terça-feira, 30 de março de 2010

Mais greve na cabeça de Serra! A cidade vai parar!!!! (e não vai ser só o trânsito)

Leia com Cuidado! Reportagem do PIG!

Fonte: UOL

Funcionários da USP, Unicamp e Unesp farão paralisação nesta terça-feira
Da Redação
Em São Paulo
Atualizado às 10h59

Funcionários da USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) planejam fazer nesta terça-feira (30) paralisação pela isonomia salarial entre professores e funcionários. Os trabalhadores devem fazer atos em cada uma das universidades e prometem iniciar greve, caso não haja negociação.

Em nota, o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) afirma que a quebra de isonomia ocorreu quando o Cruesp (Conselho de reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) concedeu reajuste retroativo a fevereiro de 6% somente aos professores das universidades.

"Relembramos que, nos últimos anos, o Cruesp se negou seguidamente a atender nossas reivindicações sempre remetendo à necessidade de preservar a isonomia salarial nas universidades", diz o sindicato.

Em 16 de março, o Sintusp havia se reunido com o novo reitor da USP, João Grandino Rodas, para discutir a quebra de isonomia. De acordo com nota do sindicato, o reitor havia afirmado que iria procurar os reitores da demais universidades para encaminhar a reivindicação. Além da isonomia, os funcionários também reivindicam a resolução de outras questões, como a demissão de Claudionor Brandão, ex-diretor do Sintusp.
Conflito

Para Magno de Carvalho, diretor de base do sindicato, esse será um ano "complicado" na USP: "Esse reitor diz que não quer conflito, mas ele já arrumou um dando esse aumento só para professores".

A justificativa do reitor para o aumento somente para os professores, segundo Carvalho, foi a de que a universidade haveria feito uma equiparação de salários com os docentes das universidades federais. "Essa alegação é absurda. Se é para unificar [o valor dos salários], tem que unificar para todos, porque o aumento, nas federais, valeu para todo mundo", explica.

O sindicato pretende unir forças com os alunos, que reivindicam melhoria das condições de permanência estudantil: "Vamos juntar nossas forças com os estudantes e estamos prevendo que a coisa vai ser feia. Esperamos que não aconteça o que aconteceu em 2009", diz.

domingo, 28 de março de 2010

P2 tenta incriminar manifestantes! Barbárie contra porfessores!

Foi a verdadeira barbárie da didatura se mostrando contra os professores, policiais infiltrados para prender-nos e o pior, incriminar professores com atos de vandalismos.

Segue relato retirado do portal vermelho.

Texto: Leonardo Severo*

Também escrevo com dor, intensa, devido às queimaduras nos dois braços e mãos provocadas pelos sprays químicos, covardemente atirados pelos policiais militares sobre quem fotografava de perto, documentando próximo demais para quem tudo quer encobrir. Depois, a versão oficial ganha as tintas da verdade nos jornalões e informação mercadoria cobre as emissoras de rádio e televisão.

Gás pimenta contra jornalistas

Antes de dar continuidade, cito o saudoso conterrâneo Apparício Torelli, mais conhecido como o Barão de Itararé, que daria boas risadas do cenário montado por José Serra nos meios de comunicação. Uma mídia que até para ser venal podia ter algum limite. Vendo o quão tosca foi a cobertura, quão partidarizada e ideologizada em favor do escárnio dos educadores, não há como fazer chacota deste tipo de “jornalismo”.

Dizia o Barão: “Um bom jornalista é um sujeito que esvazia totalmente a cabeça para o dono do jornal encher nababescamente a barriga” e que “a televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana”..

Vamos aos fatos:

Foi montada uma barreira impedindo o deslocamento de dezenas de milhares de professores em greve que, enfrentando a chuva e os inúmeros bloqueios da Polícia Militar, conseguiram chegar até a avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi.

O comando da paralisação, que Serra diz ser de 1%, até o dia de hoje não havia conseguido sequer ser recebido pelo governo. Nesta sexta uma comissão foi recepcionada finalmente no Palácio, mas o mesmo governo que alega não haver greve, diz que só iria negociar com a volta à aula dos grevistas.

Naquele mesmo instante, sob ordens do governador que já havia fugido da cidade, pessoas vestidas com a farda da Polícia Militar abriram fogo contra manifestantes que queriam respaldar a negociação, mas foram recebidos com golpes de cassetetes, balas de borracha e bombas de efeito “moral”. Tinham que ficar no seu lugar. Ali era local reservado a autoridades e bacanas. Os professores não eram nenhum dos dois.

Diante do impasse e da decisão do governo tucano de manter o arrocho salarial – os professores acumulam perdas de 34,3% -, da continuação do escárnio da política de bônus, provinhas e provões, sem qualquer Plano de Carreira, com as salas superlotadas, com os laboratórios e bibliotecas caindo aos pedaços, com o fechamento de turnos e escolas, a greve continua. E nova assembleia foi convocada para a próxima quarta-feira, dia 31 de março.

Só truculência

Com as costas perfuradas por duas balas de borracha, Thiago Leme, professor de biologia da Escola Estadual Metalúrgico, em São Bernardo do Campo, relatou: “Não espero absolutamente nada deste governo, somente que saia o mais rápido possível. Somos uma categoria profissional digna e deveríamos ser tratados como seres humanos. Infelizmente, a imprensa é parte deste sistema corrupto e vamos ter amanhã as versões dos fatos que eles inventarem sobre hoje”.

