segunda-feira, 10 de maio de 2010

São Paulo puxa a nação! Pro buraco...

Em Minas Gerais, como não podia deixar de ser em governos tucanos, os profesores estão morrendo de fome com um salário de gorjeta. Parecem seguir o modelo de São Paulo, onde a barbárie rola solta. Total apoio aos grevistas, que lutam há quase um mês por condições dignas de trabalho e por um sistema educacional melhor, contra os golpistas do PSDB/DEM, e todos os privatizadores!
Educador que não se cala.


INFORMES DA EDUCAÇÃO ESTADUAL de Minas Gerais.


Entenda o contracheque de um professor de Minas Gerais...
Atendendo à sugestão de um visitante do nosso blog, divulgamos acima um contracheque de professores.

O contracheque em tela é comum aos professores com as seguintes características:

a) a data do contracheque é de março de 2010, portanto, foi pago este mês de abril de 2010,

b) o símbolo PEB3B significa que se trata de um professor com licenciatura plena (curso superior), que cumpriu o estágio probatório e recebeu uma progressão na carreira, de A para B,

c) o piso básico deste professor, sobre o qual incidem as gratificações e mudanças na carreira, é de R$ 515,49. Se fosse um professor PEB3A, o piso seria de R$ 500,00. Como o professor em questão recebeu uma progressão, teve um aumento de 3% sobre o piso de R$ 500,00. Logo, o piso pulou para R$ 515,00. Se este professor mudar de nível (promoção), passando para PEB4 - mudança que ocorre a cada cinco anos, desde que haja titularidade adequada (pós-graduação), ele receberá aumento de 22% sobre o piso. Ou seja, seu salário base seria de R$ 610,00,

d) como o governador criou um teto salarial de R$ 850,00 (o novo será de R$ 935, 00) - que o governo vende para a opinião pública que se trata de um "piso remuneratório", a diferença entre os tais R$ 515,49 e o teto de R$ 850,00 é preenchida com penduricalhos e gratificações, como: VTI (Vantagem Temporária Incorporada), PCRM (Parcela Complementar de Remuneração do Magistério), além da gratificação de incentivo à docência (mais conhecido como pó-de-giz) que é um percentu al de 20% sobre o piso real de R$ 515,49,

e) toda a movimentação ocorrida na carreira (progressões, promoções, quinquenios, etc) é deduzida dos penduricalhos (VTI e PCRM, sem alterar o teto salarial de R$ 850,00. Assim, se o professor mudar de PEB3 para PEB4 após cinco anos de trabalho e tendo feito especialização ou mestrado ele continuará recebendo os mesmos R$ 850,00 de salário bruto,

f) sobre este volumoso salário de R$ 850,00 há o desconto da previdência de 11%, mais o desconto do Ipsemg - que até ontem era compulsório -, mais as contribuições sindicais. O que restou como salário líquido, que é aquele valor que o trabalhador bota a mão no dia do pagamento, é a expressiva quantia de R$ 720,55,

g) ou seja, não dá nem p ra pagar um almoço de deputado, que, de acordo com as notas fiscais das verbas indenizatórias que eles recebem para custear aluguel, comida, casa, transporte, etc, além dos poupudos salários, chega a custar R$ 9 mil reais numa só tarde de almoço,

h) e é assim que Minas avança! Com choque de gestão em cima dos educadores...

Fonte: http://blogdoeulerconrado.blogspot.com

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