] e o SINTUSP tem uma distância enorme. A ADUSP só está entrando na greve agora [a entrevista era realizada no dia 14/06, cinco dias após a tropa de choque invadir a cidade universitária] por causa da polícia, não é por causa de salário,

"Para eles o Brandão é maluco!"
“Para eles o Brandão é maluco!”

nem de Brandão. Eles querem é ficar longe do Brandão. Para eles o Brandão é maluco! Infelizmente, os sindicatos ligados à educação não defendem a educação, eles defendem dinheiro e mantêm uma atuação totalmente corporativista. Antigamente a gente tinha trabalho [de base] na escola, preparava a molecada. Discutia, deliberava, pintava uma faixa na escola, saía de lá com a molecada com a autorização dos pais e ia para a Secretaria de Educação, com pau, porrete… [risos]. É isso que eu falo para o pessoal: “Quer ser sindicalista? Vai ser primeiro professor.” Tem que dar aula, não deixar de entregar as coisas em dia e ser um excelente profissional. Pelo menos organiza os moleques na escola, organiza um conselho de escola, algum organismo que tenha um caráter político. Mas os professores estão muito distantes disto, querem mais é ganhar dinheiro para sobreviver. Por exemplo, a maioria aqui tem os filhos em escola paga, apesar de dar aula nas públicas. Eles são estranhos à luta por uma educação de classe.

Na minha demissão, os caras me pegaram na rua. A secretária de Educação ligava na escola e pedia um fax para saber se eu estava assinando o ponto, mas nunca me pegou, porque eu era um profissional.

PP: E hoje, qual o balanço que você faz do processo todo. Não considera que o grupo do acampamento foi muito radical e ficou isolado diante da categoria?

T: O problema do isolamento foi imposto, porque apoio tinha. Tinham noites que reuniam mil pessoas na Praça da República, entendeu? Setores anarquistas, setores marxistas, aposentados, gente de sindicato e cara que ia lá prestar solidariedade. O problema é que era na contramão de uma direção sindical. Na APEOESP, o método da luta direta é totalmente descartado. O método deles é o seguinte, uma dobradinha: eleger Bebel [atual presidenta do sindicato] para estadual [deputado estadual] e Robertão [atual presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação] para federal [deputado federal] [risos]. Com certeza! O quadro da APEOESP, hoje, está muito rebaixado, tem gente que não sabe fazer uma análise de conjuntura. Os bons, entre aspas, já estão todos no governo federal, ou com cargos ganhando acima de 5 mil reais. Então, nós fomos ultra-radicais? Acho que não.

PP: Tonhão, você acompanhou o levante social em Oaxaca, no México, em 2006? Como você recebeu este movimento que teve o professorado como um dos seus principais protagonistas?

T: Eu ia pra Oaxaca em janeiro daquele ano, mas em dezembro apareceu este tumor em mim. Eu acho que são estes movimentos que estão vivos, e você tem que ser vivo. Não se faz história se não for com o presente. O pessoal aqui hoje não faz nada. Por exemplo, podia pegar uma comissão aqui, ir lá na USP, chamar a unidade, fazer um ato junto, criar um fundo de greve ativo. Tem que ter um esforço pra reorganizar a luta.

PP: Professor, por último, gostaríamos de agradecer sua atenção e deixar um espaço para que acrescente algo (se quiser) antes de finalizarmos a entrevista.

T: Eu gostaria de parabenizar a iniciativa de vocês. A solidariedade de classe é que permite algum tipo de organização séria. Enquanto estiver discutindo com os camaradas - seja anarquista, seja marxista, seja maoísta, seja trotskista, seja cristão, seja o diabo que for - a questão da solidariedade, a gente considera uma luta justa. Além do mais, é uma luta democrática, não tem nada de ultra-esquerda. Então, gostaria de falar da satisfação que me dá em saber que iniciativas e organizações como a de vocês ainda existem. E eu acho isso brilhante!