Com as duas pernas sangrando, atingidas por bombas de efeito moral, Sílvio Prado, professor de História de Taubaté, desabafou: “Deste governo a gente não pode mais esperar nada, só truculência”.

Sindicalista, Policial Civil, Jeferson Fernando foi confundido com um professor, mantido preso e espancado por cerca de três horas e levado ao 34ª DP de Francisco Morato. Com a roupa rasgada e acompanhado por dirigentes do Sindicato, Jeferson foi até a Corregedoria denunciar os inumeráveis abusos dos quais foi vítima.

Professor de Filosofia em Jundiaí, Fernando Ribeiro presenciou quando um dos muitos policiais infiltrados pelo governo na manifestação “tentava atear fogo em um veículo, buscando incriminar os manifestantes”. Com o policial à paisana identificado, professores e estudantes saíram à caça do marginal que buscou refúgio entre os policiais militares. “Tentaram colocar fogo no carro para culpar o protesto. Como agiram com muita força, numa ação desproporcional, queriam uma justificativa”.

Governo perdeu a cabeça

Coordenador da representação do funcionalismo público estadual e vice-presidente estadual da CUT, Carlos Ramiro de Castro (Carlão) foi atingido na testa por um estilhaço de uma das bombas lançadas a esmo pelos policiais. Tranquilo, Carlão foi categórico: “O governo perdeu a cabeça e está desesperado. A razão está do nosso lado, venceremos!”
A professora Maria Izabel (Bebel), presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Público Oficial do Estado de São Paulo), também denunciou os provocadores "infiltrados" pelo governo estadual para deslegitimar a manifestação pacífica e exortou a categoria a ampliar a mobilização e se fazer presente na próxima quarta-feira na Paulista. “Tentaram nos colocar de joelhos, mas estamos aqui, de cabeça erguida, exigindo o respeito que esta maravilhosa categoria merece”.

A presidenta da União Municipal dos Estudantes de São Paulo (UMES), Ana Letícia, sublinhou que “os professores nos enchem de orgulho pois estão enfrentando com garra e coragem a covardia e a mentira do desgoverno Serra. Contem conosco para seguir em frente na defesa da melhoria da qualidade do ensino público”.

De acordo com o deputado estadual Roberto Felício (PT), o simples fato das direções de escola terem sido instruídas pelo governo a não informarem sobre a paralisação é um forte indício do respaldo do movimento junto à categoria, “que está na linha de frente, pois não foge da luta”.

Sem freio

Conforme o deputado estadual Major Olímpio (PDT), liderança dos policiais militares, o que o governo estadual fez foi usar de toda a sua truculência e o seu aparato repressivo em vez de abrir negociação com os professores. “Os manifestantes vieram para dialogar, mas o governo tucano os recebeu como numa guerra”, frisou.

Para os incautos que ainda alimentavam alguma ilusão em relação ao caráter de José Serra, vale o comentário de um ex-amigo seu, Flávio Bierrenbach, ex-deputado e ministro do Superior Tribunal Militar: “Serra entrou pobre na Secretaria de Planejamento do Governo Montoro e saiu rico. Ele usa o poder de forma cruel, corrupta e prepotente. Poucos o conhecem. Engana muita gente. Prejudicou a muitos dos seus companheiros. Uma ambição sem limite. Uma sede de poder sem nenhum freio".

Agora, vamos freá-lo!


*Leonardo Severo, jornalista, é editor do Portal da CUT

quinta-feira, 25 de março de 2010

Representante da cultura da Inglaterra critica atual Lei Rouanet!

Fonte: Reforma da Lei Rouanet, que por sua vez foi copiado da Folha.
Leia com cuidado! Notícia do P.I.G. (partido da imprensa golpista)

“Política não é feita para os artistas”
Folha de S. Paulo - SP, Da Reportagem local, em 24/03/2010

Em visita a SP, diretor de departamento cultural da Inglaterra diz que Estado deve priorizar população e não produtores

Orçamento público para a Cultura, no Reino Unido, é de 2 bilhões de libras, o equivalente a R$ 5,3 bi; MinC teve R$ 1,3 bi em 2009

Após passar por São Paulo, Michael Elliott, diretor de Cultura do Departamento de Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido, seguiu para o Rio, onde buscaria conhecer, sobretudo, projetos, como o Afro Reggae e alguns Pontos de Cultura, que mesclam ações sociais e culturais. “Temos uma política institucionalizada, mas nos interessa ver o que vocês têm feito no Brasil, até porque noto que há um debate em andamento, que divide regiões do país e também alguns tipos de produção.” (Ana Paula Sousa)

FOLHA - O Brasil, há 20 anos, decidiu separar os ministérios da Cultura e da Educação. No Reino Unido essa hipótese alguma vez foi discutida?

MICHAEL ELLIOTT - É claro que vemos a Cultura como algo, por si, importante, mas consideramos natural trabalhar em conjunto com nossos colegas da educação. Só assim conseguimos envolver as famílias e crianças em nossos projetos.

