Fonte: Magistério em Dança
Comissão de Educação do Senado aprova décimo quarto salário para professores de escolas com bom desempenho
Brasília - A Comissão de Educação do Senado aprovou hoje (10) um projeto de lei que prevê o décimo quarto salário para professores de escolas que tiverem bons resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A matéria precisa agora passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e depois, pela a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na qual tramitará em caráter terminativo.
O projeto, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), prevê que, para ter direito ao décimo quarto salário no final do ano, os professores precisam elevar o Ideb de sua escola em pelo menos 50%. Também serão beneficiados profissionais de escolas que alcançarem um índice igual ou superior a sete.
O indicador foi criado em 2005 e avalia a qualidade do ensino público a partir do desempenho dos alunos na Prova Brasil e das taxas de aprovação. Escolas, municípios e estados ganham uma nota, em uma escala que vai de zero a 10. A média nacional em 2007 foi de 4,2 pontos para os anos inciais do ensino fundamental. O novo Ideb será divulgado em 2010.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, a proposta é “complicada” porque beneficia alguns professores e não garante o direito a todos. “Premiar por mérito é ruim para a educação, isso precisa ser muito bem pensado. Nós somos contra a esse tipo de medida”, disse à Agência Brasil.
Na avaliação dele, o projeto não leva em conta as condições de trabalho do professor e da própria escola, fatores que influenciam no desempenho do aluno. “Muitos docentes trabalham em colégios que ficam em regiões difíceis que não permitem que o Ideb seja alto. O melhor prêmio é uma carreira com critérios claros e democráticos de evolução. A boa avaliação é aquela que permite a análise do problema”, defende o presidente da entidade.
Fonte: Agência Brasil
Concordo com Roberto Leão, a verba deveria levar em consideração as escolas com índice pior, localizadas em situação precária, nas periferias. E 50% de aumento é muito e, como no SARESP, limitado, pois isso não ocorrerá muitas vezes seguidas. Essa, meu caro Cristóvam, não foi boa.
Educador que não se cala.
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