Moção do grupo Pão e Rosas



Aos 40 anos da Batalha de Stonewall, quando homossexuais se enfrentaram com a polícia de Nova Iorque, Marcelo Campos Barros, trabalhador, jovem, negro e homossexual, é assassinado por um grupo de extrema direita em São Paulo. Nós, mulheres do Pão e Rosas, rechaçamos seu assassinato e exigimos a punição de todos os assassinos. Lutamos contra essa sociedade de exploração e opressão, que obriga homossexuais a ocultar sua identidade e seus desejos.
Abaixo a violência homofóbica e racista!
Abaixo a violência policial!
Pelo direito à livre orientação sexual!
Somos todas Marcelo Campos.

http://www.nucleopaoerosas.blogspot.com

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Universidade é democrática? Claro que não!

Divulgo aqui a pesquisa que recebi por correio eletrônico, feito por estudande da Unesp-Rio Preto:


Bom, sem muito o que fazer, resolvi explorar um pouco estatisticamente as estruturas de poder da Universidade e encontrei dados interessantes para começarmos a discutir as bandeiras que o movimento estudantil vai erguer (após a greve dos trabalhadores da USP ter levantado estadualmente esse questionamento) sobre esse tema.

Desde já, eu deixo claro aqui que defendo diretas-ja para os cargos da reitoria, sufragio universal nas eleições de todos os cargos administrativos, liberdade de toda a comunidade acadêmica de se candidatar para os cargos administrativos e um governo universitário tripartite com maioria estudantil.
Uma proposta o mais próximo de democrática possivel, que, como vocês verão ao fim da exposição, não é nada revolucionária!


DADOS DA UNESP (anuário de 2008, base de dados de 2007):

Numero de Professores: 3.354 ou 6% da comunidade acadêmica

Número de Professores Titulares (MS-6): 207 ou 0,36% da comunidade acadêmica

Número de Professores Doutores (MS-3, MS-4 e MS-5): 2.928 ou 5,25% da comunidade acadêmica

Numero de Professores Assistentes (MS-1 e MS-2): 219 ou 0,39% da comunidade acadêmica



Numero de Funcionários: 6.984 ou 12% da comunidade acadêmica



Numero de Estudantes: 46.456 ou 82% da comunidade acadêmica

Numero de Estudantes da Pós-Graduação: 12.031 ou 21% da comunidade acadêmica

Número de Estudantes da Graduação: 34.425 ou 61% da comunidade acadêmica



NUMERO DE CADEIRAS NO CONSELHO UNIVERSITÁRIO:

Reitor, vice-reitor e os 5 Pró-reitores (APENAS Professores Titulares, os dois primeiros são INDICADOS pelo governador e os outros 5 são INDICADOS pelo reitor): 7 cadeiras ou 9% do plenário

Diretores das unidades (APENAS Professores Doutores e/ou Titulares, são eleitos pela comunidade acadêmica por votação na proporção: 70% de peso para os votos dos docentes, 15% de peso para os votos dos funcionários e 15% de peso para os votos dos estudantes): 25 cadeiras ou 32% do plenário

Docentes (TODOS os Professores, votados somente pelos Professores) : 24 cadeiras ou 30% do plenário

Funcionários (TODOS os Funcionários, votados somente pelos Funcionários) : 11 cadeiras ou 14% do plenário

Estudantes (TODOS os Estudantes, votados somente pelos Estudantes): 10 cadeiras ou 12,4% do plenário

Representante da FAPESP (normalmente o seu presidente, mas é INDICADO pela própria FAPESP): 1 cadeira ou 1,3% do plenário

Representante da FIESP (Federação Industrial do Estado de São Paulo), também INDICADO pela mesma: 1 cadeira ou 1,3% do plenário



PERCENTUAL DE PODER DE CADA SEGMENTO SOBRE AS DECISÕES E OS RUMOS DA UNESP*:

Professores Titulares (MS-6): 45,27%

Professores Doutores (MS-3, MS-4 e MS-5): 21,86%

Professores Assistentes (MS-1 e MS-2): 16,36%

FAPESP: 7%

FIESP: 7%

Funcionários: 2,21%

Estudantes: 0,3%



PROPOSTA 1:

* Diretas-já para reitor, vice-reitor e pró-reitores

* Paridade nas votações para todos os cargos administrativos (reitor, vice-reitor, pró-reitor, diretor, chefes de departamento, coordenador de curso)



Mantém-se o Conselho Universitário da mesma maneira, se mantém como candidatos à reitoria e à diretoria apenas Professores (titular, doutor ou assistente)



PERCENTUAL DE PODER DE CADA SEGMENTO SOBRE AS DECISÕES E OS RUMOS DA UNESP*:

Professores Titulares, Doutores e Assistentes (MS-1, MS-2, MS-3, MS-4, MS-5 e MS-6): 51,06%

FAPESP: 16,25%

FIESP: 16,25%

Funcionários: 14,33%

Estudantes: 2,11%



PROPOSTA 2:

* Diretas-já para reitor, vice-reitor e pró-reitores

* Paridade nas votações para todos os cargos administrativos (reitor, vice-reitor, pró-reitor, diretor, chefes de departamento, coordenador de curso)

* Que qualquer membro da comunidade acadêmica possa se candidatar para os cargos administrativos (reitor, vice-reitor, pró-reitor, diretor, chefes de departamento, coordenador de curso)

* Paridade entre os três segmentos no Conselho Universitário

* Retirar as cadeiras da FAPESP e da FIESP do Conselho Universitário



NUMERO DE CADEIRAS NO CONSELHO UNIVERSITÁRIO:

Reitor, vice-reitor e os 5 Pró-reitores: 7 cadeiras ou 8,75% do plenário

Diretores das unidades: 25 cadeiras ou 31,25% do plenário

Docentes (TODOS os Professores, votados somente pelos Professores) : 16 cadeiras ou 20% do plenário

Funcionários (TODOS os Funcionários, votados somente pelos Funcionários) : 16 cadeiras ou 20% do plenário

Estudantes (TODOS os Estudantes, votados somente pelos Estudantes): 16 cadeiras ou 20% do plenário



PERCENTUAL DE PODER DE CADA SEGMENTO SOBRE AS DECISÕES E OS RUMOS DA UNESP*:

Professores Titulares, Doutores e Assistentes (MS-1, MS-2, MS-3, MS-4, MS-5 e MS-6): 64,41%

Funcionários: 30,94%

Estudantes: 4,65%



PROPOSTA 3:

* Diretas-já para reitor, vice-reitor e pró-reitores

* Sufrágio Universal nas votações para todos os cargos administrativos (reitor, vice-reitor, pró-reitor, diretor, chefes de departamento, coordenador de curso)

* Que qualquer membro da comunidade acadêmica possa se candidatar para os cargos administrativos (reitor, vice-reitor, pró-reitor, diretor, chefes de departamento, coordenador de curso)

* Paridade entre os três segmentos no Conselho Universitário

* Retirar as cadeiras da FAPESP e da FIESP do Conselho Universitário



PERCENTUAL DE PODER DE CADA SEGMENTO SOBRE AS DECISÕES E OS RUMOS DA UNESP*:

Professores Titulares, Doutores e Assistentes (MS-1, MS-2, MS-3, MS-4, MS-5 e MS-6): 56,04%

Funcionários: 31,40%

Estudantes: 12,56%



PROPOSTA 4:

* Diretas-já para reitor, vice-reitor e pró-reitores

* Sufrágio Universal nas votações para todos os cargos administrativos (reitor, vice-reitor, pró-reitor, diretor, chefes de departamento, coordenador de curso)

* Que qualquer membro da comunidade acadêmica possa se candidatar para os cargos administrativos (reitor, vice-reitor, pró-reitor, diretor, chefes de departamento, coordenador de curso)

* Representatividade no Conselho Universitário de acordo com a quantidade de membros na comunidade acadêmica do respectivo segmento