FOLHA - Ou seja, a criação de uma entidade autônoma para a Cultura não é algo que se discuta.

ELLIOTT - Não, pela simples razão de que você só pode esperar o desenvolvimento cultural de uma sociedade se isso vier acompanhado de uma educação eficaz, que desperte, nas crianças, a apreciação pela arte.

FOLHA - Me dê um exemplo.

ELLIOTT - Neste momento, estamos trabalhando no direito de cada criança ter cinco horas semanais de atividades culturais. Elas vão aos museus, os museus vão às escolas, enfim, têm experiências com as instituições de Cultura nacionais.

FOLHA - O Programa é para as escolas públicas?

ELLIOTT - É para todas as escolas. Trata-se de dar oportunidades para que as crianças desenvolvam suas habilidades, seu gosto por literatura, música etc.

FOLHA - De que maneira esses recursos são distribuídos?

ELLIOTT - Temos programas diretos, como os de manutenção dos museus nacionais [como British Museum, Tate e Museu de História Nacional], e repassamos recursos para o Arts Council, que é agência responsável pelo desenvolvimento das atividades artísticas. Neste caso, damos os recursos e debatemos as prioridades, mas não interferimos nas decisões do Arts Council e no destino do dinheiro. Os membros do conselho definem que orquestra ou balé será beneficiado.

FOLHA - O senhor fala dessa relação como se ela fosse pacífica. Mas não há divergências sobre até aonde o Estado deve ir?

ELLIOTT - Nunca é uma situação preto no branco. Sempre houve, no Reino Unido, debates sobre a relação entre o governo e essas instituições. Mas a influência do governo sobre as decisões das instituições é cada vez menor, até porque os membros do Arts Council têm grande expertise, e temos investido na formação desses líderes no setor cultural. Como em todos os lugares, há pressões, mas tentamos estabelecer um diálogo para que as decisões sejam corretas e claras.

FOLHA - Como balancear demanda de artistas e interesse público?

ELLIOTT - Buscamos, o tempo todo, aumentar a participação da população nas instituições. O Arts Council procura entender as necessidades dos artistas, tanto em termos de criação quanto de dinheiro, mas o governo tenta estimulá-los a aproximar os seus trabalhos do público, a criar uma demanda pelo que fazem. A política não pode ficar excessivamente presa ao interesse dos produtores de Cultura. O dinheiro governamental deve trazer benefícios reais para a população.

FOLHA - O lobby dos artistas e dos produtores é muito forte?

ELLIOTT - Muito. Mas não pensamos na Cultura apenas como fruição, mas também como economia e educação.

Reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade do veículo.

Greve Geral, o PIG perde por esperar!


Fonte: sobre o que não está à venda

"Salário PSDB".
Nota publicada no site Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, evidenciando a política tucana de arroxo salarial, imposta aos funcionários públicos de São Paulo:

"No último dia 18 de março (quinta-feira), o SINDPD foi informado por meio do Seprosp que a Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), embora participante e fiadora do acordo salarial fechado no dia 9 de março, afirmou unilateralmente que não iria conceder o aumento salarial fixado em acordo coletivo para os funcionários da empresa.
O motivo, segundo o presidente da Prodesp, Mário Manuel Seabra Bandeira, seria a expressa deliberação baixada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Aloísio Nunes, por meio da Circular CPS nº 01/2009. Na nota, Aloísio determina que todos os órgãos públicos, devem promover o arrocho irrestrito ao salário dos servidores.
Esta deliberação já havia sido denunciada pelo presidente do SINDPD, Antonio Neto, em seu blog, no início deste ano. A norma, intitulada de política salarial para o Estado de São Paulo, foi divulgada no dia 17 de novembro para nortear as negociações coletivas com os sindicatos correspondentes de cada categoria dos servidores públicos estaduais no ano de 2010.
Segundo denunciou Antonio Neto, “os “parâmetros” de negociação estabelecidos pelo governo Serra, dita que ‘o somatório das despesas decorrentes da correção salarial e da majoração do valor global dos benefícios não poderá ultrapassar o impacto correspondente à aplicação, na folha de pagamentos total (salários, benefícios e encargos), do índice de variação do IPC-FIPE acumulado no período relativo aos doze meses anteriores à vigência do Acordo Coletivo’”.A circular restritiva determina ainda que “fica vedada a criação de benefícios, por liberalidade, bem como a majoração ou expansão dos previstos na legislação trabalhista”.
Aloísio Nunes orienta seus secretários a conduzir as negociações salariais com o objetivo de “reduzir, de forma progressiva até sua completa extinção, eventual garantia do nível de emprego constante de Norma Coletiva”. Além disso, seus subalternos devem “suprimir, ou alternativamente congelar, as vantagens atribuídas exclusivamente em função do tempo de serviço prestado na entidade, tais como Adicional por Tempo de Serviço, Anuênio, Triênio e outras congêneres”.
“É necessário por um fim nesta política violenta, recessiva e sem cabimento do governo de São Paulo. Literalmente a circular determina que os órgãos públicos são obrigados a não conceder aumentos reais de salários para os servidores, além de tentar cortar brutalmente todo e qualquer benefício conquistado pelos trabalhadores no processo democrático de mobilização implementado pelos sindicatos”, denuncia Neto."

