quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Inglaterra ameaça ministro de Israel de prisão!

Fonte: Marta Bellini

Welcome to Britain!
Do Leonardo Ferrari
“Bem-vindo à Grã-Bretanha – Ministro de Israel enfrenta ameaça de prisão por crimes de guerra durante visita ao Reino Unido”
Fonte: Ian Black e Ian Cobain in The Guardian, 30/9/2009. A fotografia, simbólica, que ilustra a reportagem, é da Reuters.

Sensacional! A Grã-Bretanha mais uma vez dá o exemplo. Durante a visita do ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, ao Reino Unido, um grupo de advogados que representam 16 palestinos, pediu ao tribunal de Londres a emissão de um mandato de prisão imediato contra Barak, devido à sua participação na Guerra de Gaza, em dezembro do ano passado, baseando a petição no Criminal Justice Act de 1988, que confere aos tribunais da Inglaterra e Gales jurisdição universal contra crimes de guerra.
Furioso, o governo de Israel respondeu que seu ministro detém “imunidade diplomática”. Segundo a reportagem do The Guardian, o grupo de defesa dos direitos humanos de Israel, B’Tselem, calculou que 1.387 palestinos morreram durante os ataques de Israel, sendo que 773 deles não tomaram parte das hostilidades, ou seja, vítimas civis. Os advogados britânicos disseram acreditar que houve um precedente no mandato emitido em maio do ano passado para a prisão de Omar al-Bashir, presidente do Sudão, acusado de cometer crimes de guerra em Darfur. Quem diria que um dia Israel estaria no mesmo banco dos réus que uma reles ditadura sanguinária africana ou de um mega-genocida como Augusto Pinochet, também preso quando de visita médica à Inglaterra? É verdade que provavelmente o Sr. Barak vai voltar correndo para Israel.
É verdade que obviamente o atual governo de Israel vai acusar os advogados ingleses de anti-semitismo. Agora, é verdade que esse homem não pisa mais na Grã-Bretanha. E, se for só por isso, valeu! Se for só por essa notícia do The Guardian, valeu! Que manchete magnífica! Um dia, existiu um grupo de advogados colocando um poderoso ministro para correr de volta para seu país. Um dia, existiu um jornal com a coragem de estampar isso no alto de suas páginas. E um dia, certamente, Israel conseguirá também levar para a cadeia seus criminosos de guerra. Um dia. Enquanto isso, nós nos entretemos com o amador do Roberto Micheletti em Honduras. Que bobagem. Quanto poderíamos aprender com os profissionais do atual desgoverno de Israel?

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