Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em Escolas públicas. Uma idéia muito boa do Senador Cristovam
Buarque.
Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seja obrigado
a colocar os filhos na escola pública.As conseqüências seriam as melhores possíveis.. Quando os políticos se virem
obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das
implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.
SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM. Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.
PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 400, DE 2007
Determina a obrigatoriedade de os
agentes públicos eleitos matricularem seus
filhos e demais dependentes em escolas
públicas até 2014.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Os agentes públicos eleitos para os Poderes
Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais
e do Distrito Federal são obrigados a matricular
seus filhos e demais dependentes em escolas públicas
de educação básica.
Art. 2º Esta Lei deverá estar em vigor em todo o
Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.
Parágrafo único. As Câmaras de Vereadores e
Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar
este prazo para suas unidades respectivas.
Justificação
No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam
a educação básica em escolas privadas. Isto
mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola
pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos
dirigentes para com o ensino público.
Talvez não haja maior prova do desapreço para
com a educação das crianças do povo, do que ter os
27826 Sexta-feira 17 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Agosto de 2007
filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções,
estudando em escolas privadas. Esta é uma forma de
corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de
resolver os problemas nacionais, busca proteger-se
contra as tragédias do povo, criando privilégios.
Além de deixarem as escolas públicas abandonadas,
ao se ampararem nas escolas privadas,
as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de
se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda
para financiar os custos da educação privada de seus
filhos.
Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de
cargos eleitorais vereadores, prefeitos e vice-prefeitos,
deputados estaduais, federais, senadores e seus
suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente
e vice-Presidente da República deduzam um
valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas
respectivas declarações de imposto de renda, com o
fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando
a dedução de R$2.373,84 inclusive no exterior.
Considerando apenas um dependente por ocupante
de cargo eleitoras.
O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance,
entre outros, os seguintes objetivos:
a) ético: comprometerá o representante
do povo com a escola que atende ao povo;
b) político: certamente provocará um
maior interesse das autoridades para com a
educação pública com a conseqüente melhoria
da qualidade dessas escolas.
c) financeiro: evitará a “evasão legal” de
mais de 12 milhões de reais por mês, o que
aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais
à disposição do setor público, inclusive
para a educação;
d) estratégica: os governantes sentirão
diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver
a qualidade da educação pública
no Brasil.
Se esta proposta tivesse sido adotada no momento
da Proclamação da República, como um gesto
republicano, a realidade social brasileira seria hoje
completamente diferente. Entretanto, a tradição de
118 anos de uma República que separa as massas e
a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não
permite a implementação imediata desta decisão. Ficou
escolhido por isto o ano de 2014, quando a República
estará completando 125 anos de sua proclamação.
É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente
para que as escolas públicas brasileiras tenham a
qualidade que a elite dirigente exige para a escola de
seus filhos.
Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o
Brasil ainda tivesse duas educações uma para os filhos
de seus dirigentes e outra para os filhos do povo,
como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde
a educação era reservada para os nobres.
Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres
colegas para a aprovação deste projeto.
Sala das Sessões, 16 de agosto de 2007. – Senador
Cristovam Buarque.
(Às Comissões de Constituição, Justiça
e Cidadania e de Educação, cabendo à última
– Decisão Terminativa.)
http://www.senado. gov.br/sf/ atividade/ Materia/detalhes .asp?p_cod_ mate=82166
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