Nota do blogueiro: A ìntegra do Ofício da Casa Civil Serrista, pode ser vista no link (copie e cole) http://www.paulohenriqueamorim.com.br/wp-content/uploads/2010/03/Gabinete-do-Governador-1.pdf

O P.I.G vai ter de esconder mais greves.
Professores, policiais, profissionais de processamento de dados e da saúde.
São Paulo vai parar. Mas no P.I.G, ninguém vai ver.
O mais incrível é ver funcionários públicos defendendo essa canalha.
Queres "vale-rosca" ao invés de refeição.
Fim da garantia de emprego.
Subtração de direitos trabalhistas.
Vote 45.
Postado por Cristiano Freitas

Kassab censura documento da ONU que elogia gestão petista!

Fonte: www.vermelho.org.br

Administração Kassab censura documento da ONU sobre SP

O prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, conseguiu nesta quinta-feira (25) atrasar a divulgação de um relatório do Programa para Assentamentos Humanos das Nações Unidas (UN-Habitat) sobre a cidade de São Paulo.
Segundo o relatório, a cidade de São Paulo teve melhoria de condições de vida de moradores de favelas graças a programas como o Bolsa Família, criado durante o governo Lula.

A gestão de Marta Suplicy também foi elogiada, como contribuinte da regularização de imóveis em favelas. Tais citações provocaram a ira no prefeito, que exigiu o adiamento da divulgação do relatório, segundo integrantes do Habitat.

O relatório São Paulo: Um Conto de Duas Cidades, seria lançado nesta quinta-feira no Rio de Janeiro, durante o 5º Fórum Urbano Mundial. Agora, a previsão é que o documento só seja oficialmente apresentado em junho. No entanto, o documento está disponível na internet.

O texto cita pesquisa da Fundação Getúlio Vargas sobre a redução da pobreza no País — entre 2003 e 2006, o número de brasileiros pobres caiu de 28,1% para 21,6%. Até o ganho real de 46% do salário mínimo justifica a melhoria de vida em São Paulo.

O representante regional da ONU-Habitat, Alberto Paranhos, tentou colocar panos quentes no veto da administração Kassab, dizendo que deu "oportunidade de a outra parte se manisfestar". Antes, tentou desculpar-se por aceitar a censura: "não quer dizer que a gente tem de pedir bênção".

O documento da ONU censurado por Kassab pode ser comprado aqui (copie e cole o link):
http://www.un-habitat.org/pmss/listItemDetails.aspx?publicationID=2924

Ou pode ser acessado aqui: (.pdf em inglês com 29,143 Kb de tamanho)
http://www.un-habitat.org/pmss/getElectronicVersion.aspx?nr=2924&alt=1

Da redação, com agências

terça-feira, 16 de março de 2010

Nova Tropicália/ Bossa Nova/ Primavera de Praga

Segue vídeo da entrevista do Ferréz com Sérgio Vaz, do Cooperifa

link (copie e cole): http://www.youtube.com/watch?gl=US&feature=player_embedded&v=9YkfVLZtg0g

E a indústria educacional não pára de crescer!



LEIA COM CUIDADO
Notícia do PIG!

Em 10 anos, número de faculdades com fins lucrativos cresce 5 vezes
Setor também passa pela consolidação de grandes grupos educacionais.
Hoje, Kroton deve anunciar a compra do Iuni por R$ 600 milhões.

Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo

Na última década, o número de cursos em instituições de ensino superior privadas com fins lucrativos aumentou quase cinco vezes, passando de cerca de 2.500, em 1999, para mais de 11 mil, em 2008. O número de matrículas acompanhou o mesmo ritmo e subiu de 650 mil para 2,5 milhões. Por lei, até 1996, somente as particulares filantrópicas podiam atuar no setor.

Após o crescimento acelerado, o mercado educacional entrou numa nova fase. O marco foi há três anos, com a abertura de capital da Anhanguera Educacional. Fusões e aquisições de faculdades se seguiram, formando grandes grupos educacionais. Hoje, essas corporações detêm 27,4% das vagas no país e a expectativa é que o percentual alcance 50% até 2015.

Exemplo dos novos tempos é a negociação que está em andamento -e deve ser anunciada nesta segunda-feira (8)- entre o grupo Kroton, um dos maiores do país com 43 mil alunos, e o Iuni, outro grupo gigante do setor, com 53 mil, por um valor estimado em R$ 600 milhões, o maior da história recente da educação no Brasil.

Com a compra do Iuni, dona da Universidade de Cuiabá, entre outras, o número de alunos do Kroton mais que dobrará e passará dos 90 mil estudantes, ficando em terceiro ou quarto lugar no ranking das maiores universidades do país, ao lado da Universidade Paulista (Unip), Universidade Estácio de Sá e Universidade Nove de Julho (Uninove).

“A negociação tem uma importância estratégica, porque o Kroton está comprando um grupo maior do que ele. Entramos numa etapa em que existe um novo tipo de relação nos papéis de fusão e aquisição. Em vez de ter um grupo grande comprando um pequeno, agora, a relação é entre grandes consolidadores”, avalia Carlos Monteiro, consultor em ensino superior.