* Retirar as cadeiras da FAPESP e da FIESP do Conselho Universitário



NUMERO DE CADEIRAS NO CONSELHO UNIVERSITÁRIO:

Reitor, vice-reitor e os 5 Pró-reitores: 7 cadeiras ou 8,75% do plenário

Diretores das unidades: 25 cadeiras ou 31,25% do plenário

Docentes (TODOS os Professores, votados somente pelos Professores) : 3 cadeiras ou 3,75% do plenário

Funcionários (TODOS os Funcionários, votados somente pelos Funcionários) : 6 cadeiras ou 7,5% do plenário

Estudantes (TODOS os Estudantes, votados somente pelos Estudantes): 39 cadeiras ou 48,75% do plenário



PERCENTUAL DE PODER DE CADA SEGMENTO SOBRE AS DECISÕES E OS RUMOS DA UNESP*:

Professores Titulares, Doutores e Assistentes (MS-1, MS-2, MS-3, MS-4, MS-5 e MS-6): 51,47%

Funcionários: 31,71%

Estudantes: 16,82%



Fica evidente, por meio dos números, que o sufrágio universal e um governo tripartite, com maioria estudantil, não é uma “Proposta Revolucionária”, nem mesmo chega a ser uma “Proposta realmente democrática”. Mas, com toda a certeza, é a proposta que mais se aproxima de uma democratização das estruturas de poder da Universidade.

O medo dos docentes burocratas é tanto em perder o status quo proporcionado por essa atual estrutura de poder da universidade que eles não conseguem enxergar que, a proposta mais radical do movimento estudantil, ainda OS mantém no controle de mais de 50% da Universidade! !!



* A porcentagem foi calculada baseada na possibilidade de participação de cada individuo da comunidade acadêmica no Conselho Universitário e na sua participação na forma de ‘eleitor’, ou seja, no peso do seu voto, para as cadeiras ocupadas pelos gestores administrativos no Conselho Universitário (diretores e reitoria), levando em conta a quantidade de indivíduos da sua categoria que compõe a universidade!




Abraços,

Adriano (Porra)


UNESP - Rio Preto

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lobos em pele de cordeiro: empresas investindo em educação?



Nada mais me estranha nesses tempos de barbárie. A última que fiquei sabendo é que diversas empresas, por meio de uma (creio eu) ONG chamada “Parceiros da Educação”, sob a coordenação do grupo Pão de Açúcar, resolveram ajudar a população, investindo nas escolas públicas. Algumas delas: Instituto Vivo, Dicico, FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado, Itaú BBA, Suzano Papel e Celulose, Tecnisa, Iguatemi Empresa de Shopping Centers, BASF / Suvinil , Nizan Guanaes – Grupo ABC, Porto Seguro Seguradora.
Com recursos destinados, em sua maioria, para a estrutura física da escola e material pedagógico (como se não tivessem excelentes livros nas escolas aprisionados em bibliotecas trancafiadas), dizem agir de boa vontade, para melhorar o sistema, através de “sua experiência em administração de recursos e gestão de negócios, para tornar a escola brasileira um modelo de eficiência e de resultados” (site do emprendimento). Agora, sabemos que não existe empresa humanista, que pessoa jurídica pensa em lucro, não em pessoas, como explica muito bem no filme canadense “Corporações”, e que se tivessem algum bom senso social, baixariam os preços de seus serviços para pessoas carentes e melhorariam as condições de trabalho de seus funcionários. Qual é a dessa gente? Se alguém souber por favor me digam, há algo de podre no reino do Brasil, onde empresas se infiltram nas instituições públicas, a pretexto de auxiliarem, vão ficando, tomando espaço, formam fundações e acabam administrado todo um sistema, vide o PDI do Serra, a transferência da administração da ULM (Universidade Livre de Música), do Projeto Guri, do Conservatório de Música de Tatuí para empresas privadas, e com discurso de melhorias aparentes (pois melhorias reais ocorreriam com investimentos nas condições sociais da clientela de escola pública, como moradia, emprego, saneamento básico, segurança, saúde), em troca apenas de publicidade?? Siim, pois a condição é que a escola contemplada melhore o desempenho no SARESP (provão das crianças), e eles vão dizer que é graças a empresa que colocou recursos no ambiente! Não é ruim qualquer apoio à alguma instituição pública, mas ficam muitas dúvidas no ar, e suspeitas escabrosas:
_ Se a vontade de ajudar for real, por que o critério do SARESP? E por que não pegar as que tiverem o pior rendimento SARESP, logo as que mais precisam de recursos?
_ O governo dará algum incentivo fiscal para isso? E se der, por que não melhora ele mesmo as condições das escolas, do número de funcionários, dos valores salariais ao invés de pagar as empresas pra isso? (Como no caso do ProUni, ao invés de ampliação de recursos nas Universidades Públicas)
_ Não seria um caminho para lavagem de dinheiro?
_ Quem disse que estudante é máquina para melhorar “a eficiência de resultados”?
_ Estão querendo formar alguma opinião de que o setor privado é muito mais competente que o Estado na administração de recursos?
E se o SARESP avalia principalmente português e matemática, teremos investimentos para disciplinas como Artes, Ed. Física, História e Geografia???
Estou vendo maldade demais? Segue um trecho do texto de um camarada, retirado do site Passa Palavra e republicada nesse blog em 17/06/09: “A educação promovida pelo Estado (assim como a privada) visa manter o sistema capitalista em funcionamento, produzindo a mão-de-obra que será explorada pelos capitalistas. Essa mão-de-obra terá uma falsa formação, pois aprende apenas o suficiente para ler, escrever, fazer contas simples, “ser rápido no olho” e apertar botões. Isso é ideal para os empresários que irão explorar essa massa de pessoas “formadas” no ensino público e que não são capazes de fazer uma reflexão crítica sobre sua situação social de escravidão disfarçada na sociedade capitalista. A falta de ensino de qualidade os fará acreditar que ser explorado pelos empresários, banqueiros e governos é normal. É preciso um clamor por mudanças.” E o caso é que os lobos, agora se fantasiam de cordeiro!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Abaixo a ditadura da Igreja e da Reitoria na PUC-SP! Reincorporação imediata das 4 terceirizadas demitidas!

Fonte: Pão e Rosas

No mês passado, mulheres terceirizadas do serviço da limpeza da PUC empregadas pela Higilimp, divulgaram uma nota no jornal PUCVIVA denunciando as péssimas condições de trabalho em que se encontravam na PUC: recebem seus benefícios atrasados todos os meses, tendo que tirar dinheiro do próprio bolso para pagar o transporte;se faltam um dia, mesmo apresentando atestado médico, perdem a cesta básica do mês; são obrigadas a fazer suas refeições em um ambiente insalubre com baratas passando no refeitório, onde lhes é oferecido pão mofado para comerem; trabalham com materiais de péssima qualidade, entre outras denúncias.

Porém, nessas últimas semanas, quatro funcionários foram demitidos arbitrariamente pela Higilimp: duas por terem feito a denúncia ao PUCVIVA, uma por ter procurado seu sindicato e um que cumpre aviso prévio. A Reitoria, através do Pró-Reitor Hélio Deliberador, se eximiu de qualquer responsabilidade, com a benção da Fundação São Paulo, o que na verdade só demonstra a conivência da Reitoria com esse tipo de super-exploração do trabalho, reforçando a fala do Reitor Dirceu de Melo sobre a terceirização na última Audiência Pública: “Acho interessante.”

Perguntamos: O que há de interessante no trabalho semi-escravo dentro da nossa Universidade? É então sob o consentimento de Dirceu de Melo e sob a benção da Fundação São Paulo que estas mulheres que reivindicavam o mínino de melhorias condições de trabalho foram demitidas de forma autoritária e sem direito de defesa, com o objetivo claro de calar todos aqueles que querem se organizar para lutar por seus direitos. Perseguição e punição de qualquer trabalhador que tenta se organizar para lutar por melhores condições de trabalho? Voltamos a Ditadura Militar!

A Reitoria tem que parar com o discurso de que o problema está na empresa contratada, já que tanto nós quanto o Reitor sabemos muito bem que qualquer outra empresa que a PUC contrate vai manter essas condições de trabalho humilhantes. Por isso, exigimos a imediata suspensão dessas demissões e incorporação desses trabalhadores ao quadro de funcionários da Universidade, com os mesmos salários e direitos dos efetivos. Chamamos todas as entidades estudantis da PUC-SP, assim como a APROPUC e a AFAPUC, e também todos estudantes, professores e funcionários efetivos a colocar de pé uma ampla campanha contra a ditadura da Igreja e da Reitoria!

Pela recontratação das funcionárias terceirizadas demitidas por denunciarem as más condições de trabalho! Pela incorporação dos terceirizados ao quadro de funcionários efetivos da PUC!

Pão e Rosas PUC-SP
01 de junho de 2009

Kassab não se mistura. Saia às ruas Kassab!

Olha o Kassab chegando no trabalho e abaixo os trabalhadores tentando ir para o trabalho !!!! Na volta pra casa é a mesma coisa. Esse é o candidato do Serra, ambos, juntamente com Gilmar Mendes, não saem às ruas em São Paulo, não entram no mar de gente. Claro, não sabem nadar, e logo se afogariam! Fora Serra e Kassab 2010!








quarta-feira, 1 de julho de 2009

Investigar livros pornográficos na educação paulista pra quê, se os responsáveis são tucanos serristas?

Fonte: Cloaca News

- Ordem foi dada em telefonema pessoal, há duas semanas

- Responsáveis pela lambança dos pornolivros são amigas "velhas de guerra" do tucano

- Esquemas do secretário-lobista seguem de vento em popa na Secretaria de Educação paulista

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De acordo com o "enrolômetro" que instalamos em nossa barra lateral, o prazo que o governador Zé Chirico determinou para apurar as "responsabilidades" acerca dos livros pornodidáticos distribuídos para as crianças da escolas estaduais paulistas já está esgotado faz tempo. Fomos gentis com o tucano, e decidimos contar apenas os dias úteis. Também por este critério, Serra não cumpriu a promessa que fez em cadeia de rádios, tevês e jornais. O governador de São Paulo - com a conivência da mídia bandida que o acoberta - mais uma vez fez a população de palhaça.
Desde o início, sabia-se de quem era - e é - a "responsabilidade" pela escolha e pela aquisição dos livros didáticos no governo tucano. E, assim como Serra determinou que a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) fizesse um inquérito de fancaria, ele próprio encarregou-se de sustar as investigações. Telefonema de viva voz, sem intermediários.
Àquela altura, uma das verdadeiras responsáveis pelas desastradas "escolhas" esforçava-se para jogar no colo de subordinados a conta pelas suas trapalhices. Seu nome: Iara Prado. Outras duas personagens que surgiriam nas diligências, caso o negócio fosse pra valer: Zuleika de Felice Murrie e Claudia Aratangy. Juntas, estas três "professoras" são as Damas de Ouro de Zé Chirico e as fiéis escudeiras do secretário-lobista Paulo Renato Souza.
Qualquer criança, utilizando um dos computadores alugados a peso de ouro da CTIS pela Secretaria da Educação paulista, não terá dificuldade alguma em descobrir a quanto tempo remonta a fraternidade entre as distintas "servidoras" e os dois ex-ministros de FHC. Iara Prado, a propósito, é casada com um certo Antônio de Pádua Prado Júnior, vulgo Paeco, dono da empresa APPM, em cuja seleta lista de clientes encontramos todas as agências de propaganda que atendem as contas do governo tucano.
Iara, Zuleika e Claudia não poderiam aparecer nos relatórios da sindicância. Assim como não poderia vir à tona o nome de uma certa senhora Eliane Mingues, responsável pelas compras ordenadas, em cadeia hierárquica, pelas três primeiras. Sua presença na FDE é cercada de indecifrável mistério, visto que não há qualquer registro de sua nomeação para aquele órgão publicado no Diário Oficial.
Para conhecer os bastidores da "sindicância" fajuta de José Serra, clique aqui.
Para ver e ouvir Iara Prado falando sobre o Programa Ler e Escrever, da FDE, clique aqui.
Para conhecer o papel de Claudia Aratangy na patacoada dos pornolivros, clique aqui.
Para ver Zuleika em ação, clique aqui.
E para ver como Eliana Mingues já é da patota desde priscas eras, clique aqui.
Este blog "anônimo" informa, ainda, que os dados para a quebra de nosso sigilo telemático para fins de processo judicial encontram-se na barra lateral, à direita, logo abaixo do "enrolômetro" de José Serra.

Pelas fábridas ocupadas por trabalhadores

Ocorre mais um ataque ao movimento das fábricas ocupadas no Brasil, abaixo o modelo de moção explica a situação. É urgente a solidariedade de todos os militantes de esquerda, para defender o movimento e o coordenador da fábrica ocupada Flaskô, Pedro Santinho.

Lista de e-mails para enviar a moção:

gabinete.df.gmf@fazenda.gov.br,
se.df@fazenda.gov.br,
luis.adams@fazenda.gov.br,
giuliana.lenza@pgfn.gov.br,
psfn.sp.campinas@pgfn.gov.br,
mobilizacaoflasko@yahoo.com.br

MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES DA FLASKÔ


Ministério da Fazenda Nacional

Sr. Ministro Guido Mantega - gabinete.df.gmf@fazenda.gov.br
Sr. Secretário-Executivo Nelson Machado - se.df@fazenda.gov.br
Fax: (61) 3412-1824


Procuradoria Geral da Fazenda Nacional

Dr. Luis Inácio Lucena Adams - luis.adams@fazenda.gov.br
Fax: (61) 3412-1784


C/C Procuradoria da Fazenda Nacional em Campinas

Dra. Giuliana Maria Delfino Pinheiro Lenza
giuliana.lenza@pgfn.gov.br
psfn.sp.campinas@pgfn.gov.br
Fax: (19) 2101-9260


Com indignação e espanto, tomamos conhecimento que o Sr. Pedro Alem
Santinho, dirigente eleito na fábrica ocupada Flaskô, recebeu no último dia
08 de junho intimação da Justiça Federal de São Paulo, a pedido da
Procuradoria da Fazenda Nacional, para que pague cerca de R$ 139.000,00 de
dívidas dos antigos proprietários da fábrica que foi ocupada pelos
trabalhadores em 12 de junho de 2003, como última medida para manter os
empregos e os direitos daqueles pais e mães de família. Medida extrema, mas
necessária para manter os empregos.


Desde então, os trabalhadores da Flaskô têm pedido apoio ao governo para que
encontre uma solução para estes empregos. Com o objetivo de encaminhar
medidas nesta direção, o Conselho de Fábrica já esteve reunido com esta
Procuradoria e com vários ministérios, sempre com o fim de manter os
empregos.


Se não bastassem todas as ameaças de fechamento, como as diversas penhoras
de faturamento, o que nos surpreende agora é a cobrança de dívidas, geradas
pelos antigos patrões, de um trabalhador da fábrica. Realizada de forma
arbitrária e ilegal, esta atitude nos parece mais uma medida de
criminalização das lutas sociais, uma vez que, ao mesmo tempo, é publico e
notório que os antigos patrões não são cobrados por estas dívidas.


Assim, pedimos que seja suspensa qualquer ameaça aos dirigentes da fábrica
Flaskô, e que este Ministério, em conjunto com a Procuradoria da Fazenda
Nacional, receba os trabalhadores urgentemente!


Sem mais,


Local, Data


_________________________
NOME/ENTIDADE