Mudança na lei

Se hoje o setor privado detém 90% das matrículas no ensino superior, isso se deve à mudança na Lei de Diretrizes e Bases, em 1996, que permitiu a participação das privadas com fins lucrativos. Em 1996, eram 711 instituições particulares. Em três anos, já havia alcançado 1.097 e, em 2008, já somavam 2.252.

No final dos anos 90, dizia-se que o melhor negócio no Brasil era ter uma faculdade bem administrada. E o segundo era ter uma faculdade mal administrada. Ou seja, de um jeito ou de outro se ganharia dinheiro. Mas isso durou uma década”, afirma Ryon Braga, presidente da Hoper Consultoria.
“O crescimento foi tanto que tornou o nível de competitividade insuportável.

"Depois, a demanda reprimida de potenciais estudantes esgotou-se, a concorrência aumentou muito e o valor médio das mensalidades caiu, espremendo a margem de lucro. As faculdades não viram outro caminho senão partir para um movimento de consolidação do mercado. Não tinha mais como crescer sozinho”, explica ao comentar o processo de aquisições e fusões.

Segundo Braga, o setor público não tem como cobrir a demanda. “O número de vagas em instituições públicas aumentou de 276 mil para 330 mil em oito anos. Agora, chegou ao limite. O custo médio de um aluno numa universidade pública é de R$ 27 mil, contra R$ 5 mil numa privada. A inclusão de estudantes no ensino superior acaba sendo feita pelas particulares”, avalia.

Investimento

O aporte de fundos de investimentos tem sido outra maneira de o setor educacional se capitalizar. No último dia 22 de fevereiro, o Grupo Ibmec Educacional, formado pelas Faculdades Ibmec e Veris Faculdades, anunciou que recebeu R$ 130 milhões de um fundo administrado pelo Capital International, que passou a ter uma posição minoritária na sociedade. O dinheiro será usado para ampliação de dois campi do Ibmec e a construção de outro, além do aumento da oferta de cursos pela Veris.

“O investimento é um marco na nossa história, representa um passo grande, não só pelo valor. A nossa expectativa é, em quatro anos, dobrar o número de alunos, que hoje está em 18,5 mil”, afirma Eduardo Wurzmann, presidente do grupo.

Questão da qualidade

A competitividade entre as instituições, porém, muitas vezes é vencida pelas baixas mensalidades. O corte de custos pode refletir na qualidade. Quase 30% dos cursos de instituições privadas avaliados no Enade 2008 tiveram conceitos 1 e 2, numa escala até 5.

“A questão da qualidade é muito importante. Todas as escolas estão sujeitas à avaliação do MEC. Só que a avaliação é um processo, que vai se graduando no correr do tempo”, afirma Gabriel Mário Rodrigues, presidente da Abmes, associação que reúne mantenedores de instituições privadas, e reitor da Anhembi Morumbi.

Relação das cinco maiores instituições de ensino superior
Instituição Matrículas
Universidade Paulista (Unip) 166.601
Universidade Estácio de Sá (Unesa) 115.916
Universidade Nove de Julho (Uninove) 93.520
Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac) 55.686
Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban) 55.674
Fonte: Censo da Educação Superior 2008 - Inep/MEC

Preço do metrô de nossos vizinhos, subdesenvolvidos e capitalistas como nós! (pero no mucho)

sexta-feira, 12 de março de 2010

À luta professores e funcionários estaduais de São Paulo!

fonte: professor temporario

SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES EM SÃO PAULO

No dia 05 de março de 2010 o Sindicato dos Professores declarou oficialmente o estado greve dos professores da rede estadual, com paralisação prevista para ser iniciada em 08 de março. Considerando que recentemente o Supremo Tribunal Federal regulamentou que a greve no serviço público é um direito constitucional que deve ser exercido sob as mesmas regras da greve para os trabalhadores da iniciativa privada, que o estado de greve foi declarado com 72 horas de antecedência do início das paralisações e principalmente a postura do governo do Estado e de alguns veículos de comunicação sobre o assunto, faz-se necessário alguns esclarecimentos:

1) A greve é um direito constitucional legítimo que abrange toda a categoria, independentemente da condição de contrato do funcionário. Isso quer dizer que tanto efetivos, quanto OFAs F, L e contratados pela lei 1093 têm assegurado o direito de participar da greve;

2) Diferentemente do que foi noticiado pelo governo, enquanto a greve não for julgada ilegal pela justiça, o Estado não pode cortar o ponto dos grevistas;

3) Contrariamente ao que afirma o governo, a greve dos professores não tem motivação política, pois a principal reivindicação é o reajuste de salários congelados há 14 anos (Em nossa visão, vincular a essa greve a revogação das leis e mudanças mais recentes desconcentra o foco sobre a questão mais relevante para fundamentá-la, pois as leis foram votadas e aprovadas pela Assembleia Legislativa, o que garante uma certa legitimidade, mas não existe argumento que explique ou legitime os 14 anos de congelamento salarial)

Nesse contexto e diante da pressão e terrorismo do governo do Estado e da imprensa sobre os professores que estão em situação de contrato pela lei 1093 e dos que estão na expectativa do processo de promoção por merecimento, recomendamos aos professores que queiram aderir a greve a apresentação de uma declaração, na qual o professor se qualifica, identifica e afirma sua participação no movimento de greve, por meio de documento escrito e protocolado na secretaria da escola sede. Esse documento é uma garantia legal para o professor para que o período de sua paralisação não seja computado como falta até o pronunciamento da justiça sobre a legalidade da greve.

Uma sugestão para esse documento é:

Ilma Sra Diretora

Fulano de tal, portador do RG tal, professor(a) de educação básica I ou II com sede de controle de frequência nesta unidade escolar, manifesta na presente data a sua participação no movimento de greve iniciado em 05 de março de 2010, por tempo indeterminado, até que o referido processo alcance alguma conciliação.

Local, data

Assinatura

Lembramos que greve não é folga ou dispensa. O professor grevista deve participar dos movimentos organizados pela entidade de classe, ou mesmo de movimentos e manifestações da categoria na própria escola.

domingo, 7 de março de 2010

Manifesto contra o plágio das Editoras!

Conforme reportagem da revista Caros Amigos,

Heloisa Jahn, Ivo Barroso, Ivone Benedetti e Jorio Dauster acabam de redigir um manifesto de apoio a Denise Bottmann, tradutora que é processada pela editora Landmark.

O processo decorre das inúmeras denúnicas que Denise vem fazendo sobre plágios de tradução praticados por essa e outras editoras.

Para mais informações sobre os plágios:
http://naogostodepl agio.blogspot. com

O manifesto de apoio pode ser subscrito a partir de
http://apoiodenise.wordpress.com/
http://www.petition online.com/ Bottmann/ petition. html

Memorial da Resistência em São Paulo

Quem vê, até pensa que o governo apoia esses eventos. Mas o importante é que tem gente que consegue porduzí-los mesmo assim, então, quem puder, vale a pena comparecer:

O Memorial da Resistência de São Paulo vem convidá-lo para o próximo Sábado Resistente, que será realizado no dia 13 de março às 14 horas, conforme programação abaixo.


Memorial da Resistência
Pinacoteca do Estado de São Paulo
www.pinacoteca.org.br
Largo General Osório, 66 - Luz
CEP 01213-010 - São Paulo, SP
Telefone: 55 11 3335 4996



Logo_Nucleo_Preservação_Memoria Logo Memorial

AS REFORMAS DE BASE DO PRÉ-1964 E SUA ATUALIDADE

Sábados Resistentes - 13 de Março 2010, das 14h às 17h30

Para debater este importante momento da história brasileira, os projetos políticos ali em jogo, seus desdobramentos e sua atualidade, o Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum Permanente de Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo e o Memorial da Resistência de São Paulo convidam para um debate dentro da programação dos “Sábados Resistentes”.

Caixa de texto: 14h - Boas-Vindas Katia Felipini – Coordenadora – Memorial da Resistência de São Paulo 14h15 - Apresentação/Coordenação Ivan Seixas – Jornalista, ex-preso político – Diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política e do Fórum de Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo 14h30 – DEBATE: “AS REFORMAS DE BASE DO PRÉ-1964 E SUA ATUALIDADE” João Vicente Goulart Filósofo, filho do ex-presidente deposto João Goulart (Jango) – Presidente do Instituto Presidente João Goulart Maria Aparecida Aquino Historiadora – Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e Professora Adjunta da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rafael Martinelli Ferroviário, ex-preso político – Presidente do Fórum de Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo Memorial da Resistência de São Paulo – Largo General Osório, 66 – Luz



A atividade deverá também será transmitida ao vivo pela internet, com o apoio da VIATV (www.viatv.com.br).

Sobre o Pré-64

Às vésperas do golpe de Estado de 1964, o Brasil vivia um processo de importantes transformações sociais modernizadoras e democratizantes. Durante a curta existência do governo João Goulart (setembro de 1961 a março de 1964), um novo contexto político tinha se aprofundado no país, sendo marcado por propostas governamentais de cunho popular, as quais acirraram ainda mais a luta social, política e ideológica já movimentada do período. De um lado uma crescente mobilização das classes populares (com destaque para a ampliação do movimento sindical operário e dos trabalhadores do campo), que se confrontava cada vez mais, de outra parte, com uma organização e ofensiva política dos setores empresariais e militares alinhados com os interesses do imperialismo norte-americano. Sabe-se quem levou a melhor na história...



Sobre as Reformas de Base

Um dos eixos centrais daquela polarização, ainda que pouco debatido atualmente, foram as chamadas “Reformas de Base” propostas pelo então presidente Jango, que de certa forma sintetizavam algumas das principais reivindicações dos setores populares e se transformaram num dos estopins utilizados pela direita civil-militar para consumar o seu golpe. Um episódio-marco deste contexto foi o “Comício da Central do Brasil”, realizado por Jango justamente em 13 de março de 1964, no Rio de Janeiro, durante o qual anunciou importantes avanços das Reformas, incluindo a desapropriação de grandes latifúndios, renacionalização de refinarias em favor da Petrobrás, e importantes medidas para a reforma urbana. O comício viria a acelerar, por parte das elites civis-militares, a consumação do golpe nos dias seguintes.

Os Sábados Resistentes são promovidos pelo Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo em parceria com o Memorial da Resistência de São Paulo. Trata-se de um espaço de discussão entre militantes de diversas causas, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e interessados em geral no debate sobre temas ligados às lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo central estimular a discussão e o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano em busca de sua libertação.

Ato médico, NÃO!!!!

MANIFESTAÇÃO CONTRA O PL DO ATO MÉDICO EM 9 DE MARÇO
Confira a programação na sua cidade e participe


A grande Virada da Saúde, que começou no Ibirapuera em 27 de fevereiro, com a reunião de 20 mil pessoas, já ecoa e levanta o Brasil. Manifestações contra o projeto de lei do ato médico (PL 7.703/2006) serão realizadas em vários estados no dia 9 de março. Ajude a organizar caminhadas cívicas contra o projeto na sua cidade.

O projeto de lei do ato médico, da forma como está redigido, restringe a autonomia dos profissionais da saúde e fere o direito da população de ter livre acesso aos serviços de saúde. Se aprovado, não será permitido consultar um profissional da saúde sem a indicação de um médico.

* São Paulo / SP
Manifestação contra o projeto de lei do Ato Médico e a favor da atenção integral à Saúde
Data: 27 de fevereiro de 2010
Horário: das 14h às 17h
Local: Arena de Eventos do Parque do Ibirapuera, na Capital
Informações: veja aqui

Manifestação nacional pela rejeição ao PL do Ato Médico

Acontece dia 9 de março a manifestação nacional pela rejeição ao chamado PL do Ato Médico, que tramita no Senado Federal.

Se aprovado, o PL representará um retrocesso para a saúde, prejudicando a autonomia das outras 13 profissões da área e impedirá a organização de especialidades multiprofissionais em saúde.

Em 2004, diversas categorias da saúde pública no Brasil entregaram mais de um milhão de assinaturas ao presidente do Congresso, organizaram manifestações que reuniram mais de 50 mil pessoas em atos realizados contra o Ato Médico em diferentes cidades e capitais brasileiras.

Essas mobilizações foram importantes, pois profissionais e estudantes de 13 categorias da área da saúde conseguiram explicar à população e ao poder legislativo os enormes prejuízos que o projeto causaria à sociedade brasileira caso fosse aprovado. Foram responsáveis pelo engavetamento do PL até 2009.

Passados cinco anos, o texto aprovado pela Câmara dos Deputados em 21 de outubro de 2009, e que voltou ao Senado, mantém o mesmo vício de origem, que é colocar em rico o cuidado integral preconizado pela Constituição Federal, através do SUS, que é uma das grandes conquistas do povo brasileiro no processo de democratização do país.

Não fique de fora!

As manifestações, que devem ocorrer em diversos estados, são uma iniciativa das entidades da campanha contra o PL do Ato Médico e são importantes para que o Senado não aprove os pontos do PL que interferem no trabalho de outras profissões.

Acompanhe as atividades da sua cidade aqui pelo site, clicando no ícone "Veja o local da manifestação na sua cidade", no menu direito. Na categoria "Material de divulgação" estão disponíveis os materiais da campanha contra o PL: camiseta, faixas, cartaz, panfleto, entre outros, para livre reprodução. Assista ainda o vídeo produzido para a mobilização em "Vídeo Não ao PL do Ato Médico".

Saiba mais sobre a tramitação do projeto nos sites
www.atomediconao.com.br
www.naoaoatomedico.org.br

segunda-feira, 1 de março de 2010

Universidade popular pede ajuda!

Fonte: Geografia e Luta

Vamos manter viva a universidade dos trabalhadores!

Por José Arbex Jr. (texto originalmente publicado na revista Caros Amigos)

Caros(as) amigos(as):

A Escola Nacional Florestan Fernandes pede a sua ajuda urgente para se manter em funcionamento (veja como contribuir, no final deste texto).
Situada em Guararema (a 70 km de São Paulo), a escola foi construída, entre os anos 2000 e 2005, graças ao trabalho voluntário de pelo menos mil trabalhadores sem terra e simpatizantes. Nos cinco primeiros anos de sua existência, passaram pela escola 16 mil militantes e quadros dos movimentos sociais do Brasil, da América Latina e da África. Não se trata, portanto, de uma “escola do MST”, mas de um patrimônio de todos os trabalhadores comprometidos com um projeto de transformação social. Entretanto, no momento em que o MST é obrigado a mobilizar as suas energias para resistir aos ataques implacáveis dos donos do capital, a escola torna-se carente de recursos. Nós não podemos permitir, sequer tolerar a ideia de que ela interrompa ou sequer diminua o ritmo de suas atividades.
A escola oferece cursos de nível superior, ministrados por mais de 500 professores, nas áreas de Filosofia Política, Teoria do Conhecimento, Sociologia Rural, Economia Política da Agricultura, História Social do Brasil, Conjuntura Internacional, Administração e Gestão Social, Educação do Campo e Estudos Latino-americanos. Além disso, cursos de especialização, em convênio com outras universidades (por exemplo, Direito e Comunicação no campo).
O acervo de sua biblioteca, formado com base em doações, conta hoje com mais de 40 mil volumes impressos, além de conteúdos com suporte em outros tipos de mídia. Para assegurar a possibilidade de participação das mulheres, foram construídas creches (as cirandas), onde os filhos permanecem enquanto as mães estudam.
A escola foi erguida sobre um terreno de 30 mil metros quadrados, com instalações de tijolos fabricados pelos próprios voluntários. Ao todo, são três salas de aula, que comportam juntas até 200 pessoas, um auditório e dois anfiteatros, além de dormitórios, refeitórios e instalações sanitárias. Os recursos para a construção foram obtidos com a venda do livro Terra (textos de José Saramago, músicas de Chico Buarque e fotos de Sebastião Salgado), contribuições de ONGs europeias e doações.
Claro que esse processo provocou a ira da burguesia e de seus porta-vozes “ilustrados”. Não faltaram aqueles que procuraram, desde o início, desqualificar a qualidade do ensino ali ministrado, nem as “reportagens” sobre o suposto caráter ideológico das aulas (como se o ensino oferecido pelas instituições oficiais fosse ideologicamente “neutro”), ou ainda as inevitáveis acusações caluniosas referentes às “misteriosas origens” dos fundos para a sustentação das atividades. As elites, simplesmente, não suportam a ideia que os trabalhadores possam assumir para si a tarefa de construir um sistema avançado, democrático, pluralista e não alienado de ensino. Maldito Paulo Freire!
Os donos do capital têm mesmo razões para se sentir ameaçados. Um dos pilares de sustentação da desigualdade social é, precisamente, o abismo que separa os intelectuais das camadas populares. O “povão” é mantido à distância dos centros produtores do saber. A elite brasileira sempre foi muito eficaz e inteligente a esse respeito. Conseguiu até a proeza de criar no país uma universidade pública (apenas em 1934, isto é, 434 anos após a chegada de Cabral) destinada a excluir os pobres.
Carlos Nelson Coutinho e outros autores já demonstraram que, no Brasil, os intelectuais que assumem a perspectiva da transformação social sempre encontraram dois destinos: ou foram cooptados (mediante o “apadrinhamento”, a incorporação domesticada nas universidades e órgãos de serviços públicos, ou sendo regiamente pagos por seus escritos, ou recendo bolsas e privilégios etc.), ou os poucos que resistiram foram destruídos (presos, perseguidos, torturados, assassinados).
Apenas a existência de movimentos sociais fortes, nacionalmente organizados e estruturados poderiam fornecer aos intelectuais oriundos das classes trabalhadoras ou com elas identificados a oportunidade de resistir, produzir e manter uma vida decente, sem depender dos “favores” das elites. Ora, historicamente, tais movimentos foram exterminados antes mesmo de ter tido tempo de construir laços mais amplos e fortes com outros setores sociais.
A ENFF coloca em cheque, esse mecanismo histórico. A construção da escola só foi possibilitada pela prolongada sobrevivência relativa do MST (completou 25 anos 2009, um feito inédito para um movimento popular de dimensão nacional), bem como o método por ele empregado, de diálogo e interlocução com o conjunto da nação oprimida. Esse método permitiu o desenvolvimento de uma relação genuína de colaboração entre a elaboração teórica e a prática transformadora.
É uma oportunidade histórica muito maior do que a oferecida ao próprio Florestan Fernandes, Milton Santos, Paulo Freire e tantos outros grandes intelectuais que, apesar de todos os ataques dos donos do capital, souberam apoiar-se no pouquíssimo que havia de público na universidade brasileira para elaborar suas obras.
Veja como você pode participar da Associação dos Amigos da Escola Florestan Fernandes
Em dezembro, um grupo de intelectuais, professores, militantes e colaboradores resolveu criar a Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes, com três objetivos bem definidos:
1 – divulgar as atividades da escola, por todos os meios possíveis, incluindo sites, newsletter e blogs;
2 – iniciar uma campanha nacional pela adesão de novos sócios;
3 – promover uma série intensa de atividades, em São Paulo e outros estados, para angariar fundos, com privilégios especiais concedidos aos membros da associação.

O seu Conselho de Coordenação é formado por José Arbex Junior, Maria Orlanda Pinassi e Carlos Duarte. Participam do Conselho Fiscal: Caio Boucinhas, Delmar Mattes e Carlos de Figueiredo.
A sede situa-se na Rua da Abolição n° 167 - Bela Vista - São Paulo – SP – Brasil - CEP 01319-030
Para ficar sócio pleno, você deverá pagar a quantia de R$ 20,00 (vinte reais) mensais, ou poderá tornar-se sócio solidário, caso queira contribuir com uma quantia diferente (maior ou menor do que os R$ 20,00 mensais).
Esses recursos serão diretamente destinados às atividades da escola ou, eventualmente, empregados na organização de atividades para coleta de fundos (por exemplo: seminários, mostras de arte e fotografia, festivais de música e cinema).


Conselho de Coordenação: Jose Arbex Junior, Maria Orlanda Pinassi, Carlos Duarte

Conselho Fiscal: Caio Boucinhas, Delmar Mattes Carlos de Figueiredo

Secretaria Executiva:Magali Godoi


Vamos manter viva a universidade dos trabalhadores!

Para obter mais informações sobre como participar e contribuir, procure a secretaria executiva Magali Godoi através dos telefones: 3105-0918; 9572-0185; 6517-4780, ou do correio eletrônico: associacaoamigos@enff.org